O pastor Martin Luther King ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1964 |
Luís Alberto Alves
A morte do pacifista: No dia 4 de abril de 1968, aos 39 anos, terminou a jornada do pastor e
líder pacifista Martin Luther King Jr. Prêmio Nobel da Paz em 1964 ele combatia
a desigualdade racial através da não violência nos Estados Unidos.
Odiado por muitos segregacionistas
do Sul, King foi atingido com um tiro no pescoço quando estava na sacada de um
hotel, momentos antes de participar de marcha em Memphis, Tennessee. Pastor na igreja Batista, em 1955 liderou
boicote aos ônibus da cidade de Montgomery e criou a Conferência da Liderança
Cristã do Sul em 1957.
Sua luta o levou a fazer a célebre
Marcha sobre Washington em 1963, onde proferiu o famoso discurso “I Have Dream”.
Depois de ganhar o Nobel da Paz, King passou a criticar a pobreza e a Guerra do
Vietnã, despertando ira no FBI, que suspeitava que ele fosse comunista.
Ao adaptar as ideias de
desobediência civil criadas por Mahatma Gandhi, King obteve êxito em suas
manifestações reprimidas violentamente pela polícia norte-americana,
principalmente no Sul do país, onde o racismo era maior. A feroz repressão
contra os negros ganhou as páginas de jornais e revistas de todo o mundo,
tornando-se o principal assunto político nos Estados Unidos na década de 1960.
A organização e a liderança de
marchas a fim de conseguir o direito ao voto (até 1964 negros não podiam votar
nem serem eleitos nos Estados Unidos), o fim da segregação, discriminação no
trabalho e outros direitos civis básicos. A maior parte destes direitos foi,
mais tarde, agregada à lei norte-americana com a aprovação de Lei de Direitos
Civis (1964) e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).