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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Economia: Aprosoja/MS indica alternativas aos agricultores quanto à segunda safra


Plantas de cobertura estão entre as recomendações da Associação


Redação/Hourpress

A colheita da soja em Mato Grosso do Sul que deve se estender até meados de março, deve impactar na quantidade de milho cultivado, uma vez que o zoneamento previsto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recomenda a semeadura até o dia 10 do mesmo mês. Avaliando os riscos, a Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS), faz recomendações para aqueles agricultores que optarem, ou não conseguirem, semear o milho dentro da janela indicada.

“Os preços do milho estão bem atrativos, em algumas situações passam de R$ 40 a saca, nesta esta segunda safra 2020. Mas o apelo do preço, não pode ser o único motivo para estimular a tomada de decisão sobre o cultivo do cereal”, explica o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.

Segundo ele o Mapa analisou a possibilidade de mudar o zoneamento agrícola para o plantio do milho segunda safra, mas chegaram à conclusão de que não haverá alterações em Mato Grosso do Sul, uma vez que os riscos são muito altos.

 “A Embrapa divulgou uma previsão meteorológica, com antecipação de geada, mas como produtor, precisamos lembrar que não é só a estiagem ou a geada que prejudicam a produtividade do milho safrinha. Luminosidade, temperatura ao longo do dia e vários outros fatores determinam o zoneamento, que nos permite o plantio até o dia 10 de março”, completa o presidente.

A Associação destaca aos produtores que devem haver cuidados ao semear o milho safrinha, aproveitando a soja que está começando a ser colhida, ainda em uma boa janela, e semear o milho ao longo de todo mês de fevereiro. De acordo com a Aprosoja/MS o risco de uma semeadura tardia do milho pode acarretar em prejuízos de alto nível.

A entidade também aponta alternativas para os agricultores que não pretendem arriscar ou que estarão fora da janela de zoneamento. “Uma das recomendações é analisar as áreas onde os produtores têm problema de produtividade, com falta de matéria orgânica e fazer o cultivo de plantas de cobertura. O produtor pode entrar em contato com as fundações de pesquisa estaduais como a Fundação Chapadão e Fundação MS, para entender quais são as melhores plantas de cobertura para cada situação do produtor”, apontou Dobashi.

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