O
sistema Cantareira atingiu o nível mais baixo da história, alcançando 12,5%
da capacidade no mês de abril. A situação é tão crítica que pesquisa
realizada pelo Datafolha revelou que 74% da população apoia uma campanha de
racionamento de água e energia. E pela primeira vez o governador do Estado
de São Paulo, Geraldo Alckim, assumiu a possibilidade de haver rodízio no
abastecimento.
A Abesco (Associação Brasileira das
Empresas de Serviços e Conservação de Energia) ressalta que a utilização
racional dos recursos hídricos é fundamental, uma vez que enquanto a
energia elétrica pode ser gerada por diferentes fontes, para a água não há
substitutos ou alternativas. Por isso, a Abesco solicitou ao consultor
Raymundo Aragão fizesse uma análise desse mercado. “Com frequência,
encontramos instalações com potenciais de redução dos custos superiores a
50% com atratividade financeira, a despeito do valor do investimento“.
Dados do Banco Mundial mostram que a
destinação da água captada tem uma distribuição específica no Brasil.
Enquanto no mundo os sistemas municipais (usos doméstico e comercial) são
responsáveis por 10% da utilização da água, no Brasil esse número
corresponde a 28% do total. “Pelo lado do consumidor, há muito a ser feito,
pois soluções estão disponíveis no mercado e apresentam claro retorno
econômico”, defendeu Aragão.
Ainda de
acordo com Aragão, de uma forma geral, o valor investido na redução de
consumo, com ferramentas como limitadores de vazão, medidores setoriais e
torneiras e registros com fechamento automático, retorna em economia para o
consumidor em menos de dois anos. “Vale ressaltar que qualquer iniciativa
deve ser acompanhada de mudança de hábitos e educação dos usuários para que
o uso consciente dos recursos faça parte do dia a dia”.
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