Luís Alberto Alves
Diogo Álvares Correia, denominado o Caramuru (foto),
foi um degradado ou náufrago que acabou respeitado pelos tupinambás da Bahia.
Vivendo à moda deles, aprendeu a língua e adotou os seus hábitos, vindo a ser
por isso, valioso auxiliar de Tomé de Souza e dos jesuítas na fundação dos
primeiros estabelecimentos e na catequese.
Casou com a filha de um dos chefes tupinambás
e que, dessa união, teve quatro filhas. Sobre a sua vida, a fantasia popular
bordou uma série enorme de lendas, todas contadas no poema de Santa Rita Durão.
Diogo Álvares nesse poema aparece como um herói e um aventureiro cheio de
bravura.
A sua viagem à França em companhia da noiva
Paraguaçu, o batismo desta em Paris e o casamento assistido por Henrique II e
Catarina de Médici, que deu seu nome a afilhada são puras fantasias e simples
motivos poéticos.
A própria façanha de Caramuru ao enfrentar os
índios, tem sido contestada. Teve apenas a glória de inspirar um poema
puramente brasileiro, e de ser útil aos colonizadores. Faleceu em outubro de
1557 na povoação de Pereira de Aldeia Velha, na Bahia. A palavra Caramuru
designa uma espécie de peixe. Por ter vindo à praia nadando, os índios
provavelmente deram-lhe esse nome. A Rua Caramuru fica no bairro da Saúde, Zona
Sul de SP.
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