Redação/Hourpress
O momento de definição de uma carreira é repleto de dúvidas e incertezas, principalmente em jovens que ainda não sabem o que, de fato, querem fazer em suas trajetórias profissionais.
De acordo com Veridiana Barcelos, líder de Pessoas e Cultura na abler, startup criada em 2017 que visa conectar empresas e candidatos, é importante que os jovens realizem testes e cursos para encontrar suas verdadeiras vocações. “Trata-se de um momento que pede muita reflexão e autoconhecimento. É necessário que cada um encontre uma área em que realmente gostaria de trabalhar, onde suas habilidades complementam determinada função, seja criativa, financeira ou em qualquer outro setor e há ferramentas que facilitam esse processo”, relata.
A gestora acredita que a participação em feiras e eventos relacionados ao mercado de trabalho ajudam a encarar esse momento com mais leveza. “Muitas instituições realizam feiras em que cada estande mostra como é uma determinada atuação profissional na prática. Nesses encontros, é possível conversar com quem já exerce a profissão, possibilitando relatos de pessoas que já vivem em um universo no qual você pretende fazer parte”, declarou.
Sucesso
Com um caminho previamente definido, o primeiro emprego se torna o local perfeito para colocar em prática os ensinamentos que foram adquiridos durante a jornada acadêmica. “É um momento de muito aprendizado, de entender e validar se realmente aquelas coisas que eram tão interessantes no curso se aplicam na vida profissional. Após um número de experiências, estágios ou um período considerável no primeiro emprego, a pessoa começa a entender em que ponto ele deseja chegar, se essa empresa pode ou não proporcionar esses objetivos, além de manter os olhos abertos para oportunidades em outras companhias que podem, eventualmente, pavimentar o caminho para alcançar o sucesso no plano de carreira daquele jovem profissional”, pontuou Veridiana.
O plano de carreira é, inclusive, de suma importância para a definição de objetivos de alguém que quer se estabelecer positivamente no mercado de trabalho. “Esse planejamento tem que ser realmente de propriedade desse trabalhador. Ele deve ser protagonista da sua carreira sabendo onde ele está e aonde ele quer chegar para traçar esse plano. A carreira é de cada indivíduo, independentemente da empresa que ele está ou não atuando. Um conhecimento adquirido, ou algo que está sendo desenvolvido em uma companhia, será levado como forma de aprendizado”, revelou.
De acordo com a líder de Pessoas e Cultura, se manter em uma mesma empresa por muito tempo não é um problema, desde que haja uma evolução relacionada a cargos e funções. “Às vezes, temos até um preconceito quando falamos de uma carreira de muitos anos em uma mesma empresa, com a impressão de que a pessoa está estagnada na mesma função. Mas precisamos rever esse conceito, uma vez que esse colaborador pode ter começado em um cargo pequeno e segue em constante crescimento”, pontuou.
As próprias empresas podem auxiliar através de testes e oportunidades, em outras áreas de atuação, dentro da própria organização. “Quem fomenta avaliações vocacionais dá a oportunidade para que seus colaboradores percebam onde eles se encaixam melhor, mesmo atuando em uma área completamente diferente. Oferecer transições de cargo dentro pode motivar os profissionais, que se sentem valorizados ao mudarem de atuação e se manterem na mesma companhia”, finalizou.
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