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 Estudos recentes demonstraram que obesos
    ativos possuem menor risco de saúde do que magros sedentários. Segundo a
    Federação Mundial de Cardiologia, as pessoas que não se exercitam possuem
    um risco duas vezes maior de sofrer doenças do coração, ter pressão alta e
    desenvolver diabetes, independente do fato de estar ou não acima do peso. 
 
 Além disso, duas pesquisas recentes feitas
    pela Revista Européia do Coração divulgaram que pessoas com obesidade,
    consideradas saudáveis após exames, tiveram um risco 38% menor do que as
    não saudáveis de morrer por qualquer causa. 
No primeiro estudo, a redução de morte por doenças cardiovasculares ou
    câncer foi de 30% a 50%. O desempenho desses participantes que estavam
    acima do peso, mas que mantinham bons hábitos foi, ao longo do tempo,
    similar ao dos magros saudáveis.
 
 
 O outro trabalho, porém, analisou a
    mortalidade de 64 mil suecos com problemas cardíacos (como angina e
    infarto) submetidos a um exame de imagem para determinar a saúde de suas
    artérias coronárias. Os resultados mostraram que os pacientes que estavam
    muito magros ou com obesidade mórbida, corriam mais risco de morrer em
    relação aos intermediários, com sobrepeso ou obesidade moderada. 
“Os dados apontam que o melhor
    condicionamento físico das pessoas saudáveis com obesidade foi responsável
    pelo menor risco de morte. Eles afirmam que o exercício tem ação no
    metabolismo da coagulação sanguínea e ajuda a dilatação dos vasos e melhora
    a resistência à insulina, tendo um efeito contrário ao da obesidade.
 
 
 Portanto
    é melhor ser uma pessoa acima do peso que se exercita, do que um magro
    sedentário”, explicou o cardiologista e médico do esporte do Sport Check-up
    HCor, Dr. Nabil Ghorayeb. 
De acordo com o cardiologista, estar obeso aumenta o risco de morte
    prematura e ser sedentário aumenta este risco também. “Com os fatores
    ocorrendo simultaneamente (como é mais comum), o risco é potencializado.
    Não adianta apenas não ter sobrepeso. É preciso ser fisicamente ativo”,
    esclareceu o cardiologista.
 
 
 Gordura abdominal pode levar a casos de
    diabetes e colesterol alto: a obesidade uniforme é diferente daquela que é
    só abdominal. É possível que um obeso uniforme tenha uma saúde normal. Essa
    obesidade abdominal pode levar a casos de diabetes e colesterol alto, tanto
    no homem quanto na mulher. 
 
  Existem dois tipos de obesidade: a
    androide e a ginecoide. A androide é a mais predominante entre homens e
    mulheres após a menopausa e o indivíduo possui um formato parecido com uma
    maçã, com maior acúmulo de células de gorduras na região torácica e abdominal.
    Este tipo de obesidade é de alto risco, com maior propensão a doenças
    cardiovasculares e morte prematura, além de maiores complicações
    metabólicas como dislipidemias, diabetes do tipo II e trombose. 
 
 Já a obesidade ginecoide é predominante
    entre as mulheres. O indivíduo possui formato parecido com o de uma pera, e
    está sujeito a um maior acúmulo de gordura nas coxas e quadris. “Obesidade
    e bem estar não “andam juntos”. Não devemos seguir a ditadura da beleza,
    mas, sim, manter um peso que não sobrecarregue as articulações e não limite
    os movimentos do corpo. Adotar um estilo de vida saudável com prática de
    exercícios físicos e alimentação equilibrada e prazerosa é a melhor
    alternativa”, esclareceu Dr. Ghorayeb. | 
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