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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Artigo: Saúde mental ou física?

 

A realidade concretiza nossa imaginação construindo posts nas redes sociais


*Simone Bambini,


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Temos a ideia equivocada de que corpo e mente são instâncias distintas, nas quais o corpo é um recipiente que carrega um conteúdo e que obedece ao comando da mente.

Estudos da neurobiologia rompem com esse pensamento dualista e hegemônico. Mas, infelizmente, esse conceito cartesiano se perpetua no senso comum e, com isso, dificulta o entendimento do corpo como responsável pela saúde integrada.

O conceito dualista de corpo e mente, saúde mental e física como coisas distintas nos leva a pensar que emoções não estão atreladas ao corpo, no entendimento errado de que corpo é físico, pois existe uma materialidade; e emoções são imateriais, portanto, pertencem ao mental.

Para se criar um sentimento, é necessário se emocionar. E para se emocionar, é preciso ter corpo para vivenciar essa percepção que resultará em uma memória. A perspectiva de que pensamento, sentimento e emoções são corporais rompe com os paradigmas que asseguram que a capacidade de sentir e se emocionar são extrassensoriais.

Nosso corpo é composto por uma química de hormônios e substâncias que nos regulam para sobreviver, a busca da homeostase. A sobrevivência está atrelada a essa troca de informações advindas do próprio corpo (história, genética, traumas) e do ambiente (biológicas, culturais, sociais), no qual o corpo troca informações em tempo real o tempo todo, pois o corpo é mídia de si mesmo, de acordo com a teoria do corpomídia.

Nosso corpo e o meio mudam constantemente e precisamos invariavelmente nos adaptar à desidratação e à redução de açúcar no sangue, buscando em nosso ambiente algo que nos reidrate ou que faça subir nossa glicemia. Essa função homeostática mantém o equilíbrio quando tudo muda em nós e ao nosso redor.

O simples fato de articular palavras na boca de uma pessoa modifica a secreção das substâncias que dilatam os vasos do rosto da outra. Do mesmo modo, um insulto pode induzir em quem o ouve uma palidez devida à constrição dos vasos; ou ainda, um chilique, desmaio ou lágrimas podem ser provocadas pelo comunicado de uma má notícia.

Algumas pessoas tornam-se viciadas, dependentes de uma droga, a ponto de não suportarem a falta dessa substância. Mas é possível também tornar-se dependente de uma emoção forte provocada por jogos ou dinheiro, pelo enfrentamento de um perigo ou por busca de situações seguidas de euforia, como por exemplo, os "workaholic", viciados não apenas no trabalho, mas também nas conquistas e realizações profissionais, colocando a vida profissional acima de tudo (família, amigos, lazer e saúde).

Nesses casos, não há nenhuma substância ingerida; no entanto, a emoção causada pelo risco de perder provoca tal prazer, que o trabalhador torna-se dependente dele. Uma sensação autenticamente experimentada não pode deixar de ter uma manifestação cerebral.

Uma substância pode incendiar esse par de pulsões neurologicamente opostas de pavor e prazer. Dessa forma, todas as emoções, sejam elas de conforto ou desconforto, são necessárias para nossa regulação e adaptação à vida.

As emoções, como a raiva, medo e angústia, fazem parte do nosso sistema de defesa. Quando acolhemos esses dispositivos regulatórios, criamos uma memória que nos dá suporte para termos compaixão e resiliência não só conosco, mas com os outros também. Novas sinapses são criadas com esse aprendizado e nosso sistema nervoso agradece na sua autorregulação, permitindo comportamentos mais equilibrados.

Levamos à consciência quase nada das informações que percebemos para nos manter vivos. Nosso corpo (quando falo corpo, incluo cérebro) trata todas essas informações (respirar, lutar contra a força da atração da terra, regular a temperatura) aquém da consciência. As informações extraídas da realidade por nossos órgãos dos sentidos são combinadas por nosso cérebro de modo que delas se faça uma representação que denominamos "realidade".

Para nós humanos, que vivemos essencialmente num mundo de representações, as palavras têm grande poder de esclarecimento. Enxergarmos melhor o que é dito e a conotação afetiva das palavras provoca em nós emoções profundamente sentidas.

A realidade concretiza nossa imaginação construindo posts nas redes sociais, encenando gestos, palavras, objetos e marcas que impregnam a nossa memória e orientam nosso desenvolvimento. Assim, moldados pelos objetos que acabamos de inventar, sentimos fisicamente a crença para a qual construímos nosso meio.

Sentimos então uma emoção provocada não pela realidade, pois ela passou ou está por vir, mas pela representação dessa realidade. A memória não é o retorno do passado, é a representação do passado. Não é preciso dizer até que ponto as pressões do meio, as tensões afetivas e as narrativas do entorno participam da memória individual.

Todo o ser vivo é obrigado a tratar algumas informações extraídas da realidade se não deseja morrer de fome, frio ou de solidão. Mas o ser humano é obrigado a viver, ao mesmo tempo, num mundo de representações. E é aí que tudo se complica.

O ambiente no qual o corpo troca informações e busca adaptação é falso e ilusório. O sentido imperativo da felicidade a qualquer preço e o fato de existir longevidade nos fazem distanciar, de forma imatura, que a vida também é feita de fracasso, infortúnios, doenças e morte.

E nessa busca incessante de felicidade e sucesso o tempo todo, suprimimos as emoções antagônicas a esse imperativo e achamos que temos o controle da situação.

E nessa ignorância, acabamos não desfrutando da potência curadora do corpo e buscamos o entendimento da realidade nos anestesiando com as fake news, nas trocas prazerosas de imagens, posts e emojis nas redes sociais, com o excesso de remédios e o abuso de drogas e álcool.

*Simone Bambini, doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Coordena e leciona no curso de Relações Pú
blicas da FAAP.

Saúde: Dinheiro da Lava Jato do Rio vai servir para compra de vacinas

 

Valor custodiado soma mais de R$ 550 milhões

Agência Brasil 

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A Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro informou hoje (28) que enviou ofícios a diversos órgãos consultando sobre a possibilidade de destinar recursos recuperados pela operação para a aquisição de vacinas contra a covid-19. Os valores que estariam disponíveis somam mais de R$ 500 milhões.

O documento foi enviado à Advocacia-Geral da União (AGU), à Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE/RJ), à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao juiz Marcelo Bretas, que julga os processos da Lava Jato no Rio de Janeiro na 7ª Vara Federal Criminal.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), estão custodiados neste momento por processos da Lava Jato no Rio de Janeiro R$ 552.574.264,16, em contas judiciais vinculadas ao juízo da 7ª Vara. A expectativa é que o montante aumente nas próximas semanas, com o cumprimento dos acordos de colaboração premiada e de leniência em vigor.

“Consultamos a União se há interesse em realizar o levantamento antecipado dos valores custodiados em contas judiciais, com a finalidade específica de aquisição de vacinas para a imunização contra a covid-19, o que se justificaria dada a situação de emergência na saúde pública e a urgente necessidade de imunização da população”, explica o ofício.

A força-tarefa afirma que, caso haja concordância, vai requer imediatamente ao juízo competente a transferência dos valores às contas que forem indicadas pelo poder público.

Saúde: Estudo constata infecção simultânea por duas linhagens do coronavírus

 

Pesquisa é feita com pacientes do Rio Grande do Sul

Agencia Brasil 

Arquivo

Um estudo feito com pacientes do Rio Grande do Sul constatou que uma pessoa pode ser infectada ao mesmo tempo por diferentes linhagens do novo coronavírus, que causa a covid-19. A pesquisa foi feita pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) do Ministério de Ciência e Tecnologia, pela Universidade Feevale e pela Rede Vírus.

A constatação foi feita ao analisar amostras de 92 pacientes do Rio Grande do Sul. Pelo menos duas pessoas registraram a chamada coinfecção, ou seja, a infecção simultânea por linhagens diferentes do novo coronavírus. Segundo os pesquisadores, a coinfecção com a variante E484K não havia sido descrita até o momento.

Ainda de acordo com os pesquisadores, a coinfecção é preocupante porque mistura genomas de diferentes linhagens, permitindo recombinações que resultam na evolução do vírus. Apesar disso, os dois pacientes tiveram apenas quadro leve e moderado e estão se recuperando sem necessidade de hospitalização.

Também foi constatada a circulação de cinco linhagens diferentes do vírus no estado, entre eles uma nova, inicialmente denominada de VUI-NP13L. Neste momento, pesquisadores estão estudando essa nova linhagem, o que inclui o isolamento viral e a investigação sobre neutralização ou anticorpos presentes em pacientes infectados e recuperados.

Segundo nota divulgada pelo LNCC, o estudo gera preocupações devido à possibilidade de dispersão dessa linhagem para outros estados e países vizinhos.

Artigo: Racismo: o que pensam os jovens

 

Ser racista, reforça a gestora, é muito mais que xingar o outro de macaco


Redação/Hourpress

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Quase a totalidade dos jovens brasileiros (98,8%) acha que existe racismo no Brasil, mas apenas 3,7% admitem ser racista. A maioria (77,1%) também concorda que faltam políticas públicas para enfrentar o preconceito racial com seriedade no país e 51.21% pensam que as redes sociais causam muita discórdia e pouco avanço na solução do problema. É o que aponta pesquisa realizada pela rede de escolas de informática Microcamp entre seus alunos.

A discrepância entre os que acham o país racista e os que confessam ter preconceito racial justifica-se pela dificuldade das pessoas admitirem que são racistas, segundo Jacqueline Damasio Amando, gestora do Centro de Referência dos Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa, serviço ligado à Secretaria Municipal e Assistência de Campinas. Conforme Jacqueline, muitas pessoas acham que racismo é só aquilo que é feito com intencionalidade, e o que não é intencional, não é considerado racismo. "Na maioria das vezes o xingamento, a discriminação declarada e ações de silenciamento, ações leves de discriminações que já fazem parte do racismo estrutural, que já está naturalizado, as pessoas não consideram como racismo", exemplifica.

Ser racista, reforça a gestora, é muito mais que xingar o outro de macaco, é compactuar com o racismo. Para ela, precisamos ser muito mais que não racista, precisamos ser antirracismo, "o que significa ter o entendimento de que todos somos racistas sim nas nossas práticas, e precisamos deixar de ser racistas no cotidiano."

A pesquisa ouviu 2.624 jovens, entre os dias 11 e 16 de janeiro, em 63 municípios do país onde a empresa mantém unidades. 46,8% deles se declaram brancos, 37,6% pardos, 12,7% pretos, 1,8% amarelos e 1,1% indígenas. A maioria dos entrevistados (50,3%) é do sexo masculino, tem entre 15 a 19 anos (53%) e cursa o Ensino Médio (54,4%).

Ainda em relação às redes sociais, onde o tema é recorrente e os jovens estão muito presentes, 35,9% acham que elas estimulam a discussão do tema positivamente e 13% acreditam que elas incentivam um ativismo virtual exagerado e nada prático.



Nesse aspecto, o que acontece, na avaliação de Jacqueline Damasio, é que os jovens sabem que a discussão é coerente, proveitosa e necessária, "só que nós estamos vivendo num momento em que os jovens, principalmente os periféricos, eles querem a prática antirracista, porque de discurso todo mundo já está de saco cheio", pondera.

Isso explica porque a militância que fica só nas redes sociais, está perdendo espaço para o ativismo. "Estamos falando de atividades, quais vão levar para essa população que geralmente é preta e periférica, uma outra condição de vida".

Quanto à falta de políticas públicas apontada por 77,1% dos jovens como um problema para enfrentar o preconceito racial com seriedade, Jaqueline Damasio acredita que os municípios estão se atentando para a pauta racial agora, também é uma demanda nova no campo político, mas ressalta que este é um trabalho de formiguinha. "Nós temos muitos discursos de que somos todos iguais e este discurso acaba nos inviabilizando, é um contra discurso. Nós não somos todos iguais e precisamos avançar nas diferenças que nós temos. Se o discurso é que somos todos iguais, então não tem por que uma política pública específica. Na verdade a gente precisa ressaltar as diferenças e a partir dessas diferenças averiguar quais são as demandas e aí sim ter condições de pensar em políticas públicas específicas para a população negra, tanto na educação, na saúde, aí sim a gente vai começar avançar um pouco mais".



Dos pesquisados, 40,9% admitem que já foram vítimas (ou algum familiar) de algum tipo de preconceito, discriminação, humilhação ou deboche por causa da cor ou raça. A maioria (56,9%) também diz que já presenciou algum tipo de discriminação racial contra outra pessoa. Nesses casos, 92,8% defende que a atitude a se tomar é denunciar, pois é uma forma de enfrentar o problema. Já 2,3% preferem ficar quietos, por achar que não resolve e 4.9% não souberam responder.

A pesquisa mostra ainda que o preconceito racial também se manifesta na desigualdade social, de oportunidades e de tratamento entre negros e brancos no Brasil. Para 63% dos entrevistados, os negros no Brasil não têm as mesmas oportunidades e diretos que os brancos, enquanto 28,5% acham que sim e 8,6% não souberam responder. Por outro lado, 71,7% dos jovens acreditam que os brancos têm mais chance de conseguir emprego no Brasil.

A maioria (86,9%) também acha que no Brasil as chances de uma pessoa negra ser abordada de forma violenta ou ser morta pela polícia são maiores que os brancos.

Quanto às cotas raciais nas universidades, 61% dos entrevistados se dizem favoráveis pois acreditam que a medida ajuda a minimizar a desigualdade, enquanto 17,4% são contra pois acreditam que a medida além de protecionista, não resolve o problema, e 21,6% são indiferentes.

Em relação ao Coronavirus, apesar dos estudos apontarem que a Covid 19 matou mais negros que brancos, a maioria dos jovens (46,9%) acredita que a pandemia atinge a todos indistintamente. Já 39,8% acham que ela afetou mais os negros, pois grande parte da população negra é mais vulnerável social e economicamente.

A pesquisa também quis saber se os jovens hoje são menos racistas que a geração de seus pais. 48,7% acham que são menos racistas, 26,1% mais racistas, e 25,2% são tão racistas quanto. Ou seja, apesar de toda discussão em torno do tema e dos avanços, a soma dos que acham a nova geração mais ou tão racista quanto as anteriores, ainda prevalece.



Sobre a Microcamp

A Microcamp é a principal rede de escolas de tecnologia no país. Oferece cursos de informática, hardware e robótica, games e inglês. Em 43 anos de mercado, já formou mais de dois milhões de alunos no Brasil. Atualmente possui cerca de 60 mil alunos matriculados em suas 74 unidades. Além dos conhecimentos técnicos de cada curso, os alunos Microcamp desenvolvem competências e habilidades que os motivam a ter uma atitude empreendedora para conquistar objetivos pessoais e profissionais.

Geral: Medo, angústia, ansiedade, estresse e frustração são as principais queixas dos professores durante a pandemia

 

Pesquisa realizada pela Nova Escola indica que 72% dos educadores tiveram a saúde mental afetada

Redação/Hourpress

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Uma classe que teve sua rotina de trabalho bastante transformada pela pandemia do novo coronavírus foi a dos professores. De acordo com o censo escolar 2018 (Ensino Superior) e 2019 (Educação Básica) do Ministério da Educação, o Brasil tem 2,6 milhões de professores, entre educação básica, ensino superior, rede pública e privada. Durante a quarentena, eles passaram a lidar com reduções salariais, ameaças de desemprego, aumento da jornada de trabalho, possibilidade de volta às aulas presenciais mesmo em meio ao caos da saúde pública, medo, angústia e preocupação.

Além disso, os educadores tiveram que se adaptar repentinamente à modalidade remota, transformar as aulas presenciais em online, encontrar meios de entreter os alunos e fazer com que o processo de aprendizado continuasse. Esse cenário elevou o nível de cobrança por parte da escola, dos pais e dos alunos, que passaram a enviar mensagens 24 horas por dia aos professores, aumentando as frustrações diárias, o estresse, a ansiedade, a insônia; sem contar as dificuldades técnicas que muitos encontraram.

Com todas essas rápidas mudanças, a saúde mental dos professores foi comprometida. Antes mesmo da pandemia, a Organização Internacional do Trabalho considera, desde 1983, a classe docente como a segunda categoria profissional a sofrer com doenças de caráter ocupacional. Um estudo realizado pelo Instituto Península, "Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil", mostrou que, desde o início da quarentena, os professores relatam ansiedade durante as aulas remotas, e sobrecarga de trabalho. A CNN também publicou uma pesquisa realizada pela Nova Escola, indicando que 72% dos educadores tiveram a saúde mental afetada durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com o levantamento, ansiedade, estresse e depressão são os maiores distúrbios listados por professores, assistentes e coordenadores pedagógicos.

Segundo a psicóloga da Clínica Maia, Katherine de Paula Machado, a classe dos professores tende a sofrer mais os impactos psicológicos neste momento por se sentirem responsáveis pelos alunos e pelas aulas, como se fossem "super-professores". "O super-professor é aquele que nunca está cansado, nunca erra, é sempre educado e prestativo, aquele que está sempre sorrindo e pronto para educar. Mas isso não existe".

Katherine recomenda que estabelecer momentos de descanso, construir uma rotina de acordo com as novas necessidades, buscar atividades que promovam relaxamento e bem-estar, manter ativa uma rede socioafetiva, mesmo de maneira virtual, e reconhecer e acolher as emoções são medidas importantes para ajudar a lidar melhor com a atual realidade.

A psicóloga ainda cita que fazer uma listagem das atividades que a pessoa realiza no dia a dia ajuda bastante a ter uma real noção da produtividade, e auxilia a diminuir a sensação de mal-estar. E também, se possível, é primordial separar dentro de casa um local do trabalho, para que a mente possa "ligar e desligar a chave" de acordo com o ambiente.

Mas, quando todas as dicas acima forem colocadas em prática e mesmo assim os sintomas permanecerem, buscar ajuda profissional é a solução. "Procure um profissional da saúde mental para manejo da situação de forma conjunta. Lidar com sentimentos e emoções em momentos de crise não é uma tarefa fácil, ainda mais quando há muitas pessoas que dependem de nós".

Geral: Temporada de chuvas requer atenção com veículos e imóveis

 

Contratação de seguro para o automóvel e à residência são essenciais para amenizar danos causados


Redação/Hourpress

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Apesar do sol e calor do verão, esta época do ano é também um chamariz para um grande volume de chuvas e, não raro, enchentes. Para se ter uma ideia de como acontecimentos do tipo vêm impactando em prejuízos, no comparativo do ano de 2020 com 2019, a MAPFRE - uma das maiores companhias de prestação de serviços nos mercados segurador, financeiro e de assistência do mundo - constatou que a representatividade dos sinistros de veículos causados por eventos da natureza, como alagamentos e quedas de árvores, entre outros, frente ao total de sinistros, aumentou cerca de 15%.

O cenário reforça que a contratação de um seguro adequado para automóveis e até para imóveis são medidas preventivas eficazes para minimizar possíveis danos e prejuízos. No caso da aquisição do seguro auto, a cobertura popularmente conhecida como "total", abrange, além de incêndio, furto, roubo e colisão, danos comuns nesta época do ano, como inundação ao veículo, e queda de árvores ou muros, além de avarias por chuva de granizo. "Os veículos envolvidos em um sinistro gerado por eventos da natureza, tem 3,1 vezes mais possibilidade de ser uma indenização integral", informa Roberto Junior de Antoni, diretor de Operações da MAPFRE.

É importante lembrar que, para apólices de automóveis, danos causados pelo "agravo de risco", ou seja, aquele que o segurado tem ciência do perigo e mesmo assim expõe o veículo, podem levar à perda da cobertura, como, por exemplo, tentar atravessar uma área alagada mesmo sabendo da impossibilidade de realizá-la.

Quanto ao seguro do imóvel, é possível cobrir prejuízos ocasionados por enchentes por meio da contratação de cobertura específica na apólice. Além de alagamentos, é possível ainda se adquirir coberturas mais comuns e recorrentes, como vendaval e danos elétricos - os dois principais problemas notificados em período de eventos da natureza, em razão das intempéries climáticas.

"Tanto para o seguro de automóvel quanto o residencial, o consumidor deve procurar uma seguradora que possui planos de contingência para atendimentos nas situações de fenômenos da natureza, pois eles facilitam o processo de análise dos danos e a definição da cobertura.", ressalta Antoni. "Com esses planos bem definidos, assim que as notificações de sinistro são efetuadas pelos clientes, a seguradora consegue deslocar suas equipes e prestadores de serviço a partir de um atendimento simples, ágil e eficiente", complementa.


Dicas para evitar contratempos

Para o carro

- Não estacione o veículo embaixo de árvores ou placas publicitárias (outdoors), ou ainda próximo a muros;

- Procure estacionar o carro em locais com estrutura sólida e robusta; caso seja possível, pare em locais elevados, assim você previne que o veículo seja atingido se ocorrer um alagamento;

- Evite trafegar quando o nível da água estiver superior ao centro/metade das rodas (isso reduz a chance de aspiração de água pelo motor e o dano ao veículo);

- Se estiver dirigindo, mantenha as duas mãos ao volante, a distância indicada do veículo à frente, reduza a velocidade e ligue os faróis do automóvel.


Para o imóvel

- Mantenha a limpeza e manutenção dos telhados em dia;

- Desobstrua as calhas;

- Frequentemente, realize a limpeza de ralos, esgotos, galerias e valas;

- Retire entulhos dos quintais;

- Providencie a poda ou corte de árvores com risco de queda nos limites da propriedade do imóvel;

- Reforce (ou escore) muros e paredes pouco confiáveis.

Tunel do tempo: O impeachment de Collor de Mello

 


Luis Alberto Alves

No dia 28 de dezembro de 1992, o presidente brasileiro Fernando Collor de Mello tem seu impeachment oficializado pela Câmara dos Deputados, e é condenado à perda de seus direitos políticos até 2000.