A partir
de maio, quem quiser poderá realizar a portabilidade do FGTS, que é
depositado na Caixa Econômica Federal, para outros bancos que ofereçam
taxas mais atraentes. A portaria que autoriza essa migração já foi
publicada no Diário Oficial da União e valerá a partir do dia 5 de maio. Na
prática, será permitido ao cliente transferir a dívida para outra
instituição financeira, sem ter nenhum custo por isso.
Segundo
o professor do curso de Economia da Faculdade Mackenzie Rio, Marcelo
Anache, quem financiou a casa com FGTS e deseja mudar de banco precisa
ficar atento para não cair em armadilhas. “O primeiro passo é verificar
quem oferece as melhores taxas de juros. Se a diferença for muito pequena”,
disse.
De acordo com ele a portabilidade pode não ser
favorável, até porque precisam ser levados em consideração dois pontos
importantes: a taxa de administração, que será cobrada pelo novo banco, e
as despesas com cartório, como certidão e documentos. “Esse será um
diferencial importante que pode pesar na conta final”, esclareceu.
De
acordo com Anache, a concorrência entre os bancos é benéfica para o
mutuário, que vai pode barganhar valores menores. “A portabilidade vai
permitir ao trabalhador buscar a instituição que lhe ofereça melhores
condições de financiamento. Essa operação pode aumentar a concorrência
nesse tipo de crédito, já que atualmente a maior parte dos financiamentos
com recursos do FGTS é feita pela Caixa Econômica Federal. Com esse
movimento, a expectativa é que os bancos renegociam os juros para não
perderem os clientes”, finalizou.
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