Postagem em destaque

Crônica: Amor à prova de tudo

Pixabay Sempre dizia que sem o amor de Amanda, o seu mundo perderia a graça Astrogildo Magno Felício era extremamente apaixonado por sua...

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Artigo: Fortes emoções podem trazer risco à saúde do coração

 

Médico especialista explica como problemas associados ao estresse, raiva, ansiedade e tristeza podem comprometer a saúde

Redação/Hourpress

Arquivo

“Boa parte dos pacientes com doenças psicossomáticas procuram primeiro o cardiologista com medo de estar com uma doença cardíaca”. A frase é do cardiologista Vinícius Marques Rodrigues (CRM 10224), que atende no centro clínico do Órion Complex, e dá uma mostra de como o coração é sensível às emoções. Isso porque sentimentos como raiva, angústia, ansiedade e tristeza têm a capacidade de fazer com que o cérebro produza hormônios que aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial provocando arritmias e dores no peito.  O médico explica que, mais que um corpo saudável proveniente de bons hábitos alimentares e exercícios físicos, é importante manter também, a mente sã. 

 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares a cada ano. No Brasil, a média anual chega a 350 mil, o que corresponde a uma vida perdida a cada 40 segundos.  Algumas das doenças do coração estão associadas a sentimentos ruins. “O aumento de liberação de hormônios produzidos com estresse e raiva aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca, levando a um risco maior de infarto do miocárdio e derrame cerebral”, explica o cardiologista. 

 A frequência cardíaca é o resultado do estado emocional trabalhando em uma via de mão dupla com o cérebro. “O excesso de hormônios produzidos na região cerebral caem na corrente sanguínea e afetam o coração. A  adrenalina, noradrenalina e cortisol, que estão mais relacionados a sentimentos ruins, aceleram os batimentos, já a ocitocina e a vasopressina tem efeito contrário e estão relacionadas ao prazer e bem estar”, detalha Vinícius.   

 O cardiologista busca afastar sintomas físicos com exames complementares que avaliam a forma e a função do coração, como holter 24h, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste do esforço, além de outros exames, se necessário. Pode recomendar ainda a realização de exames de sangue e dosagens hormonais. Ao diagnosticar problemas cardíacos com origem emocional, o tratamento deve ser uma mudança de hábitos, mas Dr. Vinícius alerta que, em alguns casos, é necessário também prescrever medicação.  “É sempre importante fazer atividades físicas, terapias com yoga, pilates, atividades que trabalham com a mente e o corpo. Já a psicoterapia pode ter bons resultados em casos moderados. Nos mais complexos temos que iniciar tratamento medicamentoso”, finaliza.  


Nenhum comentário:

Postar um comentário