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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Jiló com Pimenta: Desabamento de prédio em Guarulhos



Debaixo dessa "montanha" de entulhos foi encontrado hoje o corpo do operário Edenilson de Jesus dos Santos

Luís Alberto Caju
 Bombeiros encontram corpo de trabalhador soterrado: Por volta de 13h45 desta quinta-feira (5), os Bombeiros encontraram o cadáver do operário Edenilson de Jesus dos Santos, 24, vítima do desabamento de um prédio de cinco andares em Guarulhos (SP) na última segunda-feira. A vítima estava desaparecida desde aquela data.
 Como escrevi ontem nesta coluna, suspeitava de algo estranho neste desastre, que resultou na morte de um trabalhador. Há denúncias de que o engenheiro responsável é investigado pelo Crea/SP (órgão de classe de engenheiros, arquitetos e agrônomos). De acordo com pedreiros que prestavam serviço no local, os pilares de sustentação do prédio apresentavam rachaduras.
 Segundo eles, quando reclamavam ao encarregado, o incompetente pedia para passar massa de cimento para esconder as trincas. O medo de trabalhar nesta construção era muito grande, na avaliação do ajudante-geral Erivaldo Jesus dos Santos. O pavor era tamanho, que antes de entrar em serviço, os funcionários rezavam pedindo que Deus não deixasse o prédio desabar e matar todos.
 Agora como fica a situação dos mutuários que compraram os apartamentos na planta? Serão ressarcidos pela construtora? Como ficará o projeto daqui por diante? Em caso de desistência, terão o dinheiro devolvido, com as devidas correções financeiras?
 Considero lamentável a informação da Prefeitura de Guarulhos, dizendo que a obra foi fiscalizada em setembro e tudo acontecia em conformidade com as determinações contidas no projeto licenciado. Mesmo que apresentasse problemas, o dinheiro iria falar mais alto, como ocorre em várias questões até acontecer a tragédia.
 Se o Ministério Público do Trabalho, em conjunto com o Crea, fizer um “pente fino” em muitas obras, a maioria vai apresentar problemas. Agora aguardemos a próxima tragédia. Infelizmente essa é a realidade do País que se aventurou em realizar uma Copa de Mundo, sem ter infraestrutura para eventos deste porte.


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