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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Geral: GM confirma 800 cortes em São José dos Campos (SP)

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A greve contra as demissões entra em seu terceiro dia

Os cortes aconteceram apesar do acordo de layoff com garantia de estabilidade assinado pela GM

Os três sindicatos também enviaram carta ao governo Lula (PT), solicitando reunião com a Presidência e o Ministério do Trabalho 

Redação/Hourpress

Metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos realizaram um ato, em frente à fábrica nesta quarta-feira (25), contra as demissões realizadas pela montadora. Em gesto simbólico, eles penduraram cerca de 100 uniformes de trabalho com mensagens de luta na portaria da unidade. A GM informou ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região que 800 trabalhadores foram demitidos.

A greve contra as demissões entra em seu terceiro dia. Apenas ontem à noite, a empresa informou ao Sindicato o número de dispensados, que representa 20% da fábrica da cidade. Os cortes aconteceram apesar do acordo de layoff com garantia de estabilidade assinado pela GM, em junho.

A fábrica de São José dos Campos possui cerca de 4 mil trabalhadores e produz 150 carros por dia.

Um novo ato será realizado nesta quinta-feira (26), às 9 horas, na sede do Sindicato (Rua Maurício Diamante, 65, Centro, São José dos Campos), e seguirá pelo centro da cidade.

Reunião na Secretaria da Fazenda
Após cobrança dos sindicatos dos metalúrgicos que representam os trabalhadores da GM em São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, o Governo de São Paulo agendou uma reunião com as entidades.

O encontro ocorreu nesta quarta-feira (25), às 17 horas, com o secretário da Fazenda e Planejamento Samuel Yoshiaki Oliveira Kinoshita, em São Paulo. As entidades ainda aguardam retorno sobre reunião com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Os três sindicatos também enviaram carta ao governo Lula (PT), solicitando reunião com a Presidência e o Ministério do Trabalho em caráter de urgência para discutir medidas em socorro dos trabalhadores.

“O varal de uniformes simboliza a luta em defesa dos empregos e chama a atenção da sociedade para que todos se unam a essa mobilização. Seguiremos firmes na greve e na batalha para cancelar os cortes arbitrários”, finalizou o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.

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