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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Variedades: Obras-primas de Ingmar Bergman, Federico Fellini, Pier Paolo Pasolini e Werner Herzog



O Sétimo Selo é um dos destaques

Redação

Zeta Filmes e FJ Cines fazem o lançamento do projeto no Espaço Itaú Botafogo, no Rio de Janeiro, em 28 de maio

Filmes que marcaram a história do cinema e que são fundamentais para todos os cinéfilos estão no Clássica, projeto que leva cópias restauradas em digital (DCP) dos clássicos do cinema internacional ao circuito comercial do país.

O lançamento do Clássica será  em 28 de maio, no Rio de Janeiro, no Espaço Itaú–Botafogo, dentro da comemoração dos 10 anos do cinema. No evento, poderão ser vistos os sete primeiros filmes do catálogo do Clássica que ficarão em cartaz por uma semana e, a partir de julho, serão lançados um a um, mensalmente, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, João Pessoa e Santos.

Clássica vai apresentar o cinema do mestre sueco Ingmar Bergman com duas das mais fundamentais obras da sua filmografia: O Sétimo Selo (1957) e Morangos Silvestres (1957). Do italiano Federico Fellini, serão duas de suas obras-primas: A Doce Vida (1960) e  (1963). O Clássica trará ainda, de Pier Paolo Pasolini, Mamma Roma (1962); e do diretor alemão Werner Herzog, Nosferatu - O Vampiro da Noite(1979) e Fitzcarraldo (1982).

Clássica é um projeto de lançamento de filmes clássicos em digital pelas empresas FJ Cines e Zeta Filmes, em parceria.

A distribuidora FJ Cines está há mais de 40 anos no mercado cinematográfico, sempre direcionou sua atuação para o cinema independente e principalmente nos clássicos europeus dos anos 1950-70. Também grande exibidora no passado, focou-se nos grandes diretores que o público brasileiro começava a ter acesso durante as poucas mostras e festivais existentes no final dos anos 1970 e início dos 1980 - como Federico Fellini, Visconti, Antonioni, Rossellini, Bertolucci e as grandes comédias de Totó. O cinema alemão dos anos 1970 com Herzog e Fassbinder e a Nouvelle vague francesa também foram lançados com enorme sucesso de público e crítica. E grande parte da filmografia do sueco Ingmar Bergman, até então desconhecido no Brasil, foi lançada em cinema primeiramente e depois em DVD e TV. Com a digitalização, a FJ Cines voltou a trazer os clássicos em copias restauradas e a realizar sessões especiais em diversos cinemas do Brasil.

A Zeta Filmes, criada em 1998 em Belo Horizonte, é uma produtora cultural que se dedica a realização de festivais de cinema, mostras, curadorias e exposições audiovisuais. Realiza o Indie Festival há 15 anos em Belo Horizonte e São Paulo, e também o Fluxus Festival que promove exposições de artistas audiovisuais. A Zeta começou a atuar também, nos últimos dois anos, como distribuidora de filmes internacionais independentes no circuito comercial brasileiro. Distribuiu filmes premiados como Ida, ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015; importantes diretores do cinema contemporâneo como Apichatpong Weerasethakul, Danis Tanovic e Tsai Ming Liang; novos diretores como Alex Ross Perry, Denis Côté e Amat Escalante, além de filmes autorais em 3D como Caverna dos sonhos esquecidos, de Werner Herzog e Contos da Noite, de Michel Ocelot.



O Sétimo Selo
Um filme de INGMAR BERGMAN
1957, Suécia, p&b, 96min., DCP

Elenco: Max Von Sydow, Gunnar Björnstrand, Nils Poppe, Bibi Andersson, Bengt Ekerot, Åke Fridell, Inga Gill, Gunnel Lindblom
Diretor de Fotografia: Gunnar Fischer
Montagem: Lennart Wallén
Som: Aaby Wedin
Música: Erik Nordgren
Figurino: Manne Lindholm
Maquiagem: Nils Nettil
Produção: Ab Svensk Filmindustri
Direção e Roteiro: Ingmar Bergman
Título original: Det sjunde inseglet
Sinopse: O cavaleiro Antonius Block retorna das Cruzadas para uma Suécia devastada pela peste negra e pela Inquisição. Ao seu redor apenas sofrimento e destruição. Em suas andanças, Antonius encontra a morte, que o desafia para uma partida de xadrez.
A obra de Ingmar Bergman, um dos maiores gênios do cinema mundial e o grande nome do cinema escandinavo, traz entre suas principais marcas autorais os questionamentos profundos sobre a fé e a existência de Deus, dramas com fortes raízes nas teorias da psicanálise, e a utilização dos mesmos atores em diferentes obras. O “Sétimo Selo” é seu filme mais icônico e agrupa todas as características que o tornaram célebre. Vencedor do prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1957.

Morangos Silvestres
Um filme de INGMAR BERGMAN
1957, Suécia, p&b, 91min., DCP.


Elenco: Victor Sjöström, Gunnar Björnstrand, Ingrid Thulin, Bibi Andersson
Folke Sundqvist, Björn Bjelvenstam, Jullan Kindahl, Gunnar Sjöberg, Gunnel Broström, Naima Wifstrand 
Diretor de Fotografia: Gunnar Fischer
Montagem: Oscar Rosander
Som: Aaby Wedin
Música: Erik Nordgren
Figurino: Manne Lindholm
Produção: Allan Ekelund
Direção e Roteiro: Ingmar Bergman
Título original: Smultronstället
Sinopse: Isak Borg,respeitado professor de Medicina, e é convidado por sua universidade de formação, na cidade sueca de Lund, para a cerimônia de comemoração pelos seus 50 anos de carreira. Isak viaja com a sua nora, Marianne, que passa por uma crise em seu casamento, e durante o percurso é obrigado a enfrentar o vazio de sua existência. Um delicado e poético filme sobre a mortalidade e o passado.
“O Sétimo Selo” e “Morangos Silvestres” contam com o trabalho de cinematografia de Gunnar Fischer, mestre da imagem em preto e branco e grande colaborador de Bergman e de Carl Theodore Dreyer. Morangos Silvestres traz a última performance do ator e diretor Victor Sjostrom, maior influência pessoal e ídolo de Ingmar Bergman. Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim de 1959 e do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro em 1960, indicado ao Oscar de melhor roteiro.

A Doce Vida
Um filme de FEDERICO FELLINI
1960, Itália, p&b, 174 min., DCP

Elenco: Marcello Mastroianni, Anita Ekberg, Anouk Aimée, Yvonne Furneaux, Alain Cuny, Annibale Ninchi, Magali Noël
Diretor de Fotografia: Otello Martelli
Montagem: Leo Cattozzo
Música: Nino Rota
Figurino: Piero Gherardi
Produtores: Giuseppe Amato e Angelo Rizzoli
Produtor Executivo: Franco Magli    
Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli
Direção: Federico Fellini
Título original: La Dolce Vita
Sinopse: Federico Fellini nos guia em um passeio pelas dores, delícias e pela frivolidade da burguesia romana dos anos 1960. No centro desse passeio está Marcello Rubini, jornalista e colunista social, e suas aventuras profissionais e amorosas. Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, ele freqüenta festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido para a vida.
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 1960 e do Oscar de Melhor Figurino em 1962. Primeira colaboração de Federico Fellini e Marcello Mastroianni, seu alter-ego cinematográfico. Essa parceria é retomada em 8 1/2, de 1963. “A Doce Vida” é extremamente influente e referenciado em diversos filmes posteriores, como o recente ”A Grande Beleza”, de Paolo Sorrentino.

Um filme de FEDERICO FELLINI
1963, Itália, p&b,132min., DCP

Elenco: Marcello Mastroianni, Claudia Cardinale, Anouk Aimée, Sandra Milo, Rossella Falk, Barbara Steele
Diretor de Fotografia: Gianni Di Venanzo
Montagem: Leo Cattozzo
Música: Nino Rota
Produtor: Angelo Rizzoli
Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli, Brunello Rondi
Direção: Federico Fellini
Sinopse: Realidade e ficção se misturam em 8 1/2, filme mais metalinguístico de Federico Fellini. Marcello Mastroianni interpreta Guido Anselmi, diretor de cinema análogo a Federico, sofrendo de um caso terrível de bloqueio criativo. Guido tenta realizar um filme de ficção-científica em um balneário italiano enquanto lida com dificuldades artísticas, pessoais e amorosas, um casamento em crise e várias paixões. 8 1/2 olha para o cinema com uma mirada surrealista e pessoal.
“8 ½” é considerado o maior filme de Fellini, e está entre os dez melhores filmes da história do cinema de acordo com o British Film Institute. Vencedor dos Oscars de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Figurino (P&B) em 1964.

Mamma Roma
Um filme de PIER PAOLO PASOLINI
1962, Itália, p&b, 106 min., DCP

Elenco: Anna Magnani, Ettore Garofolo, Franco Citti, Silvana Corsini
Diretor de Fotografia: Tonino Delli Colli
Direção de Arte: Flavio Mogherini
Montagem: Nino Baragli
Música: Carlo Rustichelli
Produção: Alfredo Bini
Direção e Roteiro: Pier Paolo Pasolini
Sinopse: Mamma Roma deseja abandonar a prostituição para começar uma vida nova, vendendo frutas na feira e criando seu filho adolescente, Ettore. Mas Ettore, cercado por más influências e furioso ao descobrir a ocupação de sua mãe, cai em um mundo de criminalidade e se torna vítima da violência policial, frustrando os sonhos de Mamma Roma. Uma visão dramática e, às vezes, irônica, da Itália, repleta de referências à arte e a religião do país.
Pier Paolo Pasolini é o diretor mais polêmico da história do cinema italiano, autor de filmes como “Teorema” e “Saló”. Poeta e intelectual, Pasolini tecia referências à história do cinema e da arte em suas obras.

Nosferatu – O vampiro da noite
Um filme de WERNER HERZOG
1978, Alemanha/França, cor, 103 min., DCP

Elenco: Klaus Kinski, Isabelle Adjani, Bruno Ganz, Roland Topor, Walter Ladengast
Diretor de Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Música: Popol Vuh 
Produção, Roteiro e Direção: Werner Herzog
Título original: Nosferatu: Phantom der Nacht
Sinopse: Em Nosferatu - O Vampiro da noite o diretor Werner Herzog homenageia dois mestres: o escritor Bram Stoker, cujo livro Drácula é a espinha dorsal do roteiro de Nosferatu, e F. W. Murnau, autor e cineasta do movimento impressionista alemão e diretor de Nosferatu, de 1922. A narrativa acompanha o vampiro Conde Drácula, o agente imobiliário Jonathan Harker e sua noiva Mina.

“Nosferatu” coloca as obras de dois dos maiores e mais premiados diretores do cinema alemão, Murnau e Herzog. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim de 1979 por sua direção de arte, considerado pelo crítico de cinema Roger Ebert um dos grandes filmes da história do cinema.

Fitzcarraldo
Um filme de WERNER HERZOG
1982, Alemanha/Peru, cor, 158 min., DCP

Elenco: Klaus Kinski, Claudia Cardinale, José Lewgoy, Miguel Ángel Fuentes, Paul Hittscher, Huerequeque Enrique Bohorquez, Grande Otelo
Diretor de Fotografia: Thomas Mauch
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Música: Popol Vuh 
Produtores: Werner Herzog, Lucki Stipetic  
Roteiro e Direção: Werner Herzog
Sinopse: Brian Fitzgerald sonha alto e busca concretizar seus sonhos na pequena cidade de Iquitos, na Amazônia Peruana, em meio à corrida da borracha. O fã de óperas e de Enrico Caruso, Fitzcarraldo, como é chamado pelos peruanos, decide desbravar uma nova rota de extração de borracha nos rios amazônicos, mas para chegar a seu destino, precisa de um grande feito: transportar um enorme barco à vapor por terra, em uma região montanhosa da floresta.

Werner Herzog comandou o set de filmagens de “Fitzcarraldo” de maneira obsessiva e ambiciosa, e seus conflitos com o ator Klaus Kinski permanecem de maneira icônica na história da sétima arte. Por este filme, Herzog recebeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes de 1982, e também foi indicado ao prêmio de melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro de 1983. O elenco de “Fitzcarraldo” conta com atores brasileiros como José Lewgoy, Grande Otelo e Milton Nascimento.





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