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Crônica: Surpresas desagradáveis pregadas pelo tempo

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quinta-feira, 5 de março de 2015

Geral: A relação do jovem com a bebida alcoólica


* Dra. Karina A. P. Leite Calderoni
 De acordo com um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 3% da população brasileira, equivalente a 4 milhões de pessoas, acima de 15 anos é considerada dependente do álcool.
 O estudo divulgado em 2014 alerta que cerca de 3,3 milhões de pessoas morreram em 2012 por causa do álcool, o que representa 6% de todas as causas de morte registradas no mundo.
 O caso do estudante universitário que faleceu aos 23 anos no interior de São Paulo após uma parada cardíaca, causada por um coma alcoólico depois de beber 25 doses de vodca, nos faz refletir como está a relação do jovem brasileiro com o consumo de bebidas alcóolicas.
 A adolescência e a juventude são caracterizadas por traços como: imediatismo, busca por novas sensações, inconsequência, necessidade de quebrar regras e testar limites, ou seja, a fase é um fator de risco para o uso do álcool.
 Quanto mais cedo é o início do consumo de bebidas alcoólicas, maiores são as complicações sociais, educacionais e relacionadas à saúde. Estudos têm mostrado que consumo de bebidas na juventude acarreta consequências nas funções executivas, como: memória, atenção e planejamento. É preciso também levar em conta que o cérebro do adolescente ainda está em formação, consequentemente, o uso abusivo de álcool nessa fase influencia no amadurecimento cerebral e cognitivo.
 A OMS destaca o Brasil negativamente com a alta taxa de 12,2% da população que bebe grandes quantidades de uma só vez, sendo que a média mundial é de 7,5%. Para a Organização Mundial da Saúde, o consumo de mais de 6 doses em uma única ocasião é considerado abusivo.
 É uma característica da adolescência e do início da fase adulta a busca e construção de uma nova identidade, portanto a necessidade de autoafirmação é algo natural desse período. No entanto, alguns jovens associam o uso de álcool a uma ideia de força, de ser adulto, de se destacar perante o grupo social, ou seja, como uma forma de reafirmar essa nova identidade.
 A forma como a pessoa enxerga o uso de álcool e seus efeitos influencia o padrão de uso. Os jovens em geral esperam que, ao beber, ficarão mais desinibidos, sociáveis e com maior integração ao grupo. Além disso, a influência dos amigos ou colegas e uma visão positiva dos pais sobre o consumo da bebida alcóolica também influencia o uso dos filhos.
 A dificuldade dos pais em colocar limites e regras para seus filhos, o ambiente familiar conflituoso, famílias que pouco conversam, pais que não acolhem ou ouvem as necessidades emocionais dos filhos também são fatores de risco para o uso nocivo de álcool. A sociedade atual tem valorizado aspectos como imediatismo, busca pelo prazer, tendência a quebrar regras, também contribuindo para esse quadro. 
 O consumo de bebidas alcoólicas está banalizado, pois em geral, o álcool é visto como fator de integração social entre as pessoas, associado a momentos de prazer e diversão, de fácil acesso, baixo custo e aceito socialmente. No entanto, ao mesmo tempo em que isso ocorre, a visão que se tem das pessoas com problemas relacionados ao álcool, como os dependentes do álcool, é extremamente negativa. Os jovens recebem a mensagem de que é bom e positivo beber, mas não têm a habilidade de medir as consequências negativas que podem ter quando se passa para um uso abusivo.
 Adolescentes e jovens adultos com ansiedade, depressão, hiperatividade, personalidade impulsiva, alta busca por novidade e dificuldade de evitar danos têm maior propensão ao uso abusivo de bebidas alcoólicas do que os demais.
 O histórico familiar de alcoolismo aumenta a chance da pessoa desenvolver problemas com álcool. Filhos de alcoolistas têm risco 4 a 10 vezes maior de ter esse tipo de problema se comparados com quem não tem histórico familiar de alcoolismo.
 A juventude é uma fase de sensações exacerbadas e muito intensa, por isso deve ser bem dirigida e o acompanhamento dos pais é indispensável. Afinal, a cautela não torna a vida tediosa.
*Dra. Karina A. P. Leite Calderoni é médica psiquiatra, especialista em dependência química e sócia-fundadora da Clínica Sintropia


Geral: Empresa incentiva capacitação profissional de surdocegos



Redação
 Já são mais de 250 os casos de registrados no Brasil, de acordo com o Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e Múltiplo Deficiente Sensorial, entidade que luta pela inclusão e qualidade de vida de pessoas surdocegas. E muita gente ainda não sabe o que é a doença, uma condição única e não a junção de surdez com cegueira, como se costumou pensar durante muito tempo. As causas podem ser desde acidentes graves; a síndrome de Usher ou a surdocegueira congênita, resultante de doenças como a rubéola ou de nascimentos prematuros.
 A história do Gabriel do Nascimento, que adquiriu a surdocegueira muito cedo e cuja família teve que se adaptar para conviver com as limitações do menino, é um exemplo. Hoje um adolescente, Gabriel desde cedo mostrou habilidades artísticas táteis e o desejo de poder viver da própria arte. Com o atendimento da UHelp, está se profissionalizando como artesão, ele já está participando de oficinas com uma designer, Dayse Tarricone, com acompanhamento de uma guia intérprete, para conseguir o tão sonhado diploma.
 “Nosso objetivo é que o Gabriel seja independente e possa ter seu próprio caminho, explica Vanessa Dias”, Diretora da UHelp. O projeto vai custar, ao todo, R$23.603,00, e, ao longo do processo, a prestação de contas será disponibilizada mensalmente no site. A história do Gabriel será substituída em breve por outro caso de profissionalização de surdocego, o de Camila Pereira, que quer fazer um curso de informática. Por meio do processo da UHelp, Camila vai conseguir o equipamento que permitirá a ela fazer um curso de informática e ser capacitada para ensinar outros surdocegos por meio da Organização Grupo Brasil.
A UHelp é a primeira organização não governamental através da qual o usuário de internet pode doar diretamente para um caso específico. Por meio de um cadastro no site www.uhelp.com.br, a pessoa pode doar dinheiro para ajudar os cases apresentados, ou apenas votar em uma ou mais histórias, distribuindo os recursos já existentes. Vanessa explica: “nós disponibilizamos 20% da meta de atendimento de todos os casos e quem entra no site vota, de forma simples, em apenas quatro passos para dizer a quem esse recurso deve ser destinado. Esse valor poderá complementar as doações, fazendo as histórias acontecerem mais rapidamente”, enfatiza.
 O site da UHelp é acessível para quem tem deficiência visual e auditiva. Além disso, toda votação e doação por meio do site, sem que haja vínculo do internauta com a UHELP. “Nós queremos que a pessoa continue entrando no site depois de votar ou doar para acompanhar o desenvolvimento dos atendimentos e a prestação de contas. Por isso geramos também conteúdo de interesse sobre o universo das pessoas com deficiência”, explica Vanessa. Para quem quer doar valores, é possível usar cartão de crédito ou débito e boleto bancário, por meio do sistema PagSeguro. As doações podem ser feitas em cotas de R$20,00 a R$100,00.




Variedades: Série Destruindo relacionamentos



A ficção é uma série de filmes comportamentais
Redação

Destruindo Relacionamento é uma série de ficção composta por filmes comportamentais e humorísticos de até 5 minutos. A série mostra como os dilemas da vida a dois podem se tornar cenas deliciosamente cômicas, sem tabus, sem mistérios. . Na internet, teve o alcance de 600 mil views no Youtube e  mais de  35mil Fãs no Facebook. Em menos de um ano, licenciou 10 episódios para o canal Sony Chanel, sendo a primeiro licenciamento de conteúdo de ficção interbloco no Brasil.
 A identificação é inevitável. Todo mundo já teve alguma D.R. e, de certa forma, teve lá seus motivos. Na série, das manias esquisitas às calcinhas penduradas no banheiro, qualquer coisa pode desencadear a Terceira Guerra mundial.
 Online desde agosto/2013, D.R. está conquistando um público cada vez maior e em 2014 estou na TV. A temporada 1 da série está sendo licenciada pelo canal SONY, que além do SONY Channel, controla também o AXN e o Sony SPIN. A supervisão de conteúdo, bem como as análises comportamentais são conduzidas pessoalmente pelo médico psiquiatra Dr. Jairo Bouer, figura conhecida da TV e do grande público quando o assunto é relacionamentos. Convidados se revezam ao longo dos episódios, formando casais muitas vezes imprevisíveis.
Com a primeira temporada toda no ar no canal http://destruindorelacionamentos.com, a equipe dirigida por Felipe Ventura e Jackeline Salomão (idealizadores do projeto) pretende lançar em março a temporada 2014 da série, que vai contar com convidados pra lá de especiais como Julia Petit, Ben Ludmer, Nany People e Ligia Mendes.



terça-feira, 3 de março de 2015

Túnel do Tempo: Queda de avião mata 345 pessoas



Luís Alberto Alves


Acidente aéreo: Em 3 de março de 1974, a queda de um DC-10 de uma empresa turca mata 345 pessoas em Paris, no maior acidente da história da aviação civil até então.

Radiografia de Sampa: Rua Galvão Bueno




 Luís Alberto Alves

 O Dr. Carlos Mariano Galvão Bueno nasceu em São Paulo (SP), em 10 de janeiro de 1834. Feitos os seus estudos preparatórios matriculou-se na Faculdade de Direito, colando grau em 1860. Em 1867 foi nomeado interinamente professor de filosofia e retórica do antigo curso anexo, em 1874, professor catedrático de filosofia do mesmo curso.

 Tornou-se famoso como professor criterioso e culto. Em 1877, publicou tratado de filosofia, que logo se popularizou entre a classe acadêmica. Morreu afogado em 24 de maio de 1883, quando pescava nas águas do Tamanduateí. A Rua Galvão Bueno (foto) fica no bairro da Liberdade, Centro de SP.


Economia: MP 664 vai ferrar trabalhador doente


Depois de 15 dias acidentado corre risco de demissão

Luís Alberto Alves

 Um dos perigos da MP 664 é a perda da estabilidade do trabalhador doente. Antes a empresa pagava 15 dias, e daí para frente a responsabilidade passava para a Previdência Social. Com essa Medida Provisória ele fica mais 15 dias sendo pago pelo empregador. “Por um lado, o governo fica livre do custo de arcar com esse período, agora nas mãos da empresa, por outro é perigoso, pois ele poderá ser demitido, visto que o custo que o empregador iria pagar é menor do que se fosse por 15 dias na folha de pagamento”, explicou o vice-presidente do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Cortez Morais.

 Na avaliação do vice-presidente do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Cortez Morais, a MP (Medida Provisória) 664 prejudicou o trabalhador e teve vários vícios de inconstitucionalidade. “Existem mudanças que precisam de emenda constitucional, como no caso dos benefícios de pensionistas, não como ocorreu”, disse.  Outro problema, segundo Cortez, é que a empregador vai tirar vantagem por causa da variação da alíquota do seguro acidente de trabalho. “Só após 30 dias é que o funcionário doente irá recorrer, porém muitos não pegarão mais afastamento no 31° dia. Sem o acesso do auxílio doença, a empresa não terá as variações do seguro acidente recolhida para SAT (Seguro Acidente de Trabalho).

 Outro veneno embutido na MP 664 é a mudança no cálculo para pagamento do salário contribuição. De acordo com Cortez, agora subiu para 12 contribuições. “Esse cálculo é para definir o salário benefício. Essa Medida Provisória veio para prejudicar o trabalhador”. Por exemplo: Um funcionário sai de uma empresa onde ganhava R$ 1.500,00 e entra em outra para receber R$ 1.200,00. Os R$ 300 vão refletir sobre o salário benefício quando depender da Previdência Social. “Essa média será menor, provocando perda substancial”, afirmou.

                                                           Carência
 Segundo ele, a carência para o desempregado requerer o benefício na Previdência era de 12 meses. Agora para restabelecer esse direito, terá de pagar quatro meses de contribuição. “Com a mudança feita pela MP 664 esse pagamento sobe para oito meses de contribuição, pois o prazo de carência agora é de 24 meses. Pois 1/3 de 12 meses é quatro e de 24 é oito”, enumerou.

 Para o cálculo que define o salário contribuição, antes da MP 664, era de 80% dos 100% do salário recebido em abril de 1995. “Após a edição dessa Medida Provisória em dezembro de 2014, essa média caiu paras as 12 últimas contribuições, deixando o salário contribuição menor”, finalizou.

 Assim como ocorreu em diversas cidades do País, no período da manhã, em Guarulhos (SP), o ato de protesto pedindo  a revogação da MP 664 ocorreu diante da Subdelegacia do Trabalho, onde os sindicalistas, incluindo o Sindiquímicos Guarulhos, protocolou documento com as reivindicações que serão enviadas a Brasília.

                                                               Direitos
 No mesmo horário, na Delegacia do Trabalho de SP, à Rua Martins Fontes, Centro, foi reforçado o pedido de revogação da MP 664 e 665. Na avaliação do presidente da Fequimfar (Federação dos Químicos dos Est. SP), Sérgio Leite, “o trabalhador não pode pagar pelos desmandos. É preciso discutir a rotatividade da mão de obra e taxar as grandes fortunas. Assim protegemos os direitos dos companheiros”.

 Já para o tesoureiro da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico) Danilo Pereira da Silva, e presidente da Força Sindical SP, “foi uma surpresa a presidente Dilma trazer essa MP para prejudicar o trabalhador”. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, enfatizou que a unidade é importante. “Isso fará a diferença. É desta forma que iremos quebrar essas MPs. Afinal de consta estão cometendo um crime contra o trabalhador”.


 O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, reforçou o coro de que é preciso revogar as MPs 664 e 665. “O dinheiro do Seguro-Desemprego é importante para movimentar a economia. Não aceitamos a conversa de que salário ajuda na alta da inflação”

Política: Projeto fixa prazo máximo entre marcação e consulta médica



O mesmo prazo vai valer para realização de exames

Luís Alberto Alves
 Tramita na Câmara dos Deputados proposta que estabelece prazo máximo de 15 dias úteis entre a marcação da consulta e o atendimento médico, para os pacientes atendidos pelos planos privados de saúde. De acordo com o projeto, o mesmo prazo valerá para a realização de exames.

 A medida está prevista no Projeto de Lei 69/15, apresentado pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS). O texto modifica a Lei 9.656/98, que trata dos planos e seguros privados de assistência à saúde.
 O parlamentar ressalta que muitas pessoas contratam, à custa de sacrifício pessoal, um plano de saúde particular na esperar de ter uma atendimento mais ágil. Na prática, porém, a realidade é outra. “Clínicas credenciadas aguardam abrir a agenda para marcar consultas ou exames, o que torna a espera extremamente demorada”, afirmou.
 O projeto tem teor igual ao do PL 499/11, do ex-deputado Enio Bacci, que não tentou a reeleição. O texto foi arquivado no final da legislatura passada.
                                                     Tramitação
 A proposta será analisada, em 
caráter conclusivo, pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.