“As pessoas estão achando que a Covid acabou. Muito pelo contrário: ela está aí"
Em comparação com 14 dias, a média móvel de mortes está em alta de 45% e a de casos, em alta de 71%. Até o último balanço desta quarta, país confirmou 166.847 óbitos e 5.912.903 diagnósticos pela Covid-19. O Brasil tem 166.847 mortes por coronavírus confirmadas até as 13h desta quarta-feira (18), segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
A média móvel de mortes está em alta de 45% em comparação à média de 14 dias.
Veja os números consolidados:
166.847 mortes confirmadas
5.912.903 casos confirmados
No balanço das 20h de terça-feira (17), foram confirmadas 166.743 mortes (676 em 24 horas) e 5.909.002 (32.262 em 24 horas). Desde então, 4 estados atualizaram seus dados: CE, GO, MG e MS.
Às 8h, o consórcio publicou a primeira atualização do dia com 166.758 mortes e 5.909.026 casos.
Maior alta
A média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 557, a maior desde o dia 12 de outubro. A variação foi de +45% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nas mortes por Covid.
É a maior alta registrada desde o mês de maio.
Já a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 29.674 novos diagnósticos por dia, uma variação de +71% em relação aos casos registrados em duas semanas. Também é a maior alta registrada desde o mês de maio.
O aumento nas médias móveis de óbitos e casos em relação a 14 dias atrás pode ser em parte justificado com a queda nos registros ocorrida na semana do feriado de Finados, no início do mês. Apesar disso, os registros médios de mortes diárias acima de 550 e de casos perto de 30 mil são dados preocupantes, pois refletem o balanço dos últimos 7 dias.
Sérgio Cimerman, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, associou o aumento nos registros e na taxa de transmissão dos últimos dias à “balbúrdia que se acometeu no feriado”.
“As pessoas estão achando que a Covid acabou. Muito pelo contrário: ela está aí. Não saímos da primeira onda. A gente chegou num platô, começou a cair o número de casos, e a gente volta a subir, caracterizando ainda essa primeira onda, decorrente sim da balbúrdia que se acometeu no feriado. É a média de 10, 14 dias para começar a ter esse boom de procura por exames laboratoriais para a Covid e de internações”, alertou Cimerman.
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