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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Saúde: Mudanças de temperatura afetam o sistema imunológico

 

Os mais vulneráveis são crianças, idosos e portadores de doenças crônicas


Redação/Hourpress

Freepik
Após o Brasil passar por uma onda histórica de frio, com temperaturas negativas e neve na região Sul, os dias de sol e calor voltam a surgir. Com isso, espirros, tosses e alergias também aparecem. Em épocas de variações climáticas, é preciso saber como proteger o sistema imunológico, principalmente durante a pandemia de Covid-19.

"O tempo frio e o aumento da poluição lesionam diretamente a mucosa do nariz, ressecando-a. Isto aumenta o risco de invasão de vírus e bactérias, e pode desencadear crises de asma, rinite e até ataques cardiovasculares", explica o pneumologista da DoctoraliaCiro Kirchenchtejn .

Além do tempo frio, o confinamento causado pelo coronavírus faz com que a exposição ao sol diminua, interferindo diretamente na produção de vitamina D, essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico. "Se durante o isolamento o indivíduo aumentar o consumo de álcool ou tabaco, também pode ter seu sistema imunológico prejudicado", alerta o pneumologista.

Ainda segundo o especialista, é importante reforçar a atenção aos hábitos que afetam diretamente o bom funcionamento no nosso corpo. "Ao invés de consumir produtos industrializados, as pessoas devem dar preferência aos alimentos in natura, fontes diretas de fibras e vitaminas que garantem a integridade das nossas defesas. Crianças, idosos e portadores de doenças crônicas merecem cuidados redobrados, pois são os mais vulneráveis neste período", revela Kirchenchtejn.

Para ajudar na proteção, é importante estar com a saúde em dia. "Todos devem ser vacinados para os agentes mais comuns, como a gripe e o pneumococo, e manter acompanhamento médico, a fim de garantir a estabilidade e a melhora das doenças crônicas", reforça o pneumologista.

Coronavírus

O frio pode aumentar a resistência do vírus no meio externo, como em corrimões, mesas e balcões. "Por isso, é fundamental manter o uso de máscaras e a higiene frequente das mãos, principalmente antes de levá-las ao rosto, além do isolamento social, pois a transmissibilidade é ainda maior com a junção de tempo frio e aglomeração em locais fechados", orienta o Dr. Ciro Kirchenchtejn.

Saúde: Covid-19 já matou quase 120 mil no Brasil

 

Até o momento, 2.947.250 pessoas já se recuperaram da doença


Agência Brasil 


Arquivo

O Brasil atingiu 118.649 mortes em função da pandemia do novo coronavírus, conforme a atualização diária do Ministério da Saúde divulgada na noite desta quinta-feira (27). O resultado marca um aumento de 0,8% sobre ontem, quando eram contabilizados 117.665 óbitos desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 984 novos óbitos. 

Os casos acumulados chegaram a 3.761.391 Entre ontem e hoje as secretarias de saúde enviaram ao Ministério da Saúde informações sobre 44.235 novos diagnósticos de infecção pelo coronavírus. O total marca acréscimo de 1,2% sobre ontem, quando o painel do Ministério da Saúde trazia 3.717.156 casos acumulados.

Ainda de acordo com a atualização, 695.492 pessoas estão em acompanhamento e outras 2.947.250 já se recuperaram.

Covid-19 nos estados

Os estados com o maior número de mortes foram São Paulo (29.415), Rio de Janeiro (15.859), Ceará (8.265), Pernambuco (7.480) e Pará (6.102). As Unidades da Federação com menos óbitos até o momento são Roraima (586), Acre (607), Tocantins (635), Amapá (652) e Mato Grosso do Sul (800).

 

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 - Ministério da Saúde

Artigo: Três coisas que a pandemia deve ter te ensinado!

 

Existe uma diferença entre atender uma venda, oferecendo apenas o que o cliente pede

Eli Cintra
Arquivo

Desde o início de 2020, o mundo vem enfrentando problemas relacionados a saúde e por consequência financeiros, causados pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A situação foi tão grave que, em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o estado da contaminação à pandemia. Com o mundo diferente, nós acabamos aprendendo mais, mesmo em meio à crise.

Negócios
Sua empresa vem enfrentando dificuldades nesse momento de crise? É possível que sim. Assim como a sua empresa, durante as quarentenas estabelecias pelos governantes, muitos negócios precisaram se reinventar: trabalhar de portas fechadas, aderir ao sistema home office, oferecer serviços de entregas, entre outras adaptações.

O consultor de negócios Eli Cintra*, da Jump Business School, elencou quais são as três coisas que todos já devem ter aprendido durante a crise. Fique atento!

1. A importância de um bom cadastro
Uma das primeiras coisas que os gestores aprenderam com a pandemia foi a importância de ter um bom cadastro de clientes. Esse cadastro deve ir além de informações como nome, endereço e telefone, abrangendo também as principais características desse cliente como:

  • Sua frequência de compra;
  • Como gosta de se relacionar (e-mail, whatsapp, ligação);
  • Quando deve ou não entrar em contato com o cliente.

Essas informações são fundamentais para que você mantenha o relacionamento com sua base de clientes, mesmo diante desse momento de crise.

2. Equipe de venda qualificada
Outro ponto de destaque, que já foi demonstrado durante a pandemia, é a importância de uma equipe de vendas realmente qualificada. Existe uma diferença entre atender uma venda, oferecendo apenas o que o cliente pede, e realmente ser um vendedor que sabe vender, abordar o cliente, construir interesses e alcançar suas expectativas.
Para que isso aconteça, treinar a equipe de vendas é fundamental. Empresas que não têm uma equipe de vendas bem qualificada estão passando por grandes dificuldades nesse momento.

3. Capacidade de adaptação
Empresas que souberam se adaptar bem à crise e de forma rápida foram as que menos sofreram os impactos da pandemia nos negócios. Em momentos de crise é preciso se reinventar.
É necessário ter uma alta capacidade de adaptação para gerar vendas no mercado seja ele como for.

Outras crises virão
A história do mundo é marcada por diversas crises que vem e vão. No momento, estamos enfrentando a crise causada pela pandemia do coronavírus. No entanto, quando ela acabar, outras crises virão. Não sabemos quando, nem quais serão os motivos. Mas, o certo é que todo negócio precisa pegar esses três aprendizados para enfrentar as próximas crises que virão.
Gostou dessas dicas? Acompanhe nosso blog para ficar por dentro de outras informações e ser um vendedor cada vez melhor.

 Eli Cintra - Consultor em Marketing, Gestão em Vendas e Treinador. Consultor Senior e fundador da JUMP – Business School, atuou por 15 anos como executivo prestador de serviço do Grupo Telefônica Vivo, estuda e trabalha há mais de 30 anos com vendas Transacionais e Consultivas. 

Geral: Banho Solidário oferece higiene para pessoas em situação de rua na Zona Sul de São Paulo

 

A próxima ação ocorrerá em 29/08, a partir das 10h, na Praça Salim Farah Maluf, em Santo Amaro


Redação/Hourpress

Divulgação

Durante o inverno, ainda mais em tempos de pandemia, os moradores em situação de rua são os mais prejudicados. Ao longo do ano e, sobretudo neste período, a ONG Banho Solidário Sampa promove ações de apoio social. O trabalho voluntário consiste em proporcionar um banho quente, cuidados com a higiene e a doação de roupas limpas. A próxima ação ocorrerá no sábado, 29/08, partir das 10h na Praça Salim Farah Maluf, em Santo Amaro, em São Paulo

A ONG foi fundada em novembro de 2019, mas as atividades começaram durante a pandemia de Covid-19. Em geral, a ação ocorre ao longo de duas a três horas e atende cerca de 40 pessoas em situação de vulnerabilidade social. Além do banho, são oferecidas toalhas, roupas limpas e bem conservadas, barbeador descartável, espuma de barbear, absorventes, roupas íntimas novas, desodorantes, escovas e pasta de dentes, além de álcool em gel, entre outros itens. Em parceria com outras instituições, o Banho Solidário Sampa oferece também corte de cabelo.

Para a execução do projeto social, o Banho Solidário desenvolveu e fabricou um trailer especialmente projetado para ser autossustentável e ecologicamente correto, com água limpa para os banhos. Após a atividade, o trailer retorna para a base operacional, onde a água pós banho é descartada na rede de esgoto da Sabesp, sendo totalmente higienizado com água, detergente e desinfetantes. Os boxes foram revestidos com polipropileno, que permite a fácil higienização e impede o acúmulo de água suja em cantos e frestas. Assim, toda a infraestrutura elétrica e hidráulica foi pensada para um banho confortável, quentinho e ecologicamente correto.

A ação do Banho Solidário é mantida a partir de campanhas de doação, seja a partir de doadores individuais ou empresariais. Como exemplo, a Lorenzetti, empresa líder em duchas, chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores de água a gás, fez a doação de chuveiros elétricos, torneiras, entre outros produtos. O Instituto Ana Hickmann doou produtos de higiene e oferece a mão de obra para cortes de cabelo. A ação necessita de apoio para arrecadar roupas íntimas novas e álcool em gel.

As contribuições individuais vão desde itens de higiene até a ação “Adote um Banho”, que permite a doação em dinheiro. Como referência, doações de R$40 garantem o banho de, pelo menos, quatro pessoas. Para saber mais, acesse: https://linktr.ee/banhosolidariosampa.


Geral: Atlas da Violência: assassinatos de negros crescem 11,5% em 10 anos

 

Estudo foi realizado com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade


Agência Brasil 

Arquivo

No Brasil, os casos de homicídio de pessoas negras (pretas e pardas) aumentaram 11,5% em uma década, de acordo com o Atlas da Violência 2020, divulgado hoje (27), em São Paulo, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Ao mesmo tempo, entre 2008 e 2018, período avaliado, a taxa entre não negros (brancos, amarelos e indígenas) fez o caminho inverso, apresentando queda de 12,9%.

Feito com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, o relatório evidencia ainda que, para cada pessoa não negra assassinada em 2018, 2,7 negros foram mortos, estes últimos representando 75,7% das vítimas. Enquanto a taxa de homicídio a cada 100 mil habitantes foi de 13,9 casos entre não negros, a atingida entre negros chegou a 37,8.  

Na avaliação dos especialistas que produziram o documento, os números deixam transparecer o racismo estrutural que ainda perdura no país. "Um elemento central para a gente entender a violência letal no Brasil é a desigualdade racial. Se alguém tem alguma dúvida sobre o racismo no país, é só olhar os números da violência porque traduzem muito bem o racismo nosso de cada dia", diz a diretora executiva do FBSP, Samira Bueno. 

"Todas essas ações [do poder público] que, de algum modo, atuam na prevenção à violência têm sido capazes, apesar da magnitude do fenômeno [da violência], de prevenir a morte de pessoas não negras, de proteger as vidas de não negros. Porém, quando a gente olha especificamente para a taxa de homicídio da população negra, no mesmo período, no mesmo país, cresceu 11,5%. É como se a gente estivesse falando de países diferentes, territórios diferentes, tamanha a disparidade quando a gente olha para o fenômeno da violência, segmentando entre negros e não negros", complementa ela. "Isso nos ajuda a entender o quanto estamos completamente dessensibilizados por isso."

Recorte de gênero

Outro número que justifica a afirmação em torno do racismo diz respeito aos homicídios de mulheres. Na década examinada, constatou-se uma redução de 11,7% na taxa de vítimas não negras, ao mesmo tempo em que a relativa a negras subiu 12,4%. 

No período, os estados que tiveram as mais altas taxas de homicídios entre a população negra estão localizados nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para Roraima (87,5 mortos para cada 100 mil habitantes), Rio Grande do Norte (71,6), Ceará (69,5), Sergipe (59,4) e Amapá (58,3). 

"Então, que políticas são essas que a gente está implementando, que protegem as mulheres não negras e não são capazes de proteger as negras?", questiona Samira.

No total, somente em 2018, 4.519 mulheres foram assassinadas em todo o país. Nesse quantitativo, estão incluídas as ocorrências de feminicídio, embora não estejam especificadas. O índice nacional foi de 4,3 homicídios para cada 100 mil habitantes do sexo feminino, o que indica que uma mulher foi assassinada no Brasil a cada duas horas. Em comparação ao ano anterior, o que se viu foi uma redução de 9,3% entre 2017 e 2018 na taxa geral, acompanhada por queda em 19 das 27 unidades federativas. 

Segundo a diretora, particularidades referentes ao dado vêm sendo constatadas ao longo do tempo. Como exemplo, ela cita o envolvimento de mulheres com membros de facções criminosas e que acabam sendo executadas. Para ela, a situação consiste em "uma nova gramática das facções", que precisa ser assimilada. 

Morte entre jovens

O relatório também chama a atenção para a preponderância de jovens entre as vítimas de homicídios ocorridos em 2018. Ao todo, 30.873 jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos foram mortos, quantidade que equivale a 53,3% dos registros.  

No intervalo de 2008 a 2018, observou-se um aumento de 13,3% na taxa de jovens mortos, que passou de 53,3 homicídios a cada 100 mil jovens para 60,4. Os homicídios foram a principal causa dos óbitos da juventude masculina, representando 55,6% das mortes de jovens entre 15 e 19 anos; 52,3% entre o grupo com faixa etária de 20 a 24 anos; e 43,7% daqueles com idade entre 25 e 29 anos.

Quando se observam as taxas de mulheres e homens, identifica-se uma diferença importante. No caso delas, as proporções de homicídio são de 16,2% entre aquelas que têm entre 15 e 19 anos; 14% na parcela de 20 a 24 anos; e de 11,7% entre jovens com faixa etária de 25 a 29 anos. 

Em 2018, 16 unidades federativas apresentaram taxas de mortalidade violenta juvenil acima da nacional, que é de 60,4 por 100 mil. No topo da lista, aparecem Roraima (142,5), Rio Grande do Norte (119,3) e Ceará (118,4). As menores taxas foram de São Paulo (13,8), Santa Catarina (22,6) e Minas Gerais (32,6).

"É uma geração inteira que a gente está matando e é algo que não nos sensibiliza, infelizmente, que vai passando. [As vítimas] são sujeitos [considerados] descartáveis", afirma Samira.

Políticas públicas

Sobre a morte prematura de jovens brasileiros, o pesquisador Daniel Cerqueira, que também assina a publicação, ressalta que a efetividade do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) depende de como são conduzidas as políticas públicas. Os dados apresentados mostram que o conjunto de normas fez com que a taxa de homicídios entre crianças e adolescentes caísse para 3,1%, a cada ano, entre 1991 e 2018, revertendo o crescimento anual de 7,8%, registrado entre 1980 e 1991.

"De 1980 a 2018, foram 265 mil crianças assassinadas no Brasil. É uma barbárie, é muito chocante, é um número que nos leva a repensar o país. Tem algo errado aí. Duas coisas que ajudaram a frear essa barbárie foram o ECA e o Estatuto do Desarmamento. Antes do ECA, quando a gente vai olhar violência armada, a taxa de homicídio anual crescia a incríveis 9,4% a cada ano. Depois do ECA e antes do Estatuto do Desarmamento, de 1991 a 2003, o ritmo de crescimento dos homicídios de crianças diminuiu para 4,9% e, depois do Estatuto do Desarmamento, o ritmo foi de 1,7%. Ou seja, quando a gente compara antes e depois dos estatutos, a morte por violência armada de nossas crianças caiu a um quinto e, no entanto, nós estamos desconstruindo parte dessa peça agora, com o desmantelamento do Estatuto do Desarmamento e com um debate que começou a surgir na sociedade, com preconceitos contra o ECA", explica Cerqueira, acrescentando que, desde 2009, foram promovidas mudanças na legislação brasileira que permitiram uma circulação maior de porte de armas de fogo e dificultaram o rastreamento de munições e armas, muitas delas usadas por grupos criminosos, incluindo milícias.

O FBSP e o Ipea destacam, ainda, que, antes de 2003, quando o Estatuto do Desarmamento passou a vigorar, a velocidade de crescimento das mortes era cerca de 6,5 vezes maior do que a observada depois da sanção presidencial. Caso o número de homicídios se multiplicasse da mesma forma como acontecia antes do Estatuto do Desarmamento, o total poderia ultrapassar 80 mil, em 2018. 

Naquele ano, a quantidade já foi elevada: foram notificados 41.179 assassinatos por arma de fogo no país, que correspondem a 71,1% de todos os homicídios do país.

Túnel do Tempo: Lançamento do livro Guiness Book

 


Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 27 de agosto de 1955  era lançado o Livro Guinness dos Recordes, inicialmente como brinde aos consumidores da cerveja Guinness.

Raio X de Sampa: Conheça a história Alameda Afonso Schmidt



Em 1948, Schmidt obteve o prêmio nacional da revista "O Cruzeiro", por seu romance "Menino Felipe"

Luís Alberto Alves/Hourpress

 Afonso Schmidt nasceu em 29 de junho de 1890 em Cubatão (SP).  Sua vocação para a literatura despontou aos 12 anos de idade quando redigiu jornaizinhos na fazenda onde vivia. Anos depois já na cidade de São Paulo, lançou o semanário Zig-Zag. Aos 16 anos foi para a Europa e de regresso ao Brasil, iniciou a sua longa e fértil carreira de jornalista e escritor, com um livro de poemas "Janelas Abertas" em 1912, ao qual se seguiram dezenas de obras de ficção de teatro e de poesia. 

Colaborou em diversos jornais, entrou para o "Estado de São Paulo" em 04 de julho de 1924, de cuja redação fazia parte, embora dela se tivesse afastado nos últimos anos por motivo de doença. Foi nessa folha que o autor de "Curiango" se revelou um dos mais brilhantes e apreciados cronistas de seu tempo. 

O primeiro volume de contos intitulou-se "Brutalidade" e foi publicado em 1921, seguindo-se os livros de contos e novelas "Os Impunes"; "O Dragão e as Virgens"; "Curiango"; "A Sombra de Julio Frank"; "A vida de Paulo Eiró"; "Pirapora"; "O Tesouro de Cananéia"; "Colonia Cecilia"; "A Marcha"; "O Assalto"; "Menino Felipe" e "Romance de João Ramalho". 

Publicou quatro livros de versos: "Janelas " em 1912 ; "Mocidade" em 1921; "Garoa" em 1930 e "Poesias" em 1935. Escreveu ainda duas peças: "As Levianas", representada pela Companhia Abigail Maia em 1923 e, "Carne Para Canhão", publicada em 1933, mas que não chegou a ser apresentada, embora tenha sido traduzida para o espanhol e lituano.

 Antes de ser editado em livro, a novela histórica, "A Sombra de Julio Frank", foi divulgada em folhetins, nas páginas de "O Estado". Várias obras de Afonso Schimdt receberam distinções muito significativas. O volume de novelas "Os Impunes", ganhou o prêmio de "La Novela Semanal" em 1922, enquanto no ano de 1942 obteve três prêmios da Academia Brasileira de Letras: o de "Machado de Assis", com o romance "A Marcha"; o de "Coelho Neto", com os contos de "O Tesouro de Cananéia" e o "Ramos Paz", com a novela "No Reino do Céu", nas categorias de romance, conto e de trabalho inédito.

 Em 1948, Schmidt obteve o prêmio nacional da revista "O Cruzeiro", por seu romance "Menino Felipe", escolhido entre mais de 500 originais. Uma de suas últimas obras foi o "Romance de João Ramalho", editado no ano de 1963 pelo Clube do Livro, que reeditou também no mesmo período "O Tesouro de Cananéia". 

No ano de 1963 foi reeditado "Menino Felipe", e pouco antes haviam aparecido duas coletâneas dos seus melhores contos. Afonso Schmidt que era membro da Academia Paulista de Letras, foi escolhido como "Intelectual do ano de 1963". Voltado para os problemas sociais, era um escritor fluente.

 Deixou como legado uma obra vasta e válida que mereceu e merece ainda a atenção da crítica, assim como despertou o entusiasmo de dezenas de milhares de leitores. Faleceu em 3 de abril de 1964 na cidade de São Paulo. A Alameda Afonso Schmidt (foto) fica em Santana, Zona Norte de SP.