Redação
A biópsia é um procedimento para a coleta de
fragmentos de um determinado órgão ou tecido para análise por um médico
patologista. Este procedimento, quando necessário, é parte do processo de
investigação de uma doença, possibilitando um diagnóstico, além de fornecer
informações que contribuem com a escolha do tratamento adequado e com o
prognóstico de cada caso. Para ajudar a entender um pouco mais sobre o exame, a patologista
da Sociedade Brasileira de Patologia, Luciana Salomé, respondeu as questões
abaixo:
Fazer uma
biópsia significa possibilidade de câncer? Não necessariamente. Muitas outras doenças também podem ser diagnosticadas através de
biópsias. Este procedimento é indicado sempre que há necessidade de
esclarecimento (confirmação ou descarte de uma suspeita diagnóstica).
A biópsia só é realizada com anestesia geral? Anestesia geral só é necessária quando a coleta de
material é feita através de uma cirurgia. Na maioria dos casos, a retirada de material para
biopsia é simples, feita através de procedimentos ambulatoriais, ou seja,
dentro do consultório médico.
A biópsia é um exame dolorido? É relativo. Depende do órgão a ser biopsiado. Em alguns
casos pode ser necessária anestesia local, e em outros nem isso.
A biópsia de medula óssea é perigosa? Não,
pois é um procedimento simples. O
procedimento para obtenção de material da medula óssea é simples, porém requer
cuidados que justificam sua realização em ambiente hospitalar. No entanto, não
há riscos à saúde do paciente.
Somente a biópsia pode diagnosticar o tipo e
dar prognóstico do câncer? Não, é necessário um conjunto de exames para o
diagnóstico preciso. O exame histológico de uma
amostra de tecido é parte da investigação clínica de uma doença. Esta investigação
inclui o exame clínico, além de exames de sangue, exames de imagem e biópsias,
sempre que houver necessidade para o esclarecimento diagnóstico. As informações
obtidas ao longo da investigação permitem a elaboração de um diagnóstico e a
escolha do tratamento adequado, bem como do prognóstico de cada caso. Portanto
o acompanhamento de um paciente é feita por médicos de várias especialidades e
a integração entre eles é fundamental.
Ainda no que se refere à atuação
dos patologistas, a Sociedade Brasileira de Patologia publica há oito anos o
Manual de padronização de laudos histopatológicos, que visa uniformizar a
redação dos laudos para que eles contenham todas as informações necessárias de
forma clara e objetiva. Este manual acaba de ter sua última
edição lançada.
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