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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Geral: Bebida adulterada por metanol pode cegar


Pixabay


 Radiografia da Notícia

Consumo de bebida adulterada dispara, pode causar neurite óptica e levar à perda da visão. Saiba como evitar

Redação/Hourpress

O número de intoxicações por bebida adulterada registrados em setembro pelo Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) de Campinas bateu recorde. Somou 9 intoxicações com dois casos de cegueira no estado de São Paulo, além de mais dez pacientes sob investigação até o dia 25 do mês.

 

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto diretor executivo do Instituto Penido Burnier de Campinas quando o metanol entra na corrente sanguínea é transformado em ácido fórmico, substância que diminui a oxigenação das células e é altamente tóxica. A toxidade somada à falta de oxigênio, explica, atacam o nervo óptico desencadeando neurite óptica. Caso a doença não receba o tratamento adequado durante a fase inicial ou aguda causa a perda irrecuperável da visão. Já a intoxicação sistêmica causa sérios danos ao fígado, rim, coração, pâncreas e até alterações na camada externa do cérebro que caracterizam a esclerose múltipla, levando ao óbito

 

O especialista diz que os sinais de alerta sempre indicam uma emergência médica, mas, geralmente só surgem entre 12 e 24 horas. Isso porque, o álcool etílico das bebidas tornam o metabolismo do metanol mais lento, explica. Nos olhos, afirma, os primeiros sintomas são: visão turva, fotofobia e dor retrobulbar ou ao movimentar os olhos. Os sintomas sistêmicos mais frequentes da intoxicação elencados pelo médico são: náusea, forte dor de cabeça, dor abdominal, vômitos e alteração da consciência.

 

Tratamento


As primeiras 48 horas são cruciais para salvar a visão e a vida após uma intoxicação por metanol. Diante da suspeita de ingestão de álcool adulterado, Queiroz Neto recomenda que a pessoa seja encaminhada a uma triagem no Ciatox para confirmar a acidose metabólica grave que requer hemodiálise para eliminar o metanol da corrente sanguínea. Outra terapia elencada pelo oftalmologista para casos menos graves de acidose, frequente entre pessoas que consomem pouca bebida adulterada é o fomepizol, também conhecido como 4-metilpirazo,l um antídoto ao metanol.

 

O acúmulo de ácido fórmico no nervo óptico pode causar edema que pode ser tratado com corticosteroides que eliminam a inflamação. A dica para prevenir intoxicação por bebida adulterada observar na garrafa o registro ANVISA, lacre de segurança e selo fiscal, finalizou

Geral: Comissão especial debate fundamentos da reparação econômica à população negra

 Radiografia da Notícia

EBC


Redação/Hourpress/Agência Câmara

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a criação do Fundo Nacional de Reparação Econômica e de Promoção da Igualdade Racial, previsto na Proposta de Emenda à Constituição 27/24, promove, nesta terça-feira (30), audiência pública sobre as consequências socioeconômicas da escravidão no Brasil e os fundamentos para a reparação.

O debate atende a pedidos dos deputados Márcio Marinho (Republicanos-BA), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Benedita da Silva (PT-RJ). Segundo os parlamentares, o objetivo é subsidiar os trabalhos da comissão com análises históricas, jurídicas e econômicas sobre políticas de reparação à população negra.

Eles acrescentam que a discussão também vai abordar experiências já adotadas no Brasil, como cotas raciais em universidades, e exemplos internacionais de políticas reparatórias.

“A criação do Fundo Nacional de Reparação Econômica e de Promoção da Igualdade Racial, por meio da PEC 27/24, constitui uma iniciativa histórica para enfrentar as desigualdades estruturais derivadas da escravidão e do racismo sistêmico no Brasil”, afirma Orlando Silva.


Geral: Comissão aprova protocolo para tratamento de vício em tecnologia pelo SUS




 Radiografia da Notícia

* Para relator, uso excessivo e compulsivo da internet e de tecnologias digitais virou problema de saúde pública

Redação/Hourpress/Agência Câmara

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou proposta que estabelece protocolo clínico no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a dependência tecnológica decorrente do uso abusivo de internet, redes sociais, videogames e demais equipamentos digitais.

Pela proposta, o diagnóstico adotará os critérios da Classificação Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Lei 12.842/13, que regulamenta o exercício da medicina no país. O texto também prevê a avaliação multidisciplinar dos impactos funcionais, sociais e psicológicos do paciente.

Atualmente, a OMS não reconhece o “vício em tecnologia” como uma doença. No entanto, em 2019, a organização incluiu na CID o “transtorno por uso de jogos eletrônicos” (gaming disorder), que é caracterizado por perda de controle sobre o tempo gasto jogando, prioridade excessiva dada ao jogo em detrimento de outras atividades e manutenção desse padrão mesmo com consequências negativas significativas.

O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Allan Garcês (PP-MA) ao Projeto de Lei 2218/15, dos ex-deputados Marcos Abrão e Rubens Bueno. Foi apensado ao texto o PL 11013/18, do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO).

A justificativa do texto original se baseava no reconhecimento do vício em jogos eletrônicos e na preocupação com o fenômeno, então recente, das redes sociais.

O relator foi favorável à medida, mas propôs mudanças alterando pontos cruciais do diagnóstico e da equipe de tratamento. Além deixar claro que o diagnóstico deve seguir critérios da CID, a composição da equipe multidisciplinar foi refinada, passando a ser formada por psiquiatras, neurologistas e psicólogos, com foco em terapia cognitivo-comportamental.

Allan Garcês classifica o uso excessivo e compulsivo da internet e de tecnologias
digitais como um problema de saúde pública. "A sistemática do “scrolling” interminável (rolagem contínua no feed) estimula um comportamento compulsivo que compromete o sono, favorece a distração e dificulta o desenvolvimento do autocontrole, resultando em problemas como ansiedade, déficit de atenção e alterações no humor", diz o relatório.

O Ministério da Saúde terá até 180 dias para regulamentar as diretrizes para implementação do protocolo, capacitação de profissionais e criação de centros de referência regionais.

Próximos passos
A proposta será analisada em
caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.


Veículos: Fiat Fiorino completa 45 anos

                             Divulgação


Radiografia da Notícia

Modelo foi lançado no Brasil em 1980, baseado no icônico Fiat 147 

* Atualmente, o Fiorino segue firme na liderança do mercado como uma solução versátil, eficiente e alinhada às demandas dos consumidores 

* O Fiorino é um dos veículos comerciais mais atuantes do Brasil, com vendas ininterruptas desde 1980 

Luís Alberto Alves/Hourpress

Um dos veículos mais icônicos da história automotiva nacional, o Fiorino 147 completa 45 anos. Lançado em 1980, o modelo foi baseado no consagrado Fiat 147 e se consolidou rapidamente como um verdadeiro símbolo de versatilidade e robustez, uma ferramenta de trabalho para diversos profissionais. O modelo reforça o espírito pioneiro, vanguardista e inovador da Fiat ao buscar soluções baseadas nos produtos do lineup e alinhadas aos desejos e necessidades dos consumidores. 

Anos antes do lançamento da Fiorino, a Fiat já havia se aventurado neste segmento voltado para o uso profissional, com modelos como o 147 Furgão (1977) e 147 Pickup (1978), e viu uma oportunidade de ampliar significativamente sua participação neste mercado.  

Pensado para atender às crescentes demandas urbanas por um transporte ágil e eficiente de cargas leves, o Fiorino 147 foi pioneiro no mercado brasileiro ao unir um espaço de carga com ampla capacidade de carga, na base de um veículo passeio, minimizando custos e melhorando a viabilidade de manutenção do modelo, conceitos fundamentais, até para os dias de hoje, em um segmento que visa o menor custo de operação.  

Etanol

Inicialmente com o compartimento de carga todo fechado, em uma base mais longa, medindo 3,78 metros, para aumentar sua capacidade volumétrica de carga, o Fiorino 147 já disponibilizava duas opções de combustível, com motores de 61 cv de potência e 9,9 kgfm de torque quando abastecido com gasolina e 62 cv e 11,5 kgfm com etanol. 

Mas não parou por aí, o Fiorino desde sua concepção, na década de 1980, se mostrou inovador para o seu tempo ofertando muita versatilidade. O modelo já trazia muito dos conceitos que são aplicados até hoje em diversos produtos deste segmento. Em 1982, já com a frente Europa, a Fiat passou a oferecer mais três versões do modelo: a Settegiorni com capacidade para transporte de passageiros e com bancos rebatíveis, a Vetrato sem bancos traseiros e com vidros que deixavam o compartimento de carga à mostra, e a Combinato, que contava com bancos laterais traseiros para transportar mais pessoas. Todas as versões do Fiorino contavam com um bagageiro instalado sobre a cabine para aumentar a capacidade de carga e ao mesmo tempo melhorar a aerodinâmica do modelo.  

Em 1988, o Fiorino 147 parou de ser fabricado, mas não antes de deixar um sucessor à altura para substituí-lo. Nascia assim o Fiorino Furgão, baseado no consagrado Fiat Uno, com design moderno para a época, maior capacidade de carga, melhor desempenho e muito econômico. O Fiorino Furgão rapidamente caiu no gosto do consumidor, com um baú de carga que comportava até 2.700 litros e 540 kg. Essa versão passou por atualizações ao longo das décadas de 90 e 2000, sempre mantendo sua essência: ser um veículo confiável, prático e pronto para qualquer desafio urbano.  

Melhor

Em 2014 o Fiorino chegou a sua terceira geração, utilizando plataforma do Novo Uno, que havia sido lançado anos antes em 2010. Na nova configuração, o modelo cresceu no tamanho, ganhou maior capacidade para transportar cargas (650 kg), e recebeu uma nova motorização com o icônico 1.4 EVO flex, que aumentou a sua agilidade e versatilidade nos centros urbanos, garantindo que ele continuasse a ser a melhor opção do segmento. 

Em sua linha 2025, o furgão reforçou o compromisso com a funcionalidade, qualidade, economia e segurança ao apresentar atualizações mecânicas como novo motor 1.3 flex de até 107 cv de potência e 134 Nm de torque quando abastecido com etanol, ganhando 21 cv e 11,67% de torque adicional, melhorando também o consumo de combustível em mais de 14%. O modelo ganhou também direção elétrica, monitoramento de pressão dos pneus (iTMPS) e sensor de temperatura externa. 

Sucesso até hoje, o modelo segue como uma solução versátil, eficiente e alinhada às demandas dos consumidores, liderando o mercado em sua categoria. Nos primeiros oito meses deste ano, o Fiorino segue liderando o segmento de Veículos Comerciais Leves com mais de 13.400 veículos emplacados e 25,8% de participação no mercado.  

Ícone

Aliás, o modelo é líder do seu segmento desde 2003, contabilizando mais de 22 anos de liderança. Trata-se de um resultado impressionante para um segmento em que os clientes consideram atributos concretos como custo de posse, manutenção e eficiência, assim como aspectos de robustez e versatilidade. Tantos anos na liderança fazem do Fiorino um verdadeiro ícone da Fiat no mercado brasileiro. 

Mas não é só isso, o Fiorino coleciona diversos prêmios. Nos últimos cinco anos foram mais de 15 premiações, entre eles “Melhor Revenda” da Quatro Rodas, “Maior Valor de Revenda” da Autoinforme, e “Campeão de Revenda”, organizado pela Frota&Cia, no qual o Fiorino ganhou em 30 edições. 

Túnel do Tempo: Fim da escravidão no Rio Grande do Norte

 


Luís Alberto Alves/Hourpresss

Em 30 de setembro de1883, A cidade de Mossoró torna-se a primeira cidade do Rio Grande do Norte a libertar os escravos cinco anos antes da Lei Áurea.

domingo, 31 de agosto de 2025

Crônica: O dono do tempo

Hourpress


Não tinha medo do futuro, mas algo lhe tirava a paz

Astrogildo Magno

Gilson era competente professor de matemática e atleta de disputar diversos tipos de corrida. Porém, algo lhe retirava a paciência: a velocidade do tempo. Não conseguia compreender como as horas “voavam”. Levantava-se, logo pegava o carro para ir à faculdade lecionar trigonometria e álgebra. Logo, chegava o horário do almoço e depois o final do dia.

Percebia que os seus cabelos mudavam rapidamente para o grisalho, mas mantinha na mente a velocidade de raciocínio da época de juventude. Nem parece que se aproximava dos 60 anos. Comentava com outros colegas de faculdade, mas nem todos compreendiam as suas críticas. Olhava para as suas duas filhas, ambas chegando aos 25 e 26 anos e perto da formatura em Medicina e Engenharia.

Semana

Ele voltava no tempo e relembrava o tempo em que elas ainda eram crianças, antes de chegar aos dez anos de idade, correndo pela casa, pedindo sorvete e bolo de chocolate como café da manhã. Depois chegaram à adolescência, ultrapassaram a faixa dos 18 anos e as viagens entraram na ordem do dia, quase todo final de semana.

Não tinha medo do futuro, mas algo lhe tirava a paz: o que as mudanças da tecnologia iriam impactar na qualidade de vida  da humanidade? Certo dia algo lhe chamou a atenção quando um mendigo lhe pediu dinheiro num cruzamento da avenida Rebouças. “Doutor, não se preocupe com o tempo, o criador do tempo nunca perdeu e nunca perderá o controle do tempo.....”

Astrogildo Magno é cronista

Geral: Pesquisa revela que apenas 12% dos trabalhadores pensam em ser chefes



Radiografia da Notícia

Profissionais preferem autonomia a hierarquia e qualidade de vida a longas jornadas, segundo novo estudo com mais de 2 mil brasileiros

* Apenas 12% aspiram a cargos de liderança

Entre as aspirações para os próximos dois anos, 28% buscam salário maior no mesmo cargo

Redação/Hourpress

Uma confiança profissional histórica marca o trabalhador brasileiro: 97% se sentem preparados para o futuro do trabalho, um salto impressionante de 10 pontos percentuais em relação ao ano passado (87%). Paradoxalmente, essa mesma força de trabalho confiante rejeita o modelo tradicional de crescimento profissional: apenas 12% aspiram a cargos de liderança.

 

Os dados fazem parte da terceira edição da pesquisa "Futuro do Trabalho: onde estamos e para onde vamos?", realizado pela empresa de inteligência Futuros Possíveis com apoio da TOTVS e do Instituto da Oportunidade Social (IOS), que ouviu 2.018 brasileiros pela internet entre abril e maio de 2025.


Preparados, mas insatisfeitos

 

"Estamos documentando uma ruptura histórica", explica Angelica Mari, CEO e cofundadora da Futuros Possíveis. "Temos pela primeira vez uma força de trabalho que se sente preparada para o futuro, mas rejeita como o trabalho está organizado hoje".

 

O paradoxo se manifesta em números contundentes. 74% estão empregados formalmente, mas 50% querem mudar de trabalho em 2025. "Não estamos diante de uma crise de empregabilidade, mas de uma revolução de expectativas", destaca Mari.

 

Dados que sinalizam essa rejeição à hierarquia tradicional incluem o achado de que 12% querem promoção para cargos de liderança, enquanto 23% preferem empreender - quase o dobro. Entre as aspirações para os próximos dois anos, 28% buscam salário maior no mesmo cargo sem assumir mais responsabilidades, 24% querem melhores benefícios no trabalho atual e 16% almejam trabalhar menos horas.

 

"Isso sinaliza uma busca por autonomia ao invés de autoridade, e impacto ao invés de um cargo no topo da pirâmide", analisa Mari. "Talvez o sonho atual não seja mais subir a escada corporativa, mas construir pontes entre ambições pessoais e contribuições profissionais mais significativas".


Longas jornadas: o maior vilão

 

A rejeição ao modelo tradicional fica evidente quando 63% apontam longas jornadas como principal problema para o bem-estar mental do trabalhador brasileiro. Na sequência, 46% criticam a competição excessiva entre colegas e 37% o acionamento fora do expediente comercial.

 

"Os brasileiros querem ser mais produtivos em menos tempo, não mais produtivos trabalhando mais horas", observa Marcelo Gripa, cofundador da Futuros Possíveis. "É uma recalibração fundamental que desafia décadas de cultura organizacional focada na presença, não na performance".

 

Embora 57% se declarem satisfeitos com o trabalho atual, a alta intenção de mudança evidencia que a satisfação não é mais suficiente. "Temos uma força de trabalho que não aceita mais a mediocridade como norma e está redefinindo os parâmetros do que considera um bom trabalho", concluiu Gripa.

 

As diferenças geracionais são marcantes em relação a expectativas para o futuro do trabalho. Jovens de 16-24 anos são os que mais querem mudar de ocupação (60%), comparados aos 46% dos profissionais acima de 40 anos. No grupo de quem tem entre 25 e 29 anos, 36% buscam salário mais alto no mesmo cargo (acima da média de 26%), enquanto profissionais com 50+ anos valorizam mais a autonomia (36%) do que crescimento na carreira.

 

"As empresas precisam abrir suas portas para as juventudes, oferecendo oportunidades reais de aprendizado e crescimento", defende Vivian Broge, vice-presidente de Relações Humanas e Marketing da TOTVS e presidente do Instituto da Oportunidade Social (IOS), que apoiaram o estudo. "Investir na inclusão produtiva de jovens é essencial para construir uma força de trabalho diversa e preparada para os desafios futuros. Além de promover justiça social, essa abertura favorece a cultura da inovação. O IOS, por exemplo, promove a formação e empregabilidade de milhares de jovens por ano. São esses jovens que, inseridos nas organizações, transformam negócios".


Tecnologia como aliada, não inimiga

 

Contrariando previsões apocalípticas sobre automação, 68% não veem a tecnologia como ameaça ao emprego. A preparação para os desafios futuros se tornou prioridade para 90% dos trabalhadores, contra 83% em 2024. Entre as habilidades mais importantes quando a IA assumir tarefas repetitivas, destacam-se conhecimento técnico sobre novas tecnologias (45%), disposição para aprender continuamente (44%) e capacidade de análise e soluções criativas (44%).

 

A pesquisa também detectou uma mudança na percepção em termos da responsabilidade sobre a preparação para o futuro: 36% agora acreditam que cabe exclusivamente ao profissional se preparar para o futuro do trabalho, um salto significativo em relação aos 23% registrados em 2024. Porém, uma parcela significativa (55%) defende a responsabilidade compartilhada entre profissional e empregador.

 

"A tecnologia vem transformando o mercado de trabalho e os profissionais reconhecem a importância de se reinventar continuamente", avalia Fernando Sollak, diretor Corporativo de Relações Humanas da TOTVS. "A responsabilidade de capacitar os trabalhadores para as demandas do futuro deve ser compartilhada entre pessoas e empresas. É preciso que as organizações criem ambientes que incentivem o aprendizado, apoiando seus colaboradores frente aos desafios do futuro".

 

Saúde mental: a emergência de um direito fundamental

 

Um dos achados mais alarmantes da pesquisa revela que 47% dos trabalhadores já tiveram saúde mental impactada por questões de identidade no trabalho - seja por gênero, cor da pele, corpo, origem ou jeito de viver. Entre jovens de 16-24 anos, 24% relatam sentir pouca escuta ou empatia, comparados a 11% dos profissionais com 50+ anos.

 

"Quando quase metade da força de trabalho tem sua saúde mental comprometida por não ser aceita como é, estamos diante de uma violação sistemática dos direitos humanos mais básicos", alerta Andreza Maia, especialista em inovação inclusiva e cofundadora da Futuros Possíveis. "Isso transforma diversidade e inclusão de valores corporativos em questões urgentes de saúde pública. Não é mais sustentável separar bem-estar pessoal de produtividade profissional".

 

Para proteger a saúde mental, 49% dos trabalhadores priorizam equilíbrio entre vida pessoal e profissional, 44% querem acesso facilitado a apoio psicológico e 45% pedem treinamentos regulares para lideranças sobre o tema.

 

A visão para o futuro do trabalho reflete essa busca por qualidade de vida. Para o trabalho remoto, 41% defendem flexibilidade total de horários, enquanto 35% querem limites claros entre trabalho e descanso. Entre os benefícios mais valorizados, horário flexível aparece em terceiro lugar (29%), atrás apenas de necessidades básicas como plano de saúde (41%) e vale-alimentação (30%).

 

A coleta dos dados que embasaram a pesquisa foi realizada online pela Opinion Box entre 22 de abril e 12 de maio de 2025, com 2.018 respondentes acima de 16 anos de todo o Brasil e margem de erro de 2,2 pontos percentuais.