Redação
Lançamento
pelo selo Outras Expressões: "Energia elétrica e
poder político - trabalhadores da Light São Paulo 1900-1935" do
historiador João Marcelo Pereira dos Santos*.
"O
entrelaçamento entre os interesses dos acionistas e administradores da Light e
o poder político - que hegemonizou a estrutura de Estado em São Paulo
durante a Velha República - foi fundamental para dimensionarmos os constrangimentos
impostos à organização dos trabalhadores e à construção de identidades
coletivas no período.
As
articulações entre a Light e a Delegacia Estadual de Ordem Política e Social de
São Paulo (DEOPS/SP) estão marcadas pela violência institucionalizada, pela
cultura de intransigência e recusa de negociação, acompanhando
a trajetória das organizações dos trabalhadores lightianos.
As
situações de enfrentamento, as pautas de reivindicação do conjunto do
operariado paulistano nas disputas travadas no momento de transição para um
sistema de relações de trabalho e sindical regulado pelo Estado é abordada
através das diversas tentativas do Sindicato dos Operários em Tração, Luz e
Força de São Paulo para se estabelecer na complexa conjuntura dos primeiros anos
do governo Vargas"
* João
Marcelo Pereira dos Santos, doutor pela Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
Preço: de
R$ 25 por R$ 20 nesta semana (17 a
24 de julho - basta clicar na imagem para ter acesso a livraria virtual). Assunto:
História do movimento operário / História da cidade de São Paulo.
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Lançamento
pelo selo Outras Expressões: "Fronteiras
abertas" de Lurildo Ribeiro Saraiva*.
Release: "(...) Pois bem, numa das inúmeras
moagens que viveu ao lado do Pai, certa vez pediu para dormir com os operários
do próprio Engenho, como eles faziam. O Pai consentiu, e Ele, contentíssimo,
foi armar a sua rede junto a do Mestre. E, antes de dormir, pode comungar com
aqueles pobres homens, as suas histórias de assombrações, a saudade das suas
famílias, a esperança de um mundo melhor, mais justo e igual, suas desventuras
e aventuras sexuais, o cansaço, a fadiga de uma vida quase somente devotada ao
trabalho, enfim, eles declinavam, sem consciência política, a crueldade da
Sociedade tão desigual em que sobreviviam, a perversa sociedade capitalista - e
jamais viriam a saber que essas conversas, daquele Dia Libertador, iriam
influenciar a opção política daquele menino, filho de um latifundiário
humanista, doravante, sempre ao lado dos excluídos, e totalmente descrente em
qualquer possibilidade de Justiça no Capitalismo como crêem hoje os falsos
esquerdistas (...)".
* Laurildo
R. Saraiva é Professor Associado de Cardiologia da UFPE e atuou na
resistência ao golpe de 1964 e seus desdobramentos, em Recife e em São Paulo.
Entre obras científicas da área biomédica, é autor também de "Água
Braba", pelo selo Outras Expressões da Editora
Expressão Popular.
Preço: de R$ 20
por R$ 16 nesta semana (de 17 a 24 de julho - basta clicar na imagem para
ter acesso a livraria virtual). Assunto: Literatura / Memória
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Reimpressões (clique nas capas para ver os últimos lançamentos, promoções e
reimpressões na livraria virtual):
# Paulo Freire - vida e obra (Paulo Freire; Ana Inês Souza
- org.). Preço: R$25. Assunto: Educação
Uma obra que reúne uma série de escritos que
retomam os temas mais queridos de Paulo Freire: a prática educativa
transformadora e libertadora, alicerçada em uma pedagogia com base na ética e
no respeito à dignidade - conceitos atualmente fora de uso - como instrumentos
para a construção de um mundo novo. Um livro que chama para a luta, que busca
realizar meios de intervenção na realidade, numa ação cultural pela pedagogia
da indignação, para valorizar o ser humano e, assim, tornar possível "o
nosso sonho". Paulo Freire nos disse que não apenas temos o direito, mas
temos, principalmente, o dever de mudar o mundo.
# O menino que lia o mundo (Carlos Rodrigues Brandão). Preço:
R$15. Assunto: Educação de jovens e adultos (EJA)
Esta "História do menino que lia o
mundo" conta a vida de um grande homem que não deixou de ver o mundo com
os olhos esperançosos de um menino. Paulo Freire, um dos mais notáveis
pensadores da pedagogia mundial, teve uma infância pobre, tendo que conviver
até mesmo com o sofrimento da fome. Cresceu e se tornou educador, desenvolvendo
um dos métodos mais eficazes para alfabetização, sobretudo de adultos, por
levar em conta o universo semântico dos estudantes. Essa forma de ensinar,
baseada nas chamadas “palavras geradoras”, fomenta não apenas a apreensão da
leitura e da escrita, mas também a discussão da realidade social dos
envolvidos.
# Árvores geneticamente modificadas (Chris Lang). Preço: R$15.
Assunto: Agroecologia
Os nomes que
os povos locais alocam às plantações florestais industriais ilustram os
problemas causados por esse modelo de florestamento. Na Tailândia, os
agricultores chamam o eucalipto "a árvore egoísta", porque as
plantações de eucaliptos absorvem os nutrientes do solo e consomem tanta água
que nos campos vizinhos não é possível plantar arroz. O povo indígena Mapuche
do Chile se refere às plantações de pinheiros como "milicos plantados",
porque são verdes, formam fileiras e avançam. No Brasil, as plantações
florestais são chamadas de "deserto verde" e, na África do Sul,
"câncer verde".
As
plantações de árvores geneticamente modificadas apenas vão exacerbar esses
impactos. Árvores de crescimento mais rápido esgotarão a água mais rapidamente;
haverá uma maior destruição da biodiversidade nos desertos biológicos de
árvores modificadas para serem resistentes a insetos e não terem flores, frutos
nem sementes; o solo se destruirá mais rapidamente, através do aumento da
extração de biomassa, a mecanização intensiva e o aumento do uso de
agroquímícos: mais comunidades serão despojadas de seus meios de vida e serão
deslocadas para abrir o caminho para ainda mais "desertos verdes".
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