A automação requer gerenciamento, não é colocar e retirar peças
Luís Alberto Alves/Hourpress
A indústria agrega valor ao equipamento com a robotização,
ao adotar o ciclo de tecnologia que hoje consiste em equipamentos
automatizados, visto que os robôs trabalham mais tempo do que o homem. Neste
caso, a economia brasileira está inserida no mercado global e não pode ficar
distante desta postura de mercado.
Diversos profissionais que participam do Congresso de
Tecnologia em Máquinas e Equipamentos Industriais, patrocinados pela Abimei
(Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais),
realizado de 14 a 16 de outubro, em São Paulo, reconhecem a carência no País de
cultura de tecnologia.
De acordo com o engenheiro Ricardo Molino, “é difícil pensar
em robôs numa situação desta, porque a robotização é parte deste processo. A
automação em parte precisa obedecer a determinados trâmites”. Segundo ele, é
preciso adquirir essa cultura de funcionamento, do contrário o processo não
funciona.
A automação requer gerenciamento, não é colocar e retirar
peças. É preciso instruir o funcionário de como obedecer a determinadas regras.
“É muito difícil o novo conceito entrar na mente deste empregado. É preciso
atenção para desenvolver o processo”, disse.
Por outro lado é difícil encontrar trabalhadores com este
perfil no mercado, visto que falta equipe técnica para atender a essa demanda. “Algo
comum no Exterior, mas ainda difícil no Brasil”, explicou.
Na avaliação de outro engenheiro, Edvaldo Rosa, “automação
não é vinculada à alta produção, porque é importante o gerenciamento do
processo. O gargalo dela é a falta de funcionários treinados, que não têm
acesso à informação nos eventos deste segmento industrial”, frisou.
Para o engenheiro Carlos Palugan, no sistema de automação ou
robotização a produção é constante, pois não ocorre interrupção, quando o
funcionário precisa ir ao banheiro ou fazer suas refeições.
“A diferença deste
tipo de trabalho em relação à mão de obra humana é inexistência de “cansaço”,
porque máquinas não reivindicam salários ou qualquer tipo de benefícios para o
exercício de suas funções”, destacou.
Porém, todos os profissionais presentes neste evento reconhecem
que o homem ainda é necessário para fazer as programações e colocar essas
máquinas em funcionamento. Num futuro não muito distante é possível que reduza
ainda mais a influência humana para o desempenho delas no chão de fábrica.
Entretanto neste tipo de processo industrial, de linha de
produção automatizada ou robotizada, poucas máquinas poderão ocupar o espaço
antes nas mãos de diversos trabalhadores, como ainda ocorre atualmente.
Hoje, segundo o engenheiro Marco Latarola, as empresa visam
as máquinas que realizam atividades complexas, que na esfera automatizada gera
mais velocidade na produção de peças e com grande nível de acerto, pois elas
não perdem a atenção no desempenho de suas funções.
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