Redação
Já são mais de 250 os casos de registrados no
Brasil, de acordo com o Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e Múltiplo
Deficiente Sensorial, entidade que luta pela inclusão e qualidade de vida de
pessoas surdocegas. E muita gente ainda não sabe o que é a doença, uma condição
única e não a junção de surdez com cegueira, como se costumou pensar durante
muito tempo. As causas podem ser desde acidentes graves; a síndrome de Usher ou
a surdocegueira congênita, resultante de doenças como a rubéola ou de
nascimentos prematuros.
A história do Gabriel do Nascimento, que
adquiriu a surdocegueira muito cedo e cuja família teve que se adaptar para
conviver com as limitações do menino, é um exemplo. Hoje um adolescente,
Gabriel desde cedo mostrou habilidades artísticas táteis e o desejo de poder
viver da própria arte. Com o atendimento da UHelp, está se profissionalizando
como artesão, ele já está participando de oficinas com uma designer, Dayse
Tarricone, com acompanhamento de uma guia intérprete, para conseguir o tão
sonhado diploma.
“Nosso objetivo é que o Gabriel seja
independente e possa ter seu próprio caminho, explica Vanessa Dias”, Diretora
da UHelp. O projeto vai custar, ao todo, R$23.603,00, e, ao longo do processo,
a prestação de contas será disponibilizada mensalmente no site. A história do
Gabriel será substituída em breve por outro caso de profissionalização de
surdocego, o de Camila Pereira, que quer fazer um curso de informática. Por
meio do processo da UHelp, Camila vai conseguir o equipamento que permitirá a
ela fazer um curso de informática e ser capacitada para ensinar outros
surdocegos por meio da Organização Grupo Brasil.
A UHelp é
a primeira organização não governamental através da qual o usuário de internet
pode doar diretamente para um caso específico. Por meio de um cadastro no site www.uhelp.com.br, a pessoa pode doar dinheiro para ajudar os cases apresentados, ou
apenas votar em uma ou mais histórias, distribuindo os recursos já
existentes. Vanessa explica: “nós disponibilizamos 20% da meta de
atendimento de todos os casos e quem entra no site vota, de forma simples, em
apenas quatro passos para dizer a quem esse recurso deve ser destinado. Esse
valor poderá complementar as doações, fazendo as histórias acontecerem mais
rapidamente”, enfatiza.
O site da UHelp é acessível para quem tem
deficiência visual e auditiva. Além disso, toda votação e doação por meio do
site, sem que haja vínculo do internauta com a UHELP. “Nós queremos que a
pessoa continue entrando no site depois de votar ou doar para acompanhar o
desenvolvimento dos atendimentos e a prestação de contas. Por isso geramos
também conteúdo de interesse sobre o universo das pessoas com deficiência”,
explica Vanessa. Para quem quer doar valores, é possível usar cartão de crédito
ou débito e boleto bancário, por meio do sistema PagSeguro. As doações podem
ser feitas em cotas de R$20,00 a R$100,00.
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