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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Geral: Criminosos usam internet para dar o golpe do boleto




 
Bandidos usam o golpe do boleto para roubar vítimas na internet
Luís Alberto Alves
  A popularidade dos boletos no Brasil fez com que cibercriminosos apostassem, cada vez mais, em golpes utilizando este sistema de pagamento. Através dos ataques aos boletos bancários a “gangue do boleto” tem afetado a vida de muitas empresas, empresários, consumidores, e dado muita dor de cabeça para todos.

 Analistas da Kaspersky Lab descobriram uma série de ataques envolvendo falhas em dispositivos de redes – especialmente modems ADLS e roteadores domésticos – além do uso massivo de servidores DNS maliciosos, falsos boletos, injeção de código nos navegadores no estilo do SpyEye, uso de extensões e plugins maliciosos e muita, muita criatividade; tudo isso permitiu ao cibercriminoso brasileiro roubar muito dinheiro, mesmo de pessoas que não possuem cartão de crédito ou uma conta de internet banking. Essa é a nova preocupação dos bancos e das instituições financeiras no país.

                                                                     Leste Europeu

 O malware de boleto utiliza uma técnica chamada "web injection", a mesma usada pelo trojan bancário europeu SpyEye. Além de importar a técnica do golpe, os criminosos brasileiros utilizam a infraestrutura dos cibercriminosos do Leste Europeu para hospedar o vírus de boleto e os C&C (centro de comando e controle) e uma criptografia nos arquivos descarregados (payloads), com a mesma cifragem usada pelo Trojan Zeus Gameover.

 Mais evidências desta cooperação foram encontradas pelos pesquisadores da Kaspersky Lab em fórums underground de lingua russa/ucraniana, onde os criminosos buscam novos trojans, crimeware e kits de ataques contra caixas eletrônicos e dispositivos PoS. O primeiro resultado dessa cooperação se dá em trojans mais avançados como esse que ataca boletos bancários.

                                                                      Rentabilidade

 O golpe por meio de boletos tem se mostrado bastante rentável para os cibercrimonsos e por isso os que criavam Trojans bancários, passaram a atuar com este tipo de fraude. Além do lucro pelo dinheiro roubado das vítimas, os fraudadores brasileiros vendem o "kit boleto" (malware + painel) no Facebook por cerca de R$500.

 Vivemos atualmente uma verdadeira avalanche desses trojans, todos usando a mesma técnica. Muitas empresas foram afetadas – e já existem casos aonde os prejuízos de uma única empresa chegam a mais de R$ 150 mil reais. Associação de Lojistas e até mesmo o próprio Governo já emitiram alertas para consumidores sobre os boletos fraudulentos alterados por esses trojans.

                                                                        Ataques

 O vírus de boleto está preparado para capturar trafego SSL e mudar os boletos mesmo que sejam gerados em paginas HTTPS. Para isso, os cibercriminosos brasileiros atacam modems ADSL e roteadores domésticos, mudando os DNS para direcionar para páginas falsas que irão gerar boletos fraudulentos.

 Alguns ataques contra roteadores domésticos estão usando malvertising, ou seja, o criminoso compra uma campanha publicitaria e publica os scripts maliciosos em sites populares como o Estadão.

 Recentemente encontramos mais de 30 servidores DNS maliciosos usados nesses ataques. Ao combinar esse ataque com supostos anúncios comerciais o cibercriminoso ganha o poder de comprometer sites populares, potencialmente atingindo milhões de pessoas através de sites legítimos.

 Além disso, a Kaspersky Lab descobriu que diversos ataques estão distribuindo  extensões maliciosas do Google Chrome que estão hospedadas na loja oficial do navegador. O vírus de boleto muda o software do navegador para que ele trabalhe no "modo desenvolvedor" que permite a instalação de qualquer extensão – sem levar em conta a sua origem.

A Kaspersky Lab fez o "sinkhole" de um domínio usado numa campanha maliciosa e, em apenas três dias, os analistas da empresa coletaram 612 mil requests ao domínio. Cada request tinha como objetivo de alterar uma linha digitável de boleto.

“A gangue do boleto está cada vez mais atrevida. Atualmente eles até compram links patrocinados no Google e em outros buscadores para divulgar sites falsos que supostamente emitem segunda via ou recalculam boletos”, alertou o analista de vírus da Kaspersky Lab para o Brasil, Fabio Assolini.


Geral: Feira mostra que mercado de casamento está em crescimento



Casamento ainda continua em alta no Brasil

Luís Alberto Alves

   Planejamento, pesquisa, detalhes, sabores e brilho; os casamentos fazem parte de um mercado que movimenta bilhões por ano no Brasil. Afinal, o sonho do príncipe encantado acompanha gerações e os finais felizes, cheios de glamour são simbolizados nos desenhos, nas novelas e nos filmes. Quem não quer o seu casamento dos sonhos?

E com o auxílio das novas leis, o sim está ao alcance de muitos casais em suas diversidades ou tradicionalidades. Em 2012, foram registrados cerca de 1.041.440 casamentos no Brasil, além disso, o final feliz também é possível através dos recasamentos, (cônjuges divorciados ou viúvos) que hoje segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística chegam a 21,8%.

 Neste cenário é que a Expo Festas e Noivas vêm se situar. A Feira que acontecerá nos dias 07, 08 e 09 de novembro, no centro de convenções Expo Dom Pedro, trará as últimas tendências do mercado para a realização de casamentos, festas de debutante, formaturas e eventos em geral, com a exposição dos serviços de pequenos, médios e micro empreendedores. Prova de que o interior paulista está em alta no desenvolvimento de festas de alto padrão e na medida do cliente é o fato de que 60,5% das empresas estão localizados na região sudeste, além do IBGE apontar que o número de casamentos em Campinas subiu 32,13% entre os anos de 2004 e 2012.

 “O projeto desta feira estava guardado há três anos, devido ao fato de que Campinas não apresentava um local apropriado para o perfil do evento. Com a chegada do novo espaço de exposições, o Expo Dom Pedro, percebi que era o momento de lançar a feira. O local oferece toda a infraestrutura necessária para um evento de sucesso, explica Milena Gomes organizadora do evento. O pavilhão está anexo ao Parque D. Pedro Shopping e conta com uma área total de 7 mil m², banheiros, ar condicionado, estacionamento com segurança e fácil acesso de carro ou transporte público.

                                                                  Geração de negócios
 A participação e exposição em feiras e em outros eventos acabam por encurtar o caminho entre noivos e fornecedores de produtos e serviços. Esta atividade reúne uma grande diversidade de fornecedores em um só lugar, facilitando a divulgação e oportunidade de negócios.

 Na outra ponta estão os casais se programando para o casamento e, neste processo, realizando pesquisas. Este é um momento muito importante e a multisetoriedade facilita, agiliza e aproxima os interesses em um mesmo local.

 “Visitar fornecedores leva muito tempo e ás vezes é difícil encontrar alguns segmentos específicos, por isso, o grande apelo da feira é ter variedade de orçamento e qualidade, apresentar novidades e tendências, tudo num ambiente único conta Milena.

                                                                    Destaques
 A Região Metropolitana de Campinas tem crescido muito com relação à prestação de serviço para casamentos e festas de similar naturalidade. E na Expo Festas & Noivas essa realidade não é diferente, o evento vai receber a grande maioria de expositores que prestam serviço de qualidade nas principais cidades da região, como: Campinas, Valinhos, Vinhedo, Piracicaba, Indaiatuba, Sumaré e outras, além da capital São Paulo, que também estará presente com estandes. Nossa expectativa é de receber cerca de 30 mil visitantes, afirma a organizadora do evento.

 Em destaque, um dos expositores na área de foto e vídeo que exporta seus serviços para os Estados Unidos e com frequência segue também para outros destinos no exterior para realizar trabalhos em casamentos, é a Planeta Imagem, empresa de renome e anos de mercado. Mesmo em solo brasileiro, muitos dos fornecedores presentes na RMC acabam prestando serviço em grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. Caso da empresa Medisons Bartenders, que também estará presente na Expo Festas & Noivas.

                                                                       Serviço
Expo Festas e Noivas
Local: Expo Dom Pedro Centro de Exposições e Convenções
Endereço: Parque D. Pedro Shopping - Av. Guilherme Campos 500, bloco II, Jd. Santa Genebra Campinas SP
Data:
Dia 07 e 08 das 10h00 às 22h00
Dia 09 das 12h00 às 20h00
Venda de Ingressos:
Ingresso Promocional válido para visitação nos 3 dias da feira vendidos a R$ 10,00 somente através do sitewww.expofestasenoivas.com.br


Variedades: Exposamba: eleição da melhor nova composição do Brasil recebe 2,8 milhão de votos em três semanas



Redação

 A Exposamba, maior mostra de sambas do Brasil, já recebeu, em apenas três semanas, 2.802.797 votos nas composições que concorrem ao título de melhor nova composição do País. A votação teve início 6 de setembro e seguirá aberta até 15 de outubro. As 800 músicas inscritas estão disponíveis no portalhttp://www.fabricadosamba.com para receberem os votos nesta primeira fase, que irá selecionar os 160 compositores que seguirão na disputa.

 No dia 4 de outubro será divulgada nova parcial do concurso. A partir do dia 11 de outubro, os concorrentes saberão diariamente em que posição estão no ranking.

 Após esta primeira fase, os 160 escolhidos irão se apresentar em São Paulo, ao vivo, demonstrando suas composições. “Decidimos possibilitar ao candidato a chance de concorrer sem a necessidade de se deslocar para outra cidade ou outro Estado. Isso evita que na primeira fase haja custos de transporte, alimentação e hospedagem. Os que passarem à segunda fase, aí sim, terão de mostrar a composição, em unidades do Sesc São Paulo”, afirmou o diretor-presidente da Fábrica do Samba e idealizador da Exposamba, José Maria Monteiro.

 A procura pela Exposamba foi grande. Cerca de 1.000 sambas tentaram inscrições. Os 200 que “sobraram” não respeitaram algum ponto do regulamento: não completaram a inscrição ou continham erros de forma ou problemas de conteúdo.

 As cinco primeiras composições vencedoras da Exposamba, tanto as classificadas pelo júri quanto as classificadas pela votação pela internet, receberão como prêmio, por ordem de classificação, os valores brutos de, respectivamente, R$35.000, R$25.000, R$20.000, R$15.000 e R$10.000, podendo haver pagamento de mais de uma premiação ao mesmo participante caso haja coincidência entre a escolha do júri e da votação pela internet. “Compositor Revelação” e “Melhor Intérprete” escolhidos pelos músicos da orquestra receberão como premiação os valores brutos de R$7.500 cada.
                                                                      Fase a fase
 Dos 800 vídeos que participarão da fase inicial, os 160 mais votados na internet (www.fabricadosamba.com) passarão para a fase seguinte, de Seleção, que acontecerá no Sesc, na capital paulista, e será presencial.
 Entre os 160, 40 serão escolhidos por júri técnico para as semifinais. Nas votações poderá haver coincidência de escolhas pelo júri e pelo voto popular. Na final concorrerão até 20 sambas, escolhidos por júri técnico (dez) e por votação popular (dez).
                                                                       Atrações
  A Exposamba realizou sua primeira e segunda edições nos anos de 2012 e 2013. Com mais de 2.200 inscritos, quase R$500 mil em prêmios distribuídos e centenas de novos talentos revelados, chega à 3ª edição com uma agenda cheia de atrações.

  Além da disputa entre os novos compositores, estão marcadas apresentações de música instrumental e encenações em homenagem a personalidades do samba que seriam centenárias em 2014.




Variedades: Carol Castro visita salão de beleza para superprodução




 
Carol foi ao salão para passar por superprodução
Redação


Ontem (25), os profissionais do Salão CKamura, em São Paulo, receberam a Carol Castro. Evandro Angelo foi responsável pelo make e Isac Muniz pelos cabelos da musa.

 Evandro nos contou sobre os segredos desta produção:
Para pele utilizou apenas o BBCream da kiehl’s, nos olhos pretos, bem marcados, ele intensificou o olhar com cílios postiços. O Blush Orgasm da Nars deu vida às maçãs do rosto e, para tornar o make discreto, Evandro deixou a boca mais apagada. 

"Foi a primeira vez que maquiei a Carol e adorei, ela é extremamente simpática. Curtimos muitos, pois ela adora cantar, e ficamos ouvindo a playlist do iphone dela, que por sinal era muito boa”, explicou Evandro.

Variedades: Guarulhos (SP) recebe 13º Salão de Artes Visuais a partir deste sábado

Salão vai reunir obras de vários artistas de São Paulo


Redação

 Começa neste fim de semana a 13ª edição do Salão de Artes Visuais de Guarulhos (SP). Até o dia 26 de outubro o Adamastor Centro abrigará 77 obras de 33 artistas, que poderão ser vistas pelo público diariamente, das 9 às 22 horas, exceto nos feriados. A entrada é gratuita.

 A abertura oficial acontece neste sábado (27), a partir das 19 horas, e contará com palestras das professoras doutoras Ana Hoffmann e Andréa Tavares. Ambas fazem parte do Júri Técnico de Seleção e Premiação do Salão de Artes, assim como a professora doutora Marta Strambi, que será responsável pela palestra no encerramento da mostra, no dia 25 de outubro.

 Artistas de Guarulhos, Limeira, Campinas, Santos, Itu, Praia Grande e Sorocaba, em São Paulo, e Curitiba, no Paraná, estão entre os 33 selecionados para a exposição. As inscritas são das categorias: pintura, fotografia, desenho, gravura, arte tridimensional e arte digital. 

 Os premiados na edição deste ano participarão do programa de exposição 2015, que promoverá mostras exclusivas em espaços da Secretaria de Cultura. Além da escolha do júri técnico, o público também poderá escolher suas obras prediletas através da votação online, que será disponibilizada em breve.

 Grupos e escolas interessados em visitar o Salão podem entrar em contato com a Seção de Artes Visuais da Secretaria de Cultura e agendar uma visita monitorada. O telefone de contato é 2451-5184.

 Os artistas selecionados para o Salão de Artes Visuais de Guarulhos são: Adriel Visoto, Alba Corte, Alexandre Wagner, Anna Paes, Beatriz M. Jayme, Briza, Daniela Eorindjian, Edilaine F. Brum, Ernesto Ferro, Estefânia Gavina, Fabíola Chiminazzo, Fabíola Notari, Jorge Medeiros, Juliana Meres, Júlio César de Souza, Luís Teixeira, Márcia Gadioli, Marquetto, Maurício Mallet, Mô, Neiliane Araújo, Ortiz, Pola Fernandez, Rafael Coutinho, Rafael Saraiva, Regina Martins, Roberta Segura, Sérgio Pinzón, Thais Ueda, Tiago Bassani, Viviane Vallades, Wesley Souza e Zannin Junior.

Serviço: O Centro Adamastor fica na Avenida Monteiro Lobato, próximo à Avenida Paulo Faccini, bairro Macedo, Guarulhos (SP), tel.: (11) 2451/5184.

Variedades: Livro conta a história do político Adhemar de Barros




Livro retrata vida do político, que se tornou símbolo de corrupção
Redação

 Em tempos de política e eleições, nada melhor para refrescar a memória da política brasileira do que a biografia de um de seus políticos mais emblemáticos. Esperto, oportunista, difícil de definir se pertencia à direita ou à esquerda ou mesmo ao centro, amigo dos militares durante a ditadura quando lhe convinha e também inimigo deles conforme suas venetas, Adhemar de Barros, nascido em 1901 na cidade de Piracicaba, SP, e falecido em Paris em 1969, foi um grande personagem, digno de um livro como este.

 Adhemar – Fé em Deus e pé na tábua (Geração Editorial, 368 págs., R$ 34,90) de autoria do jornalista Amilton Lovato, é um livro que faz justiça ao perfil desse personagem, a um só tempo divertido e por várias vezes astuto e corrupto comprovado, que reinou por longo tempo na política paulista, sem alcançar dimensões brasileiras, mas exercendo grande influência, por seu estilo imprevisível, espontâneo, populista e sem marca ideológica definida. Um estilo que se baseou na esperteza e na habilidade “vira-casaca” de ir se adaptando aos ventos da política conforme as necessidades circunstanciais. No mar de indefinição ideológica que reina no país até hoje, a história de Adhemar parece profetizar tempos em que o oportunismo seria mesmo a regra e ninguém mais se importaria com ideologia alguma, visto que o eleitor brasileiro é um notório adepto de personalidades, não de partidos.

 Com uma abundância de informações documentadas, Amilton Lovato nos relata a vida de Adhemar desde os seus primórdios. Filho de um importante fazendeiro de café de São Manoel, SP, ele pertencia à classe dominante (a despeito de ter conquistado a fama de populista anos depois), tendo se formado médico na Europa. Tendo família rica, poderia ter seguido como médico, mas a Revolução Constitucional de 1932 o atraiu, e nela foi promovido a capitão médico. Sua oposição ao governo ditatorial de Getúlio Vargas, no entanto, durou até que, no exílio, fosse anistiado pelo ditador. Anistiado por este, elegeu-se deputado por São Paulo em 1934, e, mesmo São Paulo se opondo a Getúlio, ele conseguiu ser nomeado interventor federal pelo governo.

  Militando primeiro na famosa UDN, Adhemar apoiou o brigadeiro Eduardo Gomes a Presidente da República e fundou um partido, PRP, seguido por outro, PSP, fundindo partidos menores. Não se tratava senão de uma prática conhecida na política brasileira: um pequeno partido a serviço de uma personalidade cuja maior característica é o ego, o personalismo, nada além de um veículo para galgar postos na política, e veículo que não o amarrava ideologicamente a nada ou ninguém. Adhemar era um temperamental, um personalista caprichoso, ainda que um temperamental com senso de humor, bonachão, o que o popularizava.

 Foi governador de São Paulo entre 1947 e 1951,  outra vez apoiando Vargas e fazendo Lucas Garcez seu sucessor. A lealdade partidária não era mesmo com ele, pois se celebrizava pelas declarações intempestivas em que se colocava à frente ou à margem das deliberações partidárias, constituindo um problema para o qual só ele mesmo era a solução, espertamente. 
Em 1954, deparou-se com um personalista tão grande e arbitrário quanto ele, Jânio Quadros, que se elegeu prefeito de São Paulo. Ainda arriscou a Presidência da República, mas perdeu para Juscelino Kubitscheck em 1955. Seus negócios duvidosos acabaram dando-lhe condenação de dois anos de prisão por peculato. Sua saída foi refugiar-se no Paraguai e na Bolívia, sendo posteriormente absolvido. Em 1957,   elegeu-se prefeito de São Paulo. Ele sabia não sair da política e só se manter à distância enquanto lhe convinha. Mas sofreu mais duas grandes perdas: em 1960, a eleição de governador para Carvalho Pinto, e em 1960,  a eleição à presidente da República para Jânio Quadros.

 A imprensa o tinha por claramente corrupto (sofreu sistemática perseguição do jornal O Estado de S.Paulo), mas sua corrupção não parecia diminuir sua aceitação popular, sua simpatia, o que indicava certa complacência do povo para com suas atitudes: era a famosa “caixinha do Adhemar”, com que compraria votos para suas conveniências. Seu carisma e suas vitórias consecutivas na política pareciam confirmar o slogan de “rouba, mas faz”. Ele tinha humor e réplicas prontas que ficaram famosas no anedotário político. O título do livro é um provérbio que ele repetia, para justificar sua opção pela ação cega.

 Entre 1963 e 1966, tornou-se de novo governador de São Paulo, dessa vez derrotando Jânio Quadros, que depois da famosa “renúncia” perdera seu eleitorado. Mas surgiu então a revolução de 1964, instaurando os militares no poder, e o Marechal Castelo Branco foi premiado com o epíteto de “cabeça chata” pelo irreverente Adhemar, o que fez com que São Paulo entrasse em guerra surda com o governo federal. O apoio que Adhemar deu ao Golpe Militar de 1964 foi, como tudo em sua carreira, ambíguo, pois a suposta revolução viu por bem exilá-lo naqueles anos em que foram exilados também governadores como Carlos Lacerda, Leonel Brizola, Miguel Arraes, JK, e quaisquer políticos que ostentassem uma vaga oposição ao regime vigente.

 O livro ainda conta com um posfácio sobre o famoso roubo do cofre do Adhemar que ficou em posse do Drº Rui, alcunha dada para sua famosa e conhecida amante Ana Capriglione. 
 Por todas as suas contradições, suas atitudes divertidas e contravertidas, seu braço corruptor e suas tiradas de grande repercussão, Adhemar tornou-se um dos mais ricos personagens da cena política brasileira. Assim revela Amilton Lovato com competência e sabor, em uma narrativa ágil, leve, fluente e ao mesmo tempo profunda e documental.
                                                        Amilton Lovato
 
Amilton Lovato, autor desta divertida e reveladora biografia, é formado em Direito pela PUC de Campinas, advogou por muitos anos e trabalhou no mercado editorial com livros comemorativos para empresas, mas não foi bem sucedido e voltou a advogar. No entanto, não deixou de lado seu sonho de ser jornalista e decidiu retornar com esse livro, biografando esse político que tanta importância teve na história política brasileira e hoje se encontra meio esquecido, embora o “adhemarismo”, seu legado, seja prática muito corrente, ainda que sob outros nomes, no cenário partidário brasileiro.

                                                        Entrevista com o autor
O personagem principal é uma figura folclórica da política brasileira. Ele foi o primeiro político a ter esse comportamento?
Não. Já havia personagens folclóricos em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e nos estados do Nordeste. Mas, em São Paulo, Adhemar inaugurou um estilo muito particular, pois até então a política por aqui era dominada por pessoas provenientes das famílias mais tradicionais, que mantinham uma rigidez própria desses setores.

Como foi o processo de apuração? A família ajudou?
Eu diria que a família não atrapalhou. Adhemar Filho, procurado, deu algumas dicas sobre o personagem, mas não quis conceder entrevista. Sua irmã, Mariazinha, agiu da mesma forma.
Por que você resolveu escrever sobre Adhemar de Barros?
Sempre achei Adhemar uma figura mal explorada. Existem vários livros sobre ele, mas todos, sem exceção, com algum tipo de viés. Os mais comuns são as teses acadêmicas, com foco na parte política. Também é possível encontrar obras escritas por amigos ou inimigos, que, conforme o caso, pretenderam elogiá-lo ou execrá-lo. Faltava, a meu ver, uma biografia isenta.

O livro é contra ou a favor do ex-governador?
Nem contra, nem a favor. Como eu disse, é uma obra isenta. Adhemar era uma figura controvertida, e o livro procura explorar amplamente suas ambiguidades.
Ele roubava, mas fazia mesmo?
Adhemar não tinha nenhum controle sobre o dinheiro público, defeito que lhe trouxe sérias consequências ao longo da vida. Além disso, criou uma caixinha alimentada com contribuições de fontes diversas, fato que ele próprio e seus partidários confirmaram em mais de uma ocasião. Mas era inegavelmente um realizador. Ele foi responsável pela construção do Hospital das Clínicas, pelas rodovias Anhanguera e Anchieta, pela eletrificação da Sorocabana.

Ele era corrupto ou desleixado com as contas?
Era desleixado, totalmente. Mas teve também contra si várias acusações de corrupção que deixou sem resposta.
Podemos dizer que Adhemar de Barros foi o criador do caixa 2 para as campanhas eleitorais brasileiras?
Não acredito que tenha sido o criador, mas foi quem aperfeiçoou a prática.

Apesar de pertencer à elite conservadora paulista, o ex-governador tinha ideias progressistas, como, por exemplo, a cota para estudantes negros. Como explicar isso? Quais eram as outras ideias progressistas?
Adhemar cresceu em São Manuel, na fazenda de seu pai, e teve contato desde cedo com as classes menos favorecidas. Sua família, apesar de abastada, tinha hábitos simples. Ele circulava com desenvoltura em todos os meios. Creio que isso tenha ajudado muito. A universalização da saúde e da educação era outra ideia progressista.
Getúlio Vargas foi um grande amigo ou inimigo?
Getúlio foi ardiloso em relação a Adhemar, como em geral com todos à sua volta. Ao nomeá-lo interventor, em 1938, ele tinha a intenção de manter o controle sobre São Paulo, o estado rebelde, por meio de um desconhecido que ficaria lhe devendo um enorme favor, e contra quem não haveria grandes oposições, pois se tratava de um paulista. Quando viu que Adhemar poderia ameaçar suas pretensões, tirou-lhe o apoio.

O que significava a figura de Jânio Quadros para Adhemar?
O grande rival. O antagonista. O inimigo político.
Podemos dizer que Adhemar de Barros fez uma escola na forma de governar e de se posicionar?
Sem dúvida. Ele influenciou muitos políticos de sua época.
Quem seriam os grandes herdeiros do adhemarismo?
No PSP, o partido de Adhemar, algumas figuras estavam se preparando para sucedê-lo, mas a ditadura militar instaurada em 1964 interrompeu esse processo, sufocando as influências civis e criando um hiato entre as gerações de políticos. Atualmente, não há herdeiros.

Como era o relacionamento com Ana Capriglione?
Era um romance que extravasava para o lado político. Com o passar do tempo, ela adquiriu uma força contra a qual não havia concorrência à altura. Para ser aceito por Adhemar, era preciso ser aceito por ela. Isso ocorreu principalmente no último mandato de Adhemar como governador, de 1963 a 1966.
Por que ela era chamada de Dr. Rui?
Não se sabe. Talvez Adhemar tenha inventado o codinome, por impulso ou para despistar. Mas mesmo isso seria contraditório, pois ele não fazia esforço nenhum para esconder o relacionamento.
E o roubo do cofre, podemos dizer que o dinheiro vinha mesmo do caixa 2 do ex-governador?
É a explicação mais provável.

 Serviço: 
 Adhemar – Fé em Deus e pé na tábua 
Autor:  Amilton Lovato
Gênero: Biografia
Acabamento: Brochura
Formato:  15,6x23cm
Págs.: 368
Peso: 515g
ISBN:  9788581302508
Preço: R$ 34,90
Também disponível em e-book.


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Túnel do Tempo: Emerson vence 200 milhas de Nazareth





Luís Alberto Alves

Vitória:  Em 24 de setembro de 1989, Emerson Fittipaldi (foto) torna-se o primeiro piloto estrangeiro a ganhar o campeonato de fórmula Indy, nos EUA, ao vencer as 200 milhas de Nazareth.
http://brasil.planetasaber.com/web/img/pt-BR/shim.gif