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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Radiografia de Sampa: Rua Caramuru



Luís Alberto Alves

 Diogo Álvares Correia, denominado o Caramuru (foto), foi um degradado ou náufrago que acabou respeitado pelos tupinambás da Bahia. Vivendo à moda deles, aprendeu a língua e adotou os seus hábitos, vindo a ser por isso, valioso auxiliar de Tomé de Souza e dos jesuítas na fundação dos primeiros estabelecimentos e na catequese.

 Casou com a filha de um dos chefes tupinambás e que, dessa união, teve quatro filhas. Sobre a sua vida, a fantasia popular bordou uma série enorme de lendas, todas contadas no poema de Santa Rita Durão. Diogo Álvares nesse poema aparece como um herói e um aventureiro cheio de bravura.

 A sua viagem à França em companhia da noiva Paraguaçu, o batismo desta em Paris e o casamento assistido por Henrique II e Catarina de Médici, que deu seu nome a afilhada são puras fantasias e simples motivos poéticos.

 A própria façanha de Caramuru ao enfrentar os índios, tem sido contestada. Teve apenas a glória de inspirar um poema puramente brasileiro, e de ser útil aos colonizadores. Faleceu em outubro de 1557 na povoação de Pereira de Aldeia Velha, na Bahia. A palavra Caramuru designa uma espécie de peixe. Por ter vindo à praia nadando, os índios provavelmente deram-lhe esse nome. A Rua Caramuru fica no bairro da Saúde, Zona Sul de SP.


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