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 A energia é um insumo básico, importante e
    fator de custo para a indústria em geral, e se mal administrada pode
    atingir até 60% do preço final da produção. Em referência ao Dia da
    Indústria (25), a Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de
    Conservação de Energia) alerta que a indústria é o setor com maior
    potencial para geração de riqueza na economia, no entanto, seja por falta
    de informação ou linhas de financiamento adequadas, é também o que mais
    desperdiça energia no Brasil. 
 
 Em uma análise do Conselho Americano para
    Economia Energeticamente Eficiente (ACEEE, na sigla em inglês), que avaliou
    as 16 maiores economias do mundo, o Brasil obteve a pior avaliação no
    segmento industrial e também obteve o pior número entre os países analisados.
    De acordo com Rodrigo Aguiar, presidente da Abesco, a conscientização é o
    primeiro passo para a resolução do problema, seguido por ações concretas
    como o diagnóstico energético da planta industrial. 
 
 De acordo com os dados do Ministério de
    Minas e Energia (MME) - BEN 2014, o setor industrial é o maior consumidor
    de energia do país, respondendo por 33,9% de todo o consumo final. “Os
    gestores das indústrias precisam saber que a energia representa um custo
    fixo significativo (este ano os aumentos foram e serão elevadíssimos) e
    esse recurso pode ser mais bem administrado com a implantação de programas
    de eficiência energética visando aumentar sua competitividade e
    produtividade”, explicou. 
 
 Ainda segundo Aguiar, esse ganho pode ser
    adquirido modificando processos ou trocando equipamentos por outros mais
    modernos e eficientes. “Com estudos implantações adequadas o custo da
    produção diminui substancialmente”, finaliza. 
Confira algumas dicas da Abesco
    sobre como economizar nos quatro principais sistemas e usos finais de
    energia para a unidade industrial:
 
 
 1 – Sistemas de ar comprimido. O ar comprimido é uma das mais antigas
    formas de transmissão de energia, sendo utilizada hoje por quase todos os
    ramos da atividade industrial. Baixar a pressão até o mínimo necessário
    para o funcionamento adequado do equipamento ou um pouco mais de cuidado na
    manutenção com a limitação e o conserto de vazamentos, ou ainda tomar
    medidas que trarão mais economia como a substituição de compressores
    ineficientes por novos modelos que ofereçam melhor rendimento energético
    são algumas das possibilidades de economia de energia deste item.
 
2 - Caldeiras e fornos. As caldeiras são muito utilizadas na indústria e,
    em geral, o custo dos combustíveis representa uma parcela significativa da
    conta dos insumos energéticos. As instalações das caldeiras e de seus
    sistemas associados devem ser abordadas em todo programa de conservação e
    uso racional de energia. Normalmente são detectadas oportunidades de
    redução de consumo de energia e melhorias de processos industriais nesta
    área, que podem contribuir para a redução dos custos de produção, tais
    como: regulagem da combustão, controle da fuligem e das incrustações,
    monitoramento da eficiência da caldeira, redução das perdas de calor e
    ponto de operação da caldeira e mudança do energético.
 
3 - Sistemas de iluminação. A utilização de sistemas de iluminação exige
    que seja realizada uma análise pormenorizada quanto às necessidades da
    tarefa visual, que podem significar maior consumo energético. Cada tipo de
    ambiente ou aplicação requer um sistema de iluminação natural/artificial
    específico. Vale lembrar que a tecnologia LED teve seus preços bastante
    reduzidos e é importante frisar que a qualidade do fabricante e garantia
    são pontos fundamentais.
 
4 - Sistemas de bombeamento de água. Em virtude do alto consumo de energia
    provocado pelos sistemas de bombeamento, eles apresentam grandes potenciais
    de eficiência energética. Sendo assim, o correto dimensionamento da
    capacidade da bomba, e o uso de motores de alto rendimento são fatores
    importantes para que não haja desperdício de energia, assim como a
    modificação da tipologia dos sistemas, que ao usar a força da gravidade
    para a transferência da água, reduz a necessidade de bombas.
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