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Rio de Janeiro
Da Agência Brasil
O comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro deve
contratar 30% menos trabalhadores temporários para o fim do ano e durante o
verão, na comparação com o ano passado. Segundo pesquisa do Clube de Diretores
Lojistas do Rio (CDLRio), cerca de 10 mil trabalhadores temporários devem ser
contratados neste fim de ano, enquanto na mesma época do ano passado foram
cerca de 15 mil. O estudo revela que, das 500 empresas consultadas, 43%
pretendem contratar para esse período, 37% já disseram não planejar novas
admissões e 19% ainda não decidiram.
O presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, explica que
diante do cenário econômico de dificuldades, especialmente para o comércio, a
expectativa é bastante reduzida porque o consumidor tem receio de ir às
compras. Ele listou as dificuldades do consumidor que impedem maior aumento nas
vendas de fim de ano: “a inflação alta, que corrói o salário, diminuindo o
poder de compra; os juros altos, que prejudicam tanto o comerciante quanto o
consumidor; e o desemprego, que é mortal para o comércio porque quem não tem
trabalho não pode consumir”.
“Isso é reflexo do momento difícil que estamos
passando na economia. É um cenário bastante nebuloso, com muitas incertezas.
Atualmente, o empresário tem receio de investir e o consumidor tem receio de
comprar. Isso é o pior dos mundos.”
No entanto, apesar dos problemas econômicos que o
país atravessa, Gonçalves afirmou que os lojistas têm esperança de que a vendas
melhorem, principalmente no Natal. “É a grande data do ano para o comércio, que
precede a alta temporada do verão, a estação mais importante para a economia
carioca, já que a cidade recebe grande número de turistas do país e do exterior.
A combinação desses dois fatores, associada ao otimismo, que é a marca do Natal
para o comércio, motivaram essa estimativa de contratação dos temporários”,
disse o presidente do CDLRio.
A pesquisa mostrou ainda que 40,6% dos empresários
consultados responderam que há a possibilidade de efetivação de cerca de 15%
dos trabalhadores. “Em média, os temporários contratados ficam em outubro,
novembro e dezembro. Alguns ficam mais tempo para cobrir as férias dos
comerciários em janeiro. Além de outros que são efetivados, esse percentual é
da ordem de 15% a 20%.”
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