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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Economia: Executivos continuam cautelosos em relação a contratações


Cautela é a palavra de ordem no mundo empresarial

Luís Alberto Alves

 Apesar das previsões de vendas relativamente positivas, os CEOs que atuam no Brasil continuam cautelosos sobre a contratação e realização de investimento, de acordo com pesquisa recente da YPO (Young Presidents' Organization). A confiança dos líderes de negócio sobre a contratação e as despesas de capital, medida pelo índice YPO Global Pulse, mudou muito pouco nos últimos 15 meses.

 "A perspectiva de vendas positiva dos CEOs é encorajadora e, em geral, a confiança das empresas ainda permanece em uma zona estável. Mas a incerteza sobre a economia e a direção política após a eleição têm diminuído a propensão da comunidade empresarial para a contratação e as despesas de capital", disse Mark Essle, diretor sênior da AT Kearney e membro do YPO São Paulo.

 Com relação ao emprego, os CEOs no Brasil pretendem manter seu número de empregados praticamente inalterado, de acordo com a pesquisa. Nos últimos 15 meses, o Índice de Confiança de Emprego (YPO Global Pulse) para o Brasil manteve-se dentro de uma faixa estreita de 5 pontos. No primeiro trimestre de 2014, o índice avançou para menos de 1,8 pontos atingindo 55,2 na escala de 100 pontos, o que indica que os líderes empresariais permanecem prudentes no que diz respeito ao aumento de novos funcionários. Menos de um terço (27%) dos CEOs pesquisados indicaram planos para contratar novos trabalhadores ao longo dos próximos 12 meses, outros 7% disseram que iriam fazer reduções de sua mão de obra, e a maioria (66%) disse que iria manter o número de empregados inalterado.

 As projeções do CEO para investimentos fixos seguiram uma tendência similar, com este componente do índice permanece dentro da mesma faixa de 5 pontos como aquele em relação ao emprego. O Índice de Confiança de Investimento Fixo da YPO Global Pulse para o Brasil subiu 1,5 pontos no primeiro trimestre atingindo 58,3; um pouco mais confiante do que o índice de emprego, mas ainda em uma zona cautelosa.

 Com relação aos investimentos, 13% dos CEOs entrevistados disseram que iria diminuir o seu nível de investimento e 43% disse que iria manter seus níveis atuais de gastos. Menos da metade (44%) disse que iria intensificar os gastos de capital no ano que vem.


 Em contraste, os CEOs brasileiros, de forma consistente, permanecem mais otimistas em suas previsões de vendas e a última pesquisa não foi uma exceção. O componente de confiança de vendas do índice diminuiu ligeiramente no primeiro trimestre para 67,2; mas está firmemente dentro da zona otimista e vários pontos acima daqueles referentes aos índices de emprego e de investimentos fixos. A maioria (64%) dos CEOs pesquisados esperam que as vendas sejam pelo menos 10% maiores neste mesmo período no próximo ano.

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