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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Geral: Doenças cardíacas lideram internações no Hospital do Coração




O cigarro é um dos principais inimigos do coração

Luís Alberto Alves

 As doenças do coração impactam de forma importante a vida das pessoas, e pode acarretar grandes alterações físicas, psíquicas, sociais e econômicas, sendo também a primeira causa de morte no país. Pensando nisto, em 2011, o Hospital do Coração implantou dois Programas de Cuidados Clínicos focados em pacientes com problemas cardíacos: o programa de insuficiência cardíaca e o de infarto agudo do miocárdio. Nestes programas os pacientes são acompanhados por seu médico e uma equipe multidisciplinar especializada composta por enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, durante toda a internação e até um ano após a alta.

 A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome que decorre do enfraquecimento do coração e faz com que este não bombeie sangue de forma eficaz para todos os órgãos do corpo. Os principais sintomas são cansaço, falta de ar, inchaço, entre outros. Um levantamento realizado no HCor em 2013 apontou 943 internações hospitalares de pacientes com IC e de janeiro a agosto de 2014 foram 548 internações, sendo que 32% eram de mulheres.

 O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ocorre quando há a obstrução de uma ou mais artérias do coração e, por isto, o músculo cardíaco não recebe oxigênio e nutrientes para seu funcionamento. Os sinais de que uma pessoa está tendo um infarto são dor no peito, suor excessivo, azia, náuseas e vômitos. Em 2013 houve 265 internações hospitalares de pacientes com infarto agudo do miocárdio, e de janeiro a agosto deste ano foram 189 pacientes, sendo que 30% eram de mulheres.

 O infarto agudo do miocárdio é primeira causa de mortes no País. Dados do Datasus, do Ministério da Saúde, revelam que ocorrem 100 mil óbitos anuais devidos à doença, e estudos estimam que 23 milhões de pessoas no mundo tenham insuficiência cardíaca e que dois milhões de novos casos são diagnosticados anualmente.

 “O aumento na incidência está relacionado aos avanços terapêuticos no tratamento do infarto, hipertensão arterial e mesmo da insuficiência cardíaca. A maior sobrevida aumenta também a prevalência e as internações hospitalares por essa síndrome, gerando altos custos para países cuja população idosa é crescente. Por isso, é reconhecida na atualidade como um importante problema de saúde pública”, explicou o cardiologista do Clinic Check up do HCor, César Jardim.

 Segundo dados do Datasus, há no Brasil cerca de dois milhões de pacientes com insuficiência cardíaca, sendo diagnosticados 240 mil casos por ano. “As projeções indicam que, em 2025, o Brasil terá a sexta maior população de idosos – aproximadamente 30 milhões de pessoas, o equivalente a 15% da população total”, esclareceu Dr. César.
 

                                                                    Circunferência abdominal
 A circunferência abdominal é uma medida que auxilia no diagnostico do risco de desenvolvimento de alterações metabólicas, entre elas, as doenças do coração. Um dos fatores de risco para o aumento da circunferência abdominal é a alimentação, por isso, para cuidar da saúde do coração é necessária uma atenção especial à nutrição, pois existem alimentos que aumentam o risco de desenvolvimento de infarto, acidente vascular cerebral, aumento da pressão arterial, entre outros. Por outro lado, há nutrientes que beneficiam e diminuem estes riscos.

 “Realizamos um levantamento no Clinic Check up HCor de janeiro a julho deste ano, com 1101 pacientes. O resultado mostrou alteração da circunferência abdominal em 56,5% dos pacientes atendidos, representando 55% dos homens e 60,2% das mulheres. Estes valores chamam atenção devido a relação direta do aumento da medida abdominal com maiores chances de eventos cardíacos. As doenças do coração requerem cada vez mais atenção, já que são a primeira causa de morte mundial.”, disse  Juliana Dantas, Nutricionista do Clinic Check up do HCor.

                                                                     Tabagismo
 Embora o cigarro tenha sido bastante combatido nos últimos anos, ele ainda está entre as principais causas das DCNT (Doenças Crônicas não Transmissíveis). “Por isso, podemos afirmar que ele contribui ativamente com a taxa de mortalidade gerada em função do problema que abrange também hipertensão, diabetes, obesidade e câncer de diferentes tipos”, afirma a psicóloga Silvia Cury, coordenadora do Programa de Controle do Fumo do Hospital do Coração.

                                                                    Coração em alerta
? 29,4% das mortes no Brasil são causadas por doenças cardiovasculares;
? 308 mil pessoas morrem por ano, vítimas principalmente de AVC e infarto;
? Homens a partir dos 55 anos são as principais vítimas;
? Dobrou o percentual de jovens (idade entre 20 e 40 anos) com problemas cardiovasculares nos últimos dez anos;
? Obesidade, tabagismo, hipertensão, sedentarismo, estresse, colesterol alto e consumo exagerado de bebidas alcoólicas são os principais fatores de risco;
? 15,8% dos brasileiros (cerca de 30 milhões) estão obesos, segundo o Ministério da Saúde. Esse índice representa um recorde histórico;
? 60% dos brasileiros adultos estão acima do peso (obesos ou com sobrepeso), segundo o IBGE.


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