São Paulo vista do alto |
* Regina Rocha
O potencial turístico do estado de São Paulo é
enorme, contemplado com praias, cidades históricas, gastronômicas,
hidrominerais e religiosas. Tamanha potencialidade faz com que esses pontos
necessitem ser melhores explorados, principalmente em cidades menores, mas com
grande capacidade de receber pessoas de diversas partes do estado e porque não,
do País.
E a boa notícia é que o incentivo para abrir o
leque desse setor de serviços está começando a crescer. Recentemente o
governador Geraldo Alckmin sancionou um projeto de lei que institui no estado a
criação de 140 municípios de interesses turísticos. Essa lei dará a chance de
explorar os potenciais de cada cidade, gerando emprego, renda e uma nova visão
de São Paulo como um forte ponto de destino.
Para concorrer a esse grupo, cada município
precisará preencher alguns requisitos, como ter potencial turístico, Conselho
Municipal de Turismo, serviço médico emergencial, plano diretor de turismo, por
exemplo.
O grande diferencial para consagrar o destino
será receber bem o turista. Hoje a proposta é promover uma experiência positiva
e não simplesmente uma viagem. Os pretendentes ao status de município de
interesse turístico terão que pensar na mobilidade desse público. Em nosso
estado temos uma modesta oferta de malha aérea interna e a maioria dos acessos
a esses locais será por meio rodoviário.
Planejar bem essa situação é essencial. Se os
turistas chegarem de forma coletiva, muito melhor. Menos poluição, impacto no
espaço público e maior possibilidade de ordenação dos deslocamentos, o que
garantirá uma experiência positiva tanto para viajantes quanto para munícipes
que, apesar de almejarem o crescimento de suas cidades, devem ter assegurada
sua qualidade de vida.
Pensar na mobilidade do turista dentro dos
municípios requer também projetar a infraestrutura para recebê-lo da melhor
forma. Ter um local adequado para a parada dos veículos e uma estrutura de
embarque e desembarque confortável e segura, faz com que a viagem seja
prazerosa e agradável.
E quando o turista se sente bem recebido,
inevitavelmente ele indica aos familiares e amigos, gerando sempre mais público
ao município. Por isso, quanto mais prefeitos e representantes municipais
tiverem esse cuidado com a receptividade, melhor e maior o desenvolvimento
local.
*Regina Rocha é
diretora executiva da FRESP (Federação das Empresas de Transportes de
Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo), bacharel em Direito e em
Turismo, atua há mais de quinze anos com o setor de transporte rodoviário e
turístico e é uma das conselheiras do Conselho Estadual de Turismo.
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