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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Geral: Governo paulista entrega na capital 96 apartamentos do Residencial Gusmões, da PPP do Centro


Com esta entrega, a PPP do Centro soma 1.227 unidades de interesse popular já disponibilizadas à população paulistana


Redação/Hourpress

A Secretaria de Estado da Habitação entregou no dia 31 de outubro, 96 apartamentos do Residencial Gusmões, na rua dos Gusmões, nº 97/198. O empreendimento integra a Parceria Público-Privada (PPP) do Centro, primeira PPP de Habitação de Interesse Social (HIS) do país, dedicada à oferta de moradias, aprimoramento da infraestrutura de serviços e equipamentos públicos e consequente revitalização de áreas do centro da cidade de São Paulo.Com a inauguração do novo conjunto nesta quinta-feira, já são 1.227 unidades habitacionais de interesse social entregues pela PPP do Centro.
Famílias ou indivíduos com renda entre R$ 810 e R$ 5.724,00, que já residiam no município, trabalhavam na região central da cidade e ainda não tinham tido acesso à casa própria foram o público beneficiado pelas moradias de interesse social da PPP do Centro. Os contemplados se inscreveram no projeto e participaram de sorteios classificatórios.
O casal Aline e Robson Pazinato, pais de Ângelo e Bernardo, de seis e três anos, respectivamente, eram só sorrisos na manhã desta quinta-feira. "É um verdadeiro sonho sair do aluguel. O nosso apartamento é lindo, o prédio tem lazer para nossos filhos e a região é ótima, com fácil acesso a tudo", disseram. Eles estavam há seis anos na fila de inscritos da Cohab e, devido ao endereço de trabalho de Robson, foram sorteados para o projeto da PPP do Centro. Visitaram previamente o prédio e o apartamento de três dormitórios e adoraram.
Ao longo dos onze anos de casamento, o casal já havia se mudado seis vezes, sempre para imóveis alugados na região do Terminal Sapopemba, no extremo da zona leste da capital. Robson, que é coordenador da área de entregas de uma empresa no Centro, levava 40 minutos de moto para fazer o traslado casa-trabalho. O intervalo de tempo agora cairá para dez minutos. Mesmo Aline, que trabalha na zona leste, também reduzirá para um terço o período de deslocamento, com o novo endereço: ao invés de 1h20 de ônibus, embarcará na estação Luz do metrô e, em vinte minutos, desembarcará na porta de seu trabalho, em frente à estação Carrão. "Será uma mudança completa de qualidade de vida e ainda por cima pagaremos uma prestação menor, numa casa que é nossa", comemorou Aline.
O Residencial Gusmões foi erguido num terreno de 1.118 m2, cedido pela Prefeitura de São Paulo. São 96 apartamentos de interesse social, distribuídos numa única torre, de 13 andares (térreo mais 12 pavimentos), sendo 84 unidades de dois dormitórios e 12 unidades de três dormitórios. Cada um dos 84 apartamentos de dois dormitórios tem 43 m2 de área construída, que comportam também sala, cozinha, banheiro, área de serviço. Nas 12 unidades com três dormitórios, que dispõem dos mesmos outros cômodos, a metragem do apartamento sobe para 56 m2.
O conjunto é dotado ainda de salão de festas, salão de jogos, mini quadra, brinquedoteca e bicicletário. A PPP está entregando também no Residencial Gusmões uma loja de 155 m2, onde a iniciativa privada poderá vir a instalar um supermercado ou um estabelecimento comercial semelhante, facilitando o cotidiano dos moradores.
"Estamos muito orgulhosos de darmos continuidade a esse projeto pioneiro e inovador que começou a ser entregue à população paulistana na gestão do hoje vice-governador Rodrigo Garcia como secretário estadual da Habitação" disse o atual secretário estadual da Habitação, Flavio Amary. Ele destacou que os novos moradores estão ingressando num projeto pioneiro, primeiro nascido no Brasil, que tem a responsabilidade de colaborar com a revitalização, com a reurbanização de um pedaço de São Paulo, que é tão bonito e precisa de gente morando para ser melhor cuidado. "Entregamos moradias a quem mais precisa, mas também temos como reflexos diretos a melhoria de serviços e a oferta de mais opções de cultura, mobilidade e lazer para a população, revitalizando o Centro como São Paulo merece", resume.
A parceria da administração municipal foi fundamental na edificação desse empreendimento, destaca o secretário do Grupo Parcerias Público-Privadas da Secretaria de Estado da Habitação, Cassiano Ávila. "O sucesso da PPP está apoiado em um modelo de gestão que é resultado da parceria não só entre o público e o privado, como também entre os próprios entes públicos. A Secretaria de Estado da Habitação trabalhou junto com a Prefeitura, que cedeu o terreno da Rua dos Gusmões e apoiou a liberação dos entraves burocráticos e a adequação dos projetos", afirma Ávila.
"Se vocês olharem esse prédio verificarão que ele tem a qualidade até mesmo superior do que de muitos imóveis da iniciativa privada. Esses empreendimentos foram pensados para repovoar, requalificar o Centro. A gente vê que os objetivos estão sendo bem cumpridos. É com isso que a segurança melhora, que as condições de oferta de serviços melhoram, que o tempo de deslocamento das pessoas na cidade diminui", afirmou Reinaldo Iapequino, presidente da CDHU, idealizador técnico do projeto, concebido quando ele estava à frente da Agência Casa Paulista, da Secretaria Estadual da Habitação.
A PPP - A PPP do Centro prevê a construção de 3.683 moradias na região central da capital paulistana. Destas, 1.423 são Habitações de Mercado Popular (HMP), a serem comercializadas diretamente pela concessionária junto ao público com renda mensal superior a R$ 5.724,00. As outras 2.260 unidades são Habitações de Interesse Social, oferecidas à população com renda mensal de até R$ 5.724,00, a partir da intermediação da Secretaria de Estado da Habitação.
Das 2.260 moradias de interesse social previstas, já foram entregues 126 unidades do Residencial São Caetano, 91 unidades do Residencial Alameda Glete, 914 unidades no Complexo Júlio Prestes e, agora, as 96 unidades do Residencial Gusmões. Até dezembro deste ano, a PPP do Centro deve entregar também as 288 unidades habitacionais - 216 delas de interesse social e 72 de mercado popular - do Complexo Júlio Prestes II, além da creche para 198 crianças. Estão em obras mais 210 unidades de interesse social da chamada "Quadra 69, na região central.
A iniciativa também propõe a realização de verdadeira mudança urbanística nas áreas de intervenção, com a recuperação de espaços públicos, a criação de áreas comerciais e de serviços, além da restauração ou criação de novas edificações para equipamentos públicos, como no caso da reforma do segundo Batalhão do Corpo de Bombeiros, da nova sede da Escola de Música Tom Jobim, da revitalização das praças Júlio Prestes e Cleveland. Tudo isso realizado com o cuidado necessário à preservação das espécies vegetais e com o plantio de novas árvores, além de novos investimentos em iluminação pública e redes de drenagem e esgoto no entorno.
Estão sendo viabilizados também espaços comerciais no Complexo Júlio Prestes (boulevard comercial com 56 lojas), no entorno da escola de música (dez lojas) e agora na rua dos Gusmões (uma loja de 155 m²). O projeto colabora, assim, com a requalificação da região central, aproximando a moradia do emprego e dos eixos de transporte de massa e, com isso, reduzindo o tempo de deslocamento dos trabalhadores.
O investimento global na PPP do Centro é de R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 465 milhões de contrapartida do Governo do Estado, em prestações pagas à iniciativa privada ao longo de 20 anos. A concessionária PPP Habitacional SP, vencedora da licitação e gerida pela construtora Canopus, que investe R$ 919 milhões na iniciativa, é responsável pela construção das moradias, prestação de serviços de desenvolvimento de trabalho técnico social (pré e pós-ocupação), gestão condominial, gestão de carteira de mutuários e manutenção predial.

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