A balança é o terro de muio gordo |
* Sidneia
Freitas
Você já parou para pensar na influência que o
seu estado psicológico tem no processo de eliminação de peso?
De acordo com dados do Ministério da Saúde,
atualmente mais de 52% dos brasileiros estão com excesso de peso. Este índice
cresceu aproximadamente 10% em apenas 9 anos.
Os desdobramentos do dia a dia levam o ser
humano a comer por questões emocionais, como por exemplo, tensão, ansiedade,
tristezas, solidão, aborrecimento e consequentemente a comida é colocada no
lugar de alívio e funciona como uma compensação por esses momentos angustiantes
da vida.
Muitas pessoas não sabem, mas o componente
psicológico é um dos mais importantes no processo de reeducação alimentar e
perda de peso. É preciso desvincular a comida como algo que preenche uma
condição emocional, trabalhar o autoconhecimento, comprometimento, aceitação,
flexibilidade e motivação para a mudança.
Esta mudança de estilo de vida implica, no
primeiro momento, na restrição de alguns alimentos e a sensação de privação
pode gerar uma ansiedade exagerada que também atrapalha de forma significativa
o emagrecimento.
As questões da ansiedade e descontrole na alimentação
podem ser um indicativo para algum tipo de transtorno alimentar, ou seja, se a
pessoa só sente prazer por meio de um alimento, possui dificuldades de lidar
com restrições ou apresenta quadros de desequilíbrio emocional no período de
tratamento de reeducação alimentar, é importante que busque um médico para
diagnóstico.
O acompanhamento especializado pode ajudar em
todo o processo, principalmente a organizar as questões emocionais e elaborar
técnicas para lidar com os pensamentos compulsivos e sabotadores.
Veja algumas dicas de como tornar o
psicológico aliado do emagrecimento:
· Ajuda de profissionais: a perda de peso não pode mais ser vista apenas
como uma questão prioritariamente estética e sim de saúde. É imprescindível que
a reeducação alimentar seja acompanhada por uma nutricionista e as questões
emocionais por psicólogos e psiquiatras.
· Objetivos: antes de iniciar qualquer programa de perda de peso, escreva
quais são seus objetivos e motivos. Estes pontos irão auxiliá-lo diariamente a
manter o foco na busca das metas.
· Autoconhecimento: conhecer-se profundamente é um trunfo no tratamento. É
preciso determinar os pontos fortes e as fraquezas para conseguir utilizar as
ferramentas necessárias como aliadas no processo de reeducação.
· Autoestima: olhar-se no espelho e não gostar da imagem que ele reflete é
um bom motivo para buscar uma virada no estilo de vida, mas não depreciar-se,
pois a autoestima é uma das chaves na busca da perda de peso. Ame-se acima de
qualquer coisa.
Unir o
contexto emocional com os aspectos físico é um desafio que pode trazer muitos
benefícios para a vida como um todo. Desafie-se!
*Sidneia Freitas é psicóloga, neuropsicóloga e idealizadora do Programa Mente Leve Corpo
Leve da Clínica Sintropia
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