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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Artigo: Racismo: o que pensam os jovens

 

Ser racista, reforça a gestora, é muito mais que xingar o outro de macaco


Redação/Hourpress

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Quase a totalidade dos jovens brasileiros (98,8%) acha que existe racismo no Brasil, mas apenas 3,7% admitem ser racista. A maioria (77,1%) também concorda que faltam políticas públicas para enfrentar o preconceito racial com seriedade no país e 51.21% pensam que as redes sociais causam muita discórdia e pouco avanço na solução do problema. É o que aponta pesquisa realizada pela rede de escolas de informática Microcamp entre seus alunos.

A discrepância entre os que acham o país racista e os que confessam ter preconceito racial justifica-se pela dificuldade das pessoas admitirem que são racistas, segundo Jacqueline Damasio Amando, gestora do Centro de Referência dos Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa, serviço ligado à Secretaria Municipal e Assistência de Campinas. Conforme Jacqueline, muitas pessoas acham que racismo é só aquilo que é feito com intencionalidade, e o que não é intencional, não é considerado racismo. "Na maioria das vezes o xingamento, a discriminação declarada e ações de silenciamento, ações leves de discriminações que já fazem parte do racismo estrutural, que já está naturalizado, as pessoas não consideram como racismo", exemplifica.

Ser racista, reforça a gestora, é muito mais que xingar o outro de macaco, é compactuar com o racismo. Para ela, precisamos ser muito mais que não racista, precisamos ser antirracismo, "o que significa ter o entendimento de que todos somos racistas sim nas nossas práticas, e precisamos deixar de ser racistas no cotidiano."

A pesquisa ouviu 2.624 jovens, entre os dias 11 e 16 de janeiro, em 63 municípios do país onde a empresa mantém unidades. 46,8% deles se declaram brancos, 37,6% pardos, 12,7% pretos, 1,8% amarelos e 1,1% indígenas. A maioria dos entrevistados (50,3%) é do sexo masculino, tem entre 15 a 19 anos (53%) e cursa o Ensino Médio (54,4%).

Ainda em relação às redes sociais, onde o tema é recorrente e os jovens estão muito presentes, 35,9% acham que elas estimulam a discussão do tema positivamente e 13% acreditam que elas incentivam um ativismo virtual exagerado e nada prático.



Nesse aspecto, o que acontece, na avaliação de Jacqueline Damasio, é que os jovens sabem que a discussão é coerente, proveitosa e necessária, "só que nós estamos vivendo num momento em que os jovens, principalmente os periféricos, eles querem a prática antirracista, porque de discurso todo mundo já está de saco cheio", pondera.

Isso explica porque a militância que fica só nas redes sociais, está perdendo espaço para o ativismo. "Estamos falando de atividades, quais vão levar para essa população que geralmente é preta e periférica, uma outra condição de vida".

Quanto à falta de políticas públicas apontada por 77,1% dos jovens como um problema para enfrentar o preconceito racial com seriedade, Jaqueline Damasio acredita que os municípios estão se atentando para a pauta racial agora, também é uma demanda nova no campo político, mas ressalta que este é um trabalho de formiguinha. "Nós temos muitos discursos de que somos todos iguais e este discurso acaba nos inviabilizando, é um contra discurso. Nós não somos todos iguais e precisamos avançar nas diferenças que nós temos. Se o discurso é que somos todos iguais, então não tem por que uma política pública específica. Na verdade a gente precisa ressaltar as diferenças e a partir dessas diferenças averiguar quais são as demandas e aí sim ter condições de pensar em políticas públicas específicas para a população negra, tanto na educação, na saúde, aí sim a gente vai começar avançar um pouco mais".



Dos pesquisados, 40,9% admitem que já foram vítimas (ou algum familiar) de algum tipo de preconceito, discriminação, humilhação ou deboche por causa da cor ou raça. A maioria (56,9%) também diz que já presenciou algum tipo de discriminação racial contra outra pessoa. Nesses casos, 92,8% defende que a atitude a se tomar é denunciar, pois é uma forma de enfrentar o problema. Já 2,3% preferem ficar quietos, por achar que não resolve e 4.9% não souberam responder.

A pesquisa mostra ainda que o preconceito racial também se manifesta na desigualdade social, de oportunidades e de tratamento entre negros e brancos no Brasil. Para 63% dos entrevistados, os negros no Brasil não têm as mesmas oportunidades e diretos que os brancos, enquanto 28,5% acham que sim e 8,6% não souberam responder. Por outro lado, 71,7% dos jovens acreditam que os brancos têm mais chance de conseguir emprego no Brasil.

A maioria (86,9%) também acha que no Brasil as chances de uma pessoa negra ser abordada de forma violenta ou ser morta pela polícia são maiores que os brancos.

Quanto às cotas raciais nas universidades, 61% dos entrevistados se dizem favoráveis pois acreditam que a medida ajuda a minimizar a desigualdade, enquanto 17,4% são contra pois acreditam que a medida além de protecionista, não resolve o problema, e 21,6% são indiferentes.

Em relação ao Coronavirus, apesar dos estudos apontarem que a Covid 19 matou mais negros que brancos, a maioria dos jovens (46,9%) acredita que a pandemia atinge a todos indistintamente. Já 39,8% acham que ela afetou mais os negros, pois grande parte da população negra é mais vulnerável social e economicamente.

A pesquisa também quis saber se os jovens hoje são menos racistas que a geração de seus pais. 48,7% acham que são menos racistas, 26,1% mais racistas, e 25,2% são tão racistas quanto. Ou seja, apesar de toda discussão em torno do tema e dos avanços, a soma dos que acham a nova geração mais ou tão racista quanto as anteriores, ainda prevalece.



Sobre a Microcamp

A Microcamp é a principal rede de escolas de tecnologia no país. Oferece cursos de informática, hardware e robótica, games e inglês. Em 43 anos de mercado, já formou mais de dois milhões de alunos no Brasil. Atualmente possui cerca de 60 mil alunos matriculados em suas 74 unidades. Além dos conhecimentos técnicos de cada curso, os alunos Microcamp desenvolvem competências e habilidades que os motivam a ter uma atitude empreendedora para conquistar objetivos pessoais e profissionais.

Geral: Medo, angústia, ansiedade, estresse e frustração são as principais queixas dos professores durante a pandemia

 

Pesquisa realizada pela Nova Escola indica que 72% dos educadores tiveram a saúde mental afetada

Redação/Hourpress

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Uma classe que teve sua rotina de trabalho bastante transformada pela pandemia do novo coronavírus foi a dos professores. De acordo com o censo escolar 2018 (Ensino Superior) e 2019 (Educação Básica) do Ministério da Educação, o Brasil tem 2,6 milhões de professores, entre educação básica, ensino superior, rede pública e privada. Durante a quarentena, eles passaram a lidar com reduções salariais, ameaças de desemprego, aumento da jornada de trabalho, possibilidade de volta às aulas presenciais mesmo em meio ao caos da saúde pública, medo, angústia e preocupação.

Além disso, os educadores tiveram que se adaptar repentinamente à modalidade remota, transformar as aulas presenciais em online, encontrar meios de entreter os alunos e fazer com que o processo de aprendizado continuasse. Esse cenário elevou o nível de cobrança por parte da escola, dos pais e dos alunos, que passaram a enviar mensagens 24 horas por dia aos professores, aumentando as frustrações diárias, o estresse, a ansiedade, a insônia; sem contar as dificuldades técnicas que muitos encontraram.

Com todas essas rápidas mudanças, a saúde mental dos professores foi comprometida. Antes mesmo da pandemia, a Organização Internacional do Trabalho considera, desde 1983, a classe docente como a segunda categoria profissional a sofrer com doenças de caráter ocupacional. Um estudo realizado pelo Instituto Península, "Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil", mostrou que, desde o início da quarentena, os professores relatam ansiedade durante as aulas remotas, e sobrecarga de trabalho. A CNN também publicou uma pesquisa realizada pela Nova Escola, indicando que 72% dos educadores tiveram a saúde mental afetada durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com o levantamento, ansiedade, estresse e depressão são os maiores distúrbios listados por professores, assistentes e coordenadores pedagógicos.

Segundo a psicóloga da Clínica Maia, Katherine de Paula Machado, a classe dos professores tende a sofrer mais os impactos psicológicos neste momento por se sentirem responsáveis pelos alunos e pelas aulas, como se fossem "super-professores". "O super-professor é aquele que nunca está cansado, nunca erra, é sempre educado e prestativo, aquele que está sempre sorrindo e pronto para educar. Mas isso não existe".

Katherine recomenda que estabelecer momentos de descanso, construir uma rotina de acordo com as novas necessidades, buscar atividades que promovam relaxamento e bem-estar, manter ativa uma rede socioafetiva, mesmo de maneira virtual, e reconhecer e acolher as emoções são medidas importantes para ajudar a lidar melhor com a atual realidade.

A psicóloga ainda cita que fazer uma listagem das atividades que a pessoa realiza no dia a dia ajuda bastante a ter uma real noção da produtividade, e auxilia a diminuir a sensação de mal-estar. E também, se possível, é primordial separar dentro de casa um local do trabalho, para que a mente possa "ligar e desligar a chave" de acordo com o ambiente.

Mas, quando todas as dicas acima forem colocadas em prática e mesmo assim os sintomas permanecerem, buscar ajuda profissional é a solução. "Procure um profissional da saúde mental para manejo da situação de forma conjunta. Lidar com sentimentos e emoções em momentos de crise não é uma tarefa fácil, ainda mais quando há muitas pessoas que dependem de nós".

Geral: Temporada de chuvas requer atenção com veículos e imóveis

 

Contratação de seguro para o automóvel e à residência são essenciais para amenizar danos causados


Redação/Hourpress

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Apesar do sol e calor do verão, esta época do ano é também um chamariz para um grande volume de chuvas e, não raro, enchentes. Para se ter uma ideia de como acontecimentos do tipo vêm impactando em prejuízos, no comparativo do ano de 2020 com 2019, a MAPFRE - uma das maiores companhias de prestação de serviços nos mercados segurador, financeiro e de assistência do mundo - constatou que a representatividade dos sinistros de veículos causados por eventos da natureza, como alagamentos e quedas de árvores, entre outros, frente ao total de sinistros, aumentou cerca de 15%.

O cenário reforça que a contratação de um seguro adequado para automóveis e até para imóveis são medidas preventivas eficazes para minimizar possíveis danos e prejuízos. No caso da aquisição do seguro auto, a cobertura popularmente conhecida como "total", abrange, além de incêndio, furto, roubo e colisão, danos comuns nesta época do ano, como inundação ao veículo, e queda de árvores ou muros, além de avarias por chuva de granizo. "Os veículos envolvidos em um sinistro gerado por eventos da natureza, tem 3,1 vezes mais possibilidade de ser uma indenização integral", informa Roberto Junior de Antoni, diretor de Operações da MAPFRE.

É importante lembrar que, para apólices de automóveis, danos causados pelo "agravo de risco", ou seja, aquele que o segurado tem ciência do perigo e mesmo assim expõe o veículo, podem levar à perda da cobertura, como, por exemplo, tentar atravessar uma área alagada mesmo sabendo da impossibilidade de realizá-la.

Quanto ao seguro do imóvel, é possível cobrir prejuízos ocasionados por enchentes por meio da contratação de cobertura específica na apólice. Além de alagamentos, é possível ainda se adquirir coberturas mais comuns e recorrentes, como vendaval e danos elétricos - os dois principais problemas notificados em período de eventos da natureza, em razão das intempéries climáticas.

"Tanto para o seguro de automóvel quanto o residencial, o consumidor deve procurar uma seguradora que possui planos de contingência para atendimentos nas situações de fenômenos da natureza, pois eles facilitam o processo de análise dos danos e a definição da cobertura.", ressalta Antoni. "Com esses planos bem definidos, assim que as notificações de sinistro são efetuadas pelos clientes, a seguradora consegue deslocar suas equipes e prestadores de serviço a partir de um atendimento simples, ágil e eficiente", complementa.


Dicas para evitar contratempos

Para o carro

- Não estacione o veículo embaixo de árvores ou placas publicitárias (outdoors), ou ainda próximo a muros;

- Procure estacionar o carro em locais com estrutura sólida e robusta; caso seja possível, pare em locais elevados, assim você previne que o veículo seja atingido se ocorrer um alagamento;

- Evite trafegar quando o nível da água estiver superior ao centro/metade das rodas (isso reduz a chance de aspiração de água pelo motor e o dano ao veículo);

- Se estiver dirigindo, mantenha as duas mãos ao volante, a distância indicada do veículo à frente, reduza a velocidade e ligue os faróis do automóvel.


Para o imóvel

- Mantenha a limpeza e manutenção dos telhados em dia;

- Desobstrua as calhas;

- Frequentemente, realize a limpeza de ralos, esgotos, galerias e valas;

- Retire entulhos dos quintais;

- Providencie a poda ou corte de árvores com risco de queda nos limites da propriedade do imóvel;

- Reforce (ou escore) muros e paredes pouco confiáveis.

Tunel do tempo: O impeachment de Collor de Mello

 


Luis Alberto Alves

No dia 28 de dezembro de 1992, o presidente brasileiro Fernando Collor de Mello tem seu impeachment oficializado pela Câmara dos Deputados, e é condenado à perda de seus direitos políticos até 2000.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Condessa de São Joaquim

 


Grande dama da sociedade paulista, desenvolveu diversos trabalhos beneméritos, inclusive junto à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Luís Alberto Alves/Hourpress

Poucos sabem que o nome real da condessa de São Joaquim era Rita Proost Rodovalho Lebre, nascida na capital paulista em outubro de 1844 e falecida neste mesmo mês, mas em 1900. Era esposa do conde de São Joaquim. Grande dama da sociedade paulista, desenvolveu diversos trabalhos beneméritos, inclusive junto à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A Rua Condessa de São Joaquim (foto) leva este nome desde 1916 e fica no bairro da Liberdade, Centro. 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Variedades: MIKI tem Pizzas Napolitanas no jantar

 

A deliciosa pizza 5 queijos

Restaurante kosher oferece 15 opções que também podem ser pedidas pelo delivery

Luís Alberto Alves/Hourpress

São Paulo é a cidade onde mais se consome pizza no Brasil e a segunda colocada no mundo, ficando apenas atrás de Nova York. Para manter essa tradição o MIKI, conhecido por sua cozinha internacional, incluiu  em eu cardápio 15 Pizzas Napolitanas preparadas com farinha italiana e submetidas a 48 horas de fermentação para ficarem  leves e crocantes.

Entre as redondas feitas artesanalmente, a Pizza de Atum é mais pedida. Coberta com o peixe fresco preparado em conserva pelo chef, ela vem nas versões Atum, com molho de tomate e cebolas marinadas (R$ 39,00) e Atum com Mozzarella que, além do peixe, também leva uma camada generosa do queijo (R$ 49,00). Outra opção com pescado é a Pizza de Anchova que combina molho de tomate fresco com filés do peixe importado e manjericão fresco (R$ 31,00).

A gostosa pizza de anchovas


Já, para quem adora queijo, a de 3 Queijos é perfeita. Ela vem com provolone, mozzarella, requeijão, molho de tomate e orégano (R$ 39,00). Outras opções são a clássica Marguerita feita com mozzarella, rodelas de tomate e manjericão fresco (R$ 35,00) e a Mozzarella com Alho Assado, coberta com molho, mozzarella e grãos de alho que derretem na boca (R$ 36,00).

Outras sugestões são a Pizza Parmegiana, feita com molho de tomate, mozzarella e fatias de berinjela (R$ 39,00), a de Tomate Seco com Rúcula que combina mozzarella, os tomates secos feitos pelo chef e folhas de rúcula (R$ 39,00) e a Marinara com Alho Confitado que vem com molho de tomate, lascas crocantes de alho e especiarias (R$ 29,00)

Para quem não consome carne, o MIKI tem a versão Vegana com molho de tomate, cogumelos temperados, berinjela, abobrinha, cebola marinada e perfume de orégano (R$ 29,00) e a Fugazza, coberta com cebola marinada, azeite e orégano (R$ 22,00).

A ecológica pizza vegana


Além das Pizzas, o MIKI tem uma cozinha internacional com pratos com peixes, massas e risotos. A casa também serve Lanche da Tarde com pães, sanduíches, bolos, doces, milkshakes e bebidas quentes que deixam o bate papo ainda mais gostoso.

Respeitando as medidas preventivas contra a covid-19, a casa oferece almoço, lanche da tarde e jantar e também seus pratos pelo delivery. O cardápio está disponível no mikimenu.com.  Reservas e encomendas podem ser feitas pelo WhatsApp 11 95336-0785 e os pedidos de delivery pelo 11 98791-0065.

 SOBRE O MIKI

Na cozinha kosher do MIKI todos os ingredientes são selecionados e preparados sob a supervisão de um mashguiach que faz o controle das matérias primas e do preparo dos pratos servidos nas mesas e pelo delivery.

Com ambiente clean e decoração moderna, o MIKI está dividido em vários espaços para receber até 120 pessoas. São dois salões e um terraço com teto retrátil para quem quer comer ao ar livre, além de um salão para eventos com capacidade para até 80 pessoas no piso superior.

Além de ambientes diferenciados a casa disponibiliza toda estrutura para realização de Confraternizações, Treinamentos, Cursos, Eventos Corporativos, Aniversários, Mini Weddings e Sheva Berachot, entre outras celebrações.

 Funcionamento:

Atendimento presencial, conforme legislação vigente.

Horários do Delivery:

Segunda a quinta: almoço - das 12h às 15h, jantar - das 19h às 22h. 

Sexta-feira: somente almoço, das 12h às 15h. 

Sábado: somente jantar.

Domingo: almoço a partir das 12h, seguido de jantar

Endereço:

Rua Dr. Veiga Filho, 181, Higienópolis - São Paulo

Serviço de Valet

mikikosher.com (delivery)

mikimenu.com (restaurante)

Variedades: Dom Pescoço lança Chucro, terceiro disco da carreira, em que brinca com o inusitado e a pluralidade musical

 "A nossa principal influência é a pluralidade de ritmos e estilos"

Redação/Hourpress

Fernanda Baldo

Em 1971, Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Edy Star e Miriam Batucada se reuniram para gravar e lançar o disco A sociedade da grã-ordem kavernista apresenta sessão das dez. Retirado de circulação pela gravadora, ignorado pelo mercado, pela crítica e pelo público na época, o trabalho, que transborda humor, criatividade, sensação de não pertencimento e mescla de gêneros musicais, viria a ser cultuado apenas anos depois. É nele que a banda Dom Pescoço se inspirou na hora de arquitetar o seu terceiro álbum da carreira, Chucro, que chega hoje, 19 de janeiro, aos aplicativos de streaming (ouça aqui). 

Com a pré-produção feita na zona rural de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, Chucro inicia e termina com vinhetas com sons dos gansos da região - o animal também foi parar na imagem de capa do trabalho. Entre a faixa que abre o disco e a que encerra, outras 11 são responsáveis por apresentar o universo sonoro construído pela Dom Pescoço, que é formada por Dom de Oliveira (baixo e voz), Gabriel Sielawa (violão nylon, teclado, guitarra e voz principal), Passarinho (bateria, programação e voz) e Rafael Pessoto (guitarra e voz).

"A nossa principal influência é a pluralidade de ritmos e estilos", comenta Dom de Oliveira. "Com  Chucro, acredito que  conseguimos criar uma unidade nos arranjos e nos centramos em uma música mais reta e mais madura", completa. Não à toa, é possível encontrar uma variedade de referências musicais ao longo da audição do disco.

O  brega, por exemplo, surge em "Mesa 13"; e "Me Faz Lembrar" parte de uma base de ijexá (ritmo de origem africana). Enquanto "Leve" buscou inspiração na cena contemporânea do Brasil, como Kiko Dinucci e Siba, a faixa "Luvoar" teve como escola a obra de Gilberto Gil.   Apresentada como primeiro single, "Delicadinho" virou uma balada anos 1980 (assista ao videoclipe aqui) que fala de amor. Inclusive, a pegada love song também é marca de "Mais de Perto". 

As vinhetas "Eu vou/não vai não" e "Pegue Um Pano", além das canções "Qualquer Lugar", "Imamaiah", "Fogo", completam a tracklist de Chucro, surgido ao modo do inusitado kavernístico e brincando com o lúdico em sua produção.

Ouça Chucro aqui