*Rodrigo Peres
Além da desarmonia
estética, o famoso queixo para frente pode ser o vilão das dores de cabeça,
apneia do sono, ronco, dores nas articulações da face, entre outros. Por isso,
a cirurgia ortognática, que nada mais é do que o reposicionamento da mandíbula
e do maxilar, tem se tornada aliada para aqueles que querem retomar a
autoestima e acabar com estes problemas funcionais.
O importante nesta
cirurgia é que ela consiga equilibrar as funções mastigatória, respiratória e
estética, trazendo de volta uma harmoniosa relação entre os dentes, músculos e
ossos, melhorando a respiração, mastigação e digestão. Porém, como qualquer
cirurgia é preciso ter cuidados no pós-operatório.
Por ser um
procedimento invasivo, após a cirurgia o paciente quase não consegue abrir a boca,
principalmente quando há necessidade de fixar elásticos entre os dentes e
também pelo inchaço que limita a amplitude de movimento da ATM. Além disso,
edemas dentro e fora da boca, coágulos, dificuldade de mastigação, fala,
deglutição, alteração na sensibilidade facial e limitação dos movimentos
mandibulares são alguns dos efeitos pós cirurgia.
E é neste momento
que entra em cena o fisioterapeuta e o fonoaudiólogo, profissionais aliados na
recuperação dos pacientes. Tendo como principal objetivo combater os edemas e a
dor, o fisioterapeuta geralmente dá início ao tratamento com manobras faciais
(compressão de gelo e drenagem linfática) visando diminuir os hematomas e
descomprimir as terminações nervosas. Já o fonoaudiólogo atua na reorganização
funcional, trabalhando na retomada da respiração nasal, correta postura da
boca, uso adequado da musculatura na mastigação, deglutição e fala.
Ambos os
profissionais visam acelerar os resultados e trazer mais rapidamente as
atividades diárias dos pacientes. “Sou fisioterapeuta e recentemente me submeti
a cirúrgia ortognática. Realmente o edema e a alteração de sensibilidade são
grandes, assim como a dificuldade de mastigação e deglutição. Por isso,
pratiquei em mim mesmo, os exercícios que iriam mais rapidamente restaurar
minhas atividades diárias, como voltar a ter amplitude na abertura da boca. Aos
poucos, fui adequando os exercícios e o tratamento, até que consegui trazer a
musculatura para um reequilíbrio, hoje consigo respirar e mastigar da forma
adequada” – resume o fisioterapeuta Rodrigo Peres.
Entre os exercícios
e tratamentos adotados pelos fisioterapeutas para as cirurgias ortognáticas
estão: drenagem linfática facial (manual), crioterapia (compressa de gelo),
laser, manobras de liberação miofascial e exercícios de mímica facial,
exercícios livres e assistidos dos músculos da face. Porém, é importante que o
paciente esteja bem orientado para que ele possa dar sequência diária ao
tratamento e assim, acelerar o processo de recuperação.
*Rodrigo Peres – Fisioterapeuta com experiência de mais de 14 anos na
área, atuou em hospitais, clínicas, grandes centros de saúde e especializou-se
no atendimento home-care. Com pós-graduação em “Intervenção Fisioterapêutica
nas doenças neuromusculares” e “Fisiologia e Biomecânica”; tornou-se
empreendedor e atualmente está na Direção da Central da Fisioterapia, a maior
empresa de fisioterapia particular do Brasil, coordenando aproximadamente 300
profissionais, espalhados por cinco capitais e que atuam em diferentes áreas da
fisioterapia. www.centraldafisioterapia.com. br
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