O cigarro é um dos principais inimigos do coração |
Luís Alberto Alves
As doenças do coração impactam de forma
importante a vida das pessoas, e pode acarretar grandes alterações físicas,
psíquicas, sociais e econômicas, sendo também a primeira causa de morte no
país. Pensando nisto, em 2011, o Hospital do Coração implantou dois Programas
de Cuidados Clínicos focados em pacientes com problemas cardíacos: o programa
de insuficiência cardíaca e o de infarto agudo do miocárdio. Nestes programas
os pacientes são acompanhados por seu médico e uma equipe multidisciplinar
especializada composta por enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas,
nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, durante toda a internação e
até um ano após a alta.
A Insuficiência
Cardíaca (IC) é uma síndrome que decorre do enfraquecimento do coração e faz
com que este não bombeie sangue de forma eficaz para todos os órgãos do corpo.
Os principais sintomas são cansaço, falta de ar, inchaço, entre outros. Um
levantamento realizado no HCor em 2013 apontou 943 internações hospitalares de
pacientes com IC e de janeiro a agosto de 2014 foram 548 internações, sendo que
32% eram de mulheres.
O Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM) ocorre quando há a obstrução de uma ou mais artérias do coração
e, por isto, o músculo cardíaco não recebe oxigênio e nutrientes para seu
funcionamento. Os sinais de que uma pessoa está tendo um infarto são dor no
peito, suor excessivo, azia, náuseas e vômitos. Em 2013 houve 265 internações
hospitalares de pacientes com infarto agudo do miocárdio, e de janeiro a agosto
deste ano foram 189 pacientes, sendo que 30% eram de mulheres.
O infarto agudo do miocárdio é primeira causa de mortes no País. Dados do Datasus, do Ministério da Saúde, revelam que ocorrem 100 mil óbitos anuais devidos à doença, e estudos estimam que 23 milhões de pessoas no mundo tenham insuficiência cardíaca e que dois milhões de novos casos são diagnosticados anualmente.
“O aumento na
incidência está relacionado aos avanços terapêuticos no tratamento do infarto,
hipertensão arterial e mesmo da insuficiência cardíaca. A maior sobrevida
aumenta também a prevalência e as internações hospitalares por essa síndrome,
gerando altos custos para países cuja população idosa é crescente. Por isso, é
reconhecida na atualidade como um importante problema de saúde pública”,
explicou o cardiologista do Clinic Check up do HCor, César Jardim.
Segundo dados do
Datasus, há no Brasil cerca de dois milhões de pacientes com insuficiência
cardíaca, sendo diagnosticados 240 mil casos por ano. “As projeções indicam
que, em 2025, o Brasil terá a sexta maior população de idosos – aproximadamente
30 milhões de pessoas, o equivalente a 15% da população total”, esclareceu Dr.
César.
Circunferência abdominal
A circunferência abdominal é uma medida que auxilia no diagnostico do risco de desenvolvimento de alterações metabólicas, entre elas, as doenças do coração. Um dos fatores de risco para o aumento da circunferência abdominal é a alimentação, por isso, para cuidar da saúde do coração é necessária uma atenção especial à nutrição, pois existem alimentos que aumentam o risco de desenvolvimento de infarto, acidente vascular cerebral, aumento da pressão arterial, entre outros. Por outro lado, há nutrientes que beneficiam e diminuem estes riscos.
“Realizamos um levantamento no Clinic Check up
HCor de janeiro a julho deste ano, com 1101 pacientes. O resultado mostrou
alteração da circunferência abdominal em 56,5% dos pacientes atendidos,
representando 55% dos homens e 60,2% das mulheres. Estes valores chamam atenção
devido a relação direta do aumento da medida abdominal com maiores chances de
eventos cardíacos. As doenças do coração requerem cada vez mais atenção, já que
são a primeira causa de morte mundial.”, disse Juliana Dantas, Nutricionista do Clinic Check up
do HCor.
Tabagismo
Embora o cigarro tenha sido bastante combatido nos últimos anos, ele ainda está entre as principais causas das DCNT (Doenças Crônicas não Transmissíveis). “Por isso, podemos afirmar que ele contribui ativamente com a taxa de mortalidade gerada em função do problema que abrange também hipertensão, diabetes, obesidade e câncer de diferentes tipos”, afirma a psicóloga Silvia Cury, coordenadora do Programa de Controle do Fumo do Hospital do Coração.
Tabagismo
Embora o cigarro tenha sido bastante combatido nos últimos anos, ele ainda está entre as principais causas das DCNT (Doenças Crônicas não Transmissíveis). “Por isso, podemos afirmar que ele contribui ativamente com a taxa de mortalidade gerada em função do problema que abrange também hipertensão, diabetes, obesidade e câncer de diferentes tipos”, afirma a psicóloga Silvia Cury, coordenadora do Programa de Controle do Fumo do Hospital do Coração.
Coração em alerta
? 29,4% das mortes no Brasil são causadas por doenças cardiovasculares;
? 308 mil pessoas morrem por ano, vítimas principalmente de AVC e infarto;
? Homens a partir dos 55 anos são as principais vítimas;
? Dobrou o percentual de jovens (idade entre 20 e 40 anos) com problemas cardiovasculares nos últimos dez anos;
? Obesidade, tabagismo, hipertensão, sedentarismo, estresse, colesterol alto e consumo exagerado de bebidas alcoólicas são os principais fatores de risco;
? 15,8% dos brasileiros (cerca de 30 milhões) estão obesos, segundo o Ministério da Saúde. Esse índice representa um recorde histórico;
? 60% dos brasileiros adultos estão acima do peso (obesos ou com sobrepeso), segundo o IBGE.
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