Postagem em destaque

Crônica: Igual peixe, algumas pessoas morrem pela boca

Divulgação Ficava vidrado ao cortar o torresmo e ver a gordura escorrer no prato Astrogildo Magno Juca adorava comida gordurosa. Fã de...

domingo, 7 de abril de 2024

Geral: Corpo de Ziraldo é velado no Museu de Arte Moderna, no Rio

 EBC


Radiografia da Notícia

Cartunista morreu por causas naturais, aos 91 anos

O sepultamento será no Cemitério São João Batista, no bairro vizinho de Botafogo, às 16h30

Um dos grandes nomes da literatura brasileira, Ziraldo é criador do personagem Menino Maluquinho, além de inúmeras outras atrações para o público infantojuvenil

Agência Brasil 

O corpo do cartunista Ziraldo começou a ser velado na manhã deste domingo (7), no Rio de Janeiro. O momento de despedida de parentes, fãs e amigos do artista, que morreu na tarde de sábado (6), se iniciou às 10h no Museu de Arte Moderna, no Parque do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro.  

O sepultamento será no Cemitério São João Batista, no bairro vizinho de Botafogo, às 16h30. De acordo com a família, Ziraldo morreu por causas naturais, em casa, no bairro da Lagoa, no Rio. Ele tinha 91 anos e estava fora da vida pública e criativa desde setembro de 2018, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

Um dos grandes nomes da literatura brasileira, Ziraldo é criador do personagem Menino Maluquinho, além de inúmeras outras atrações para o público infantojuvenil. O desenhista, escritor, chargista e jornalista teve a trajetória ligada à defesa da democracia. Ele é um dos fundadores do jornal O Pasquim, na década de 60, um dos principais veículos de imprensa a combater a ditadura militar.

Repercussão

A morte de Ziraldo causou comoção nas redes sociais. O também desenhista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, escreveu que a morte do cartunista é uma perda pessoal e para o país.

“Que tristeza! Não tenho palavras. Perdi mais que um grande amigo. Perdi um irmão. Das letras, dos traços e da vida! Mas ele estará sempre aqui em meu coração. E nos corações de milhões de brasileiros maluquinhos, de todas as idades, que seguirão apaixonados por sua obra. Viva, Ziraldo!”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Ziraldo foi um dos maiores expoentes da cultura, da imprensa, da literatura infantil e do imaginário do país.

"O Menino Maluquinho, seu personagem mais conhecido, povoou mentes e a imaginação de crianças de todas as idades em todas as regiões. Um livro que virou filme, peças, pautou músicas e vem sendo passado de pais para filhos como sinônimo de inocência, curiosidade e beleza, além de um olhar esperançoso em relação aos imensos potenciais do mundo em que vivemos", disse o presidente.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, escreveu que Ziraldo foi uma inspiração. “Sua partida deixa um vazio imenso”, lamentou.

Obra

Ziraldo recebeu diferentes premiações, como o "Nobel" Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o prêmio Merghantealler, da imprensa livre da América Latina, ambos em 1969.

Levou ainda o Prêmio Jabuti de Literatura, em 1980, com O Menino Maluquinho, e novamente em 2012, com Os Meninos do EspaçoO Menino Maluquinho nasceu nos anos 1980 e foi inspirado no filho do escritor.

Na década de 1960, publicou a primeira revista em quadrinhos de sucesso, a Turma do Pererê, que seria cancelada pouco tempo depois do golpe militar de 1964. Voltaria ainda em edições pela Abril e Editora Primor nas décadas seguintes.

Na TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), os 26 episódios do programa Um Menino muito Maluquinho foram apresentados ao longo de 2006. O cartunista e escritor ainda apresentou o ABZ do Ziraldo durante cinco temporadas. Foram 189 episódios onde o tema era sempre incentivar jovens e crianças ao hábito da leitura.


Tive o prazer de viajar na companhia de Ziraldo

Luís Alberto Alves/Hourpress

Neste sábado (6), o Brasil perdeu o talento de #Ziraldo. Cartunista, chargista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, caricaturista, poeta, cronista, desenhista, apresentador, humorista e jornalista. Lembro de uma viagem ao retornar de Brasília, ele sentou-se ao meu lado.
Conversamos sobre vários assuntos. Do bolso do paletó ele retirou uma pequena garrafa de bebida e tomou pequeno gole. Após algumas horas o avião enfrentou terrível turbulência.
Olhei e vi o #Ziraldo fazendo o sinal da cruz diversas vezes e segurando firme no braço da poltrona. Ao desembarcar em Guarulhos, fui conversando com ele até tomarmos o ônibus e depois pegou a sua bagagem e sumiu na multidão.
Com a partida dele, percebo que o Brasil fica cada vez mais pobre na perda de talentos que aos poucos vão embora para sempre. São pessoas que deixaram a sua marca, fizeram algo de bom. É o caso de #Ziraldo. Que Deus conforte os seus familiares. Não é fácil perder alguém para a morte.
Pode ser uma imagem de 1 pessoa
Todas as reações:
Liliana Marciano, Fausto Bergocce e outras 3 pessoas

Nenhum comentário:

Postar um comentário