Redação
A
Secretaria da Educação do Estado colocou na agenda das 5 mil escolas estaduais
a discussão sobre a violência contra as mulheres. Por meio da articulação dos
professores mediadores - um educador capacitado para identificar
vulnerabilidades na rede e traçar estratégias preventivas -foi sugerido que as
unidades convoquem os alunos para participarem de jogos, palestras, espetáculos
e rodas restaurativas para formar uma rede de proteção aos casos de agressão
contra o universo feminino. A ação é em homenagem ao Dia Internacional das
Mulheres, celebrado no dia 8 de março.
A
ideia é que, além dos estudantes, pais e responsáveis também participem das
atividades. Cada unidade tem autonomia para criar a programação e participar da
mobilização é voluntária. É o caso da Escola Estadual Jardim Cipava II, em
Osasco, umas das que aderiu. Durante toda a semana, com auxílio da mediadora e
dos professores de Artes e Filosofia, o assunto será tema de uma peça teatral
com alunos da unidade. Nos Centros Estadual de Educação de Jovens e
Adultos (CEEJA), a discriminação contra as mulheres e o papel do sexo feminino
na sociedade são temas das oficina de março.
Na
Escola Estadual Clara Mantelli, na Zona Leste da capital, rodas de discussão
serão focadas no tema "violência doméstica". O objetivo é esclarecer
às mulheres a importância da denúncia a favor da segurança dentro da própria
casa, com o lema "quebre o silêncio".
"Nas
últimas décadas foram inúmeras as conquistas femininas, como o direito ao voto
e a entrada no mercado de trabalho. A educação paulista deve muito às mulheres,
que são a maioria entre os nossos servidores, professores, diretores e
dirigentes. Discutir a violência de gênero e promover a conscientização sobre
os danos na escola é confirmar o papel de multiplicador de uma nova cultura
desempenhado pelas unidades de ensino", afirmou o secretário da Educação,
Herman Voorwald.
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