Luís Alberto Alves
Nicolau Pereira de Campos Vergueiro nasceu em Bragança, Portugal em 20 de dezembro de 1778. Bacharel em leis pela Universidade de Coimbra, tomou o Brasil como pátria adotiva estabelecendo-se em São Paulo com banca de advogado.
Foi também fazendeiro e introduziu o trabalho livre do colono europeu pelo sistema de parceria. Representou a Província (Estado) de São Paulo nas Cortes portuguesas em 1822, na Constituinte brasileira em 1823 e na primeira legislatura. Em 1828 foi eleito senador por Minas Gerais.
Ocupou as pastas do Império, da Justiça e Fazenda. Foi membro da regência provisória que se seguiu à abdicação de D.Pedro I, diretor do Curso de Direito de São Paulo de 1837 a 1842, um dos primeiros membros do governo paulista. Lutou pela Independência como bom brasileiro.
Como membro da comissão política brasileira, dado o seu voto em separado, gesto que produziu enorme escândalo, foi considerado o fator mais enérgico da emancipação política do Brasil. Sua ação agravou-se com a recusa de assinar a constituição portuguesa.
Acusado como um dos promotores da revolução de 1842, o Senado julgou a acusação improcedente. Era do Conselho do Imperador, Grã – Cruz da Ordem do Cruzeiro e membro do Instituto Histórico. Escreveu: “Memória Histórica”, sobre a fundação da fábrica de ferro de Ipanema, em 1822, e “Resposta” dada ao Senado sobre a pronúncia contra ele proferida pelo Chefe de Polícia de São Paulo, J.A.G. de Menezes, no processo da revolta de 17 de maio de 1842, dada a lume no ano seguinte. Faleceu no Rio de Janeiro em 18 de setembro de 1859. A Rua Vergueiro (foto) fica no bairro da Liberdade, Centro de SP.
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