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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Artigo: Matriz energética brasileira visa crescimento

 

O aumento na eficácia e a queda nos preços é um quadro global


Redação/Hourpress

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Em recente discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil tem a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo. Fato é que variados fatores têm contribuído para que esse status do país se consolide.

Dentre as opções renováveis (eólica, biomassa, etc), a energia fotovoltaica tem ganhado cada vez mais adeptos. O CFO da Maya Energy, Luis Fernando Roquette, explica os motivos: “Sem dúvida o fenômeno se dá pelo aumento na eficiência. A tecnologia cresce exponencialmente em questão de eficiência e isso leva o retorno financeiro para o mesmo norte. Uma placa solar atual tem mais que o dobro de eficiência de captação energética por cm² que uma placa antiga”.

O aumento na eficácia e a queda nos preços é um quadro global. Segundo o Relatório do Departamento de Estratégia Industrial e Negócios (BEIS) do Reino Unido, em breve as fontes sustentáveis de geração de energia serão mais baratas do que as fósseis. O valor da opção fotovoltaica e também da energia eólica vêm sofrendo redução gradual: em 2016 eram 23% mais baratas do que em 2013; agora, o custo é 47% menor em comparação com 2016.

O estudo do BEIS analisou o valor médio por megawatt durante o período de execução de um projeto. Para uma fazenda solar de grande porte, o custo por megawatt é de 44 libras. Em 2016, o valor era 67 libras. No Brasil, a previsão é de que em 5 anos a fazenda solar vai gerar energia pela metade do custo de uma térmica a gás.

Luis cita uma vantagem brasileira na expectativa do crescimento do setor: “O Brasil é o país que mais recebe irradiação solar em todo o planeta. São mais de 3 mil horas de brilho de sol durante o ano - dados do Atlas Brasileiro de Energia Solar)”. O número corresponde de 4.500 a 6.300 Wh/m² (watt por hora por metro quadrado) por dia. A Alemanha, país que mais investe em energia fotovoltaica no mundo, recebe cerca 40% menos de luz solar que o Brasil.

Minas no topo da geração distribuída

Já a geração distribuída teve alta de 130% no último ano no país, com a instalação de 162 novos sistemas.  Minas Gerais lidera esse ranking. O Estado responde a 19,6% de todo o parque nacional de energia solar distribuída, o que corresponde a 671,5 megawatts instalados em 97,3% dos 853 municípios mineiros. “Na medida em que as pessoas tomam consciência das vantagens do mercado mineiro e dos benefícios da opção fotovoltaica, essa realidade se torna cada vez mais viável”, analisa Luis, com base na experiência da Maya Energy, que em pouco mais de dois anos de atividade, se tornou a maior startup de energia limpa do Brasil. “A expectativa de crescimento é  cada vez mais palpável, levando em consideração a irradiação solar do país, o apelo pela sustentabilidade e a capacidade de geração de energia limpa. Além de todos esses fatores, a parte financeira também é muito atraente, uma vez que o sistema é 100% financiado e é menor que sua conta de energia atual”, conclui o executivo.

Sobre a Maya Energy:

Criada em Belo Horizonte por tre?s so?cios com experie?ncia em economia, engenharia e mercado financeiro, a Maya Energy oferece, para empresas ou reside?ncias, instalac?a?o de paine?is que geram energia solar e o financiamento para tal. O objetivo e? ampliar o acesso a? tecnologia fotovoltaica, gerando economia e promovendo responsabilidade social.


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