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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Política: Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, poderá ficar inelegível até 2026

 




Resultado final de julgamento deve sair na quinta-feira

Agência Brasil 

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, poderá se tornar inelegível, já para esta eleição, se for confirmado o resultado parcial do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), durante julgamento nesta segunda-feira (21). Seis dos sete desembargadores decidiram condenar o prefeito pela realização de um evento político ocorrido em 2018, quando funcionários públicos foram levados em carros oficiais da prefeitura. Um dos desembargadores pediu vista e o resultado final só será conhecido na sessão da próxima quinta-feira (24).

Os seis desembargadores votaram pela condenação de Crivella por abuso de poder político, pela participação de funcionários da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) em evento político, nas eleições de 2018, em apoio a seu filho, Marcelo Hodges Crivella, que concorria a deputado federal, mas não se elegeu. A condenação votada pela maioria prevê o pagamento de multa no valor de R$ 106 mil e à inelegibilidade pelos próximos 8 anos, a contar de 2018.

A prefeitura se manifestou em nota, adiantando que o prefeito vai recorrer da decisão: “O julgamento ainda não terminou. Após concluído e publicada a decisão, no prazo legal, a defesa do prefeito Marcelo Crivella entrará com recurso. O prefeito poderá participar do pleito”.

Em outro processo, referente ao encontro Café com a Comunidade, que ficou conhecido como Fale com a Márcia, o relator, desembargador Cláudio Del´Ortto, votou pela improcedência dos pedidos de condenação, sendo acompanhado pelos demais. Neste caso, a acusação era de que o prefeito teria oferecido em 2018 facilidades a pastores e líderes de igrejas, entre as quais cirurgias de cataratas e de varizes para fiéis, além de assistência a pastores que tivessem problemas com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em seus templos.


Política: Saiba o que é preciso para estar em dia com a sua contabilidade para disputar eleição



É bom reforçar que o pré-candidato não pode ter nenhum processo administrativo junto ao setor público e processos criminais

Fábio Barretta

O candidato precisa ter o registro de filiação a um partido político, participar ativamente de todas as reuniões partidárias e ter ficha limpa. E após cumprir essas qualificações iniciais, o pré-candidato apresenta suas intenções, juntamente do seu plano de governo

Depois de fazer o seu cronograma de ações e planejamento ele deve, independentemente se concorrer a vereador ou prefeito, se preocupar com a sua contabilidade.  

É preciso anexar documentos pessoais, atestado de antecedentes criminais federal, comprovar aporte financeiro para a campanha e aguardar a aprovação partidária e na sequência, participar da convenção que indicará sua candidatura ou não.

É bom reforçar que o pré-candidato não pode ter nenhum processo administrativo junto ao setor público e processos criminais, inclusive débitos na dívida ativa, ou seja, comprovar regularidade fiscal no CPF, para emissão do CNPJ da campanha. Todos os comprovantes devem ser enviados, no prazo de até dois dias da publicação do edital de registro de candidatos, do respectivo partido político ou coligação.

Atualmente, além da Lei de Ficha Limpa, os candidatos devem seguir também a Lei geral de proteção de dados, justamente para evitar o que houve na última eleição com robôs distribuindo as famosas notícias falsas de candidatos.

Além de todas providencias e seguir uma série de determinações da justiça eleitoral, os candidatos obrigatoriamente necessitam declarar todo o valor, inclusive patrimonial para mostrar transparência de sua campanha política, declarando bens mobiliários. Se houver participação em empresas, deve também renunciar a cargos de confiança e se licenciar quando for do setor público.

Fábio Barretta é diretor executivo desde 2018 da COAN- consultoria contábil. É bacharel em ciências contábeis desde 2005 pela PUC/SP.  

Artigo: Como reorganizar seu negócio na retomada pós crise

 


Tais como, entender como seu produto será consumido neste momento, seja em produtos ou serviços

Conceiyção Montserrat

Passamos nos últimos meses por todas as dificuldades e incertezas, vendo as empresas ou os negócios ruírem ou entrarem em colapso de uma hora para outra. Tudo que você trabalhou por anos, sendo dissolvido e seus sonhos e patrimônio deixando de existir.

Além da sequela financeira, fica o dano emocional, por “perder” de uma hora para outra, algo que você lutou tanto para conseguir. Antes de mais nada, é importante separar todas as coisas.

Sabemos o quanto é difícil dissociar a emoção da razão e neste caso, no campo profissional, é importante contratar um profissional para uma consultoria pontual, porque ele poderá de forma imparcial lhe orientar sobre qual a melhor forma de se reorganizar ou lhe indicar uma nova opção de projeto.

Quando direcionamos uma difícil decisão a um profissional capacitado, ele poderá de forma imparcial, entender suas fragilidades e lhe auxiliar a compor a retomada no mundo dos negócios. Se o emocional e a empresa estão em ruínas, direcione a alguém que possa lhe ajudar a recompor suas emoções e sua estrutura no mercado, porque normalmente quando estamos em crise não raciocinamos corretamente e o profissional lhe dará novas opções e fará as correções necessárias para sua retomada.

Para quem conseguiu manter sua empresa algumas dicas são importantes, tais como, entender como seu produto será consumido neste momento, seja em produtos ou serviços. Entender quem é o público que consome, o que eles gostam ou necessitam ajudará você a direcionar sua produção. Seja melhorando ou adaptando a matéria prima e até mesmo oferecendo a eles o que de fato necessitam, mas não sabem como encontrar.

Contratar profissionais que entendam o conceito da empresa e os produtos oferecidos para o mercado, seja um funcionário ou dezenas, pode fazer toda a diferença. O auxílio de um profissional capacitado poderá aliviar a carga na seleção de pessoas por exemplo, que representem os interesses da empresa no mercado.

A relação entre empresa e funcionários/colaboradores precisa ser humana. Entender as necessidades e compor a melhor solução entre as partes é absolutamente fundamental nesta nova fase empresarial que estamos iniciando.

Selecionar com critérios os fornecedores para melhorar os custos de produção ou de serviços representa economia e eficiência logo ali adiante. Se for produto, verificar o que lhe resulta no melhor custo/benefício e no caso de serviços, o que poderá oferecer para seu cliente dentro de seu custo que possa fidelizar e manter o interesse em outros serviços prestados por sua empresa.

Pensar em sustentabilidade interna, otimizando o aproveitamento de materiais na execução de seus produtos, pensando em uma forma de aproveitar as sobras e direcionar para um reaproveitamento de seus resíduos. Isto poderá vir a tornar-se uma outra fonte de renda para sua empresa e não direcionar os lucros para terceiros.

Poder consultar um profissional que faça um levantamento de custo no planejamento de logística, orientando você a montar sua empresa em local que tenha uma lucratividade maior para a produção e escoamento de seus produtos, gerando maior lucratividade. Muitas empresas hoje estão mal localizadas e isto gera um custo alto para o escoamento e não possui visibilidade comercial adequada para seus clientes.

Outra questão importante é como você se mostra para o mercado e seus clientes. Será que sua marca e seu conceito estão sendo compreendidos pelo seu público alvo? Estas e outras questões são importantes na retomada no mercado após a crise que enfrentamos.

 A concorrência aumentou muito com o mundo virtual, todos estão tendo a oportunidade de mostrar seus produtos e serviços e cabe a você apresentar seus produtos da forma certa para que seu público se identifique com você e seja seu seguidor por afinidade ou engajamento. 

 A palavra de ordem atualmente é SER FLEXÍVEL, ressignificando sua empresa, seu negócio, sua prestação de serviços. O mundo pede inovação, novidades e é necessário renovar, seja na forma de venda, nos produtos e como seus clientes veem você.

 Recomece sem medo, focado, direcionado e conquiste mais do que você teve antes da pandemia, aproveite para renovar e mostrar toda sua habilidade nesta nova fase virtual e online. Para quando a situação equalizar ter a oportunidade de construir novos formatos e maiores possibilidades em seu negócio e sua vida.

Rever seu negócio, olhar com outros olhos e sob uma nova perspectiva, ser mais flexível, muitas vezes auxilia você a descobrir que possui outras aptidões que por conta do excesso de trabalho não percebeu, ressaltando atrativos para o seu negócio atual, podendo ser trocado ou acrescentado como uma nova oportunidade

Neste caso, começar em outro formato com novas descobertas e oportunidades tem ocorrido bastante neste processo final de pandemia. Pessoas que encerraram suas atividades empresariais, mas que agora descobriram outras formas de fazer negócios tem sido um número bem expressivo no mercado.

Recomeçar é sempre inovador e estimulante, levar para este novo negócio suas experiências e garra fará de você com certeza um vencedor.

Consulte sempre alguém, para que possa acrescentar informações e orientar em nossa nova forma de linguagem e acesso ao seu público alvo.

Boa sorte a todos!

Conceiyção Montserrat CEO da Montserrat Consultoria

Economia: Agrofloresta diversifica produção e gera mais renda para a Agricultura Familiar

 

Sistema permite colheita o ano todo de diferentes culturas alimentares

Redação/Hourpress

Os sistemas agroflorestais, por sua diversidade de produtos na mesma unidade de área e manejo, são sistemas de produção ideais para agricultores familiares. Isso porque as famílias não dependem apenas de um produto, têm colheita diversa ao longo de todo o ano, além de tirar da produção os alimentos para seu próprio consumo.

Graças à alta diversidade proporcionada pelo sistema, árvores frutíferas, madeireiras, plantas graníferas (produção de grãos), forrageiras e até medicinais e ornamentais, convivem numa mesma área. Cada cultura é implantada no espaçamento adequado ao seu desenvolvimento e às suas necessidades de luz, fertilidade, arquitetura e porte, que são cuidadosamente combinadas por métodos específicos.

Segundo os engenheiros florestais e fundadores da PRETATERRA, uma iniciativa que se dedica à disseminação de sistemas agroflorestais regenerativos pelo mundo, Paula Costa e Valter Ziantoni, o sistema é planejado para permitir colheitas desde o primeiro ano de implantação. “A ideia é que o agricultor tenha rendimentos oriundos de culturas anuais, como hortaliças e frutas de ciclo curto, enquanto aguarda a maturação das espécies florestais e das frutíferas de ciclo mais longo. Isso garante produtos disponíveis para a comercialização em diferentes épocas do ano e ao longo do tempo, incrementa a renda e aproveita melhor a mão de obra familiar”, salienta Paula.

Ziantoni acrescenta que, além do benefício econômico, há inúmeras vantagens ambientais, como a recuperação da fertilidade dos solos, com redução de erosão, aumento da infiltração de água, e consequentemente, a conservação de rios e nascentes. “Podemos destacar ainda o aumento da diversidade de espécies, o que privilegia o controle natural de pragas e doenças, não apenas na propriedade, mas a nível da paisagem como um todo”.

“Dessa forma, a diversificação de produtos, a maior segurança alimentar, a sustentabilidade ambiental, o incremento na fertilidade do solo e a redução gradativa nos custos de produção fazem da agrofloresta uma excelente opção para a agricultura familiar no Brasil”, reforça Paula.

A importância da comercialização

Os engenheiros da PRETATERRA lembram que a comercialização é um ponto-chave para o sucesso da produção agroflorestal. Existem diversas oportunidades para comercialização, dependendo da diversidade de produtos, grau de beneficiamento e valor agregado, proximidade com o mercado consumidor e organização da comunidade onde o agricultor está inserido.

Diante disso, Ziantoni explica que, além do design agroflorestal, é de suma importancia que seja feita uma minuciosa modelagem financeira, incluindo todos os custos de formação do sistema com detalhes sobre o tempo de retorno do investimento, TIR (Taxa Interna de Retorno) e VPL (Valor Presente Líquido).

Sobre a PRETATERRA

Iniciativa que se dedica à disseminação de sistemas agroflorestais regenerativos, desenvolvendo designs replicáveis e elásticos, combinando dados científicos, informações empíricas e conhecimentos tradicionais com inovações tecnológicas, construindo um novo paradigma produtivo que seja sustentável, resiliente e duradouro.  

Na vanguarda da Agrofloresta, a PRETATERRA projetou, implementou e modelou economicamente o design agroflorestal que ganhou, em 2019, o primeiro lugar em Sustentabilidade do Prêmio Novo Agro, do Banco Santander e da ESALQ, com o case “Café dos Contos”, em Monte Sião (MG).

Economia: Cooperativismo e regularização fundiária transforma o sonho da casa própria em realidade

 


Soluções alternativas como o cooperativismo tem conquistado cada vez mais espaço nesse objetivo

Redação/Hourpress

Um modelo de negócios que transforma a vida de milhões de pessoas, concretiza sonhos e viabiliza alcança-los através da cooperação mútua. Assim é o cooperativismo, um movimento que cresce exponencialmente no mundo todo e, hoje, está presente em mais de 150 países. No Brasil, as cooperativas habitacionais se destacam em meio a um cenário com 7 milhões de famílias desabrigadas e uma superpopulação nas favelas em constante crescimento. Se o poder público não tem conseguido articular projetos e avançar no equilíbrio do sistema habitacional do País, soluções alternativas como o cooperativismo tem conquistado cada vez mais espaço nesse objetivo.

 Em São Paulo, a CICOM, uma cooperativa habitacional que há anos luta no combate ao déficit habitacional através da construção de moradias de baixo custo, agora, se coloca à frente daqueles ainda em situação de maior vulnerabilidade, e anuncia uma parceria para a viabilizar a regularização fundiária nos municípios paulistas e minimizar os impactos dos problemas habitacionais do País, como o número de habitações irregulares, que hoje somam 4,35 milhões.

O novo projeto da CICOM beneficiará cidadãos que residem em locais urbanos impróprios, normalmente fruto de ocupações, que não dependem do pagamento de aluguel, mas também não podem chamar sua moradia de “casa própria”, já que as condições desses imóveis são irregulares. Isso faz da CICOM uma referência no cooperativismo habitacional, oferecendo duas frentes de atuação na defesa à garantia e proteção do direito constitucional à moradia”, explica Carlos Massini, diretor executivo da cooperativa. Essa nova atuação de trabalho conta com a colaboração da GEOLINE Engenharia, que soma os seus 26 anos de experiência à área de regularização fundiária, seguindo os preceitos e valores do cooperativismo, sustentados pelos pilares da participação, transparência, segurança, garantia e qualidade.

A regularização fundiária é premissa para que se viabilizem condições de infraestrutura nas comunidades, tais como o água, luz, esgoto, asfalto, etc. A partir de um espaço urbanizado, tem-se como ganhos a evolução e o crescimento adequados das cidades, bem como o aumento da qualidade de vida da população. No entanto, é um processo que contém aspectos técnicos, burocráticos e jurídicos e, portanto, a CICOM e a GEOLINE trabalharão para garantir que todas as etapas sejam realizadas de forma adequada e o no menor tempo possível após aprovação da comunidade e agentes locais.

Com o intuito de mudar o futuro da habitação no País e reduzir o número de moradias irregulares no Estado de São Paulo, a cooperação da CICOM oportuniza um futuro mais seguro e promissor a essas comunidades, desenvolvendo as regiões abrangidas pelo projeto e auxiliando o poder público no cumprimento de suas metas, através de meios legais e independentes de parceria.

Observa-se que a regularização fundiária pressuponha o interesse particular em fazer valer direitos, assegurar estabilidade e qualidade de moradia e de vida, mas que atende também a méritos públicos. Massini conclui que “Com custo zero para o município, o subsídio ao projeto é privado, e totalmente adaptável à realidade das comunidades atendidas, que após a regularização trarão como resultado novos recursos ao poder público como qualquer outra moradia regular, possibilitando a reversão da arrecadação de impostos, como o IPTU por exemplo, às próprias comunidades através de melhorias, principalmente, na saúde e educação dessas regiões”.

Como ocorre

A regularização fundiária seguirá um planejamento, que se inicia com a abordagem às comunidades, a partir da confirmação de interesse das próprias famílias. Através de levantamentos cartoriais e estudos de caracterização, iniciam todos os processos e ações de cunho jurídico, para que se legalize a posse. 

Por meio da regularização urbanística, realizada por meio de projetos que representem a realidade fática, se estabelece condições de melhoria na habitabilidade e infraestrutura local, para que se necessário, haja a indicação sobre a implementação de novas medidas. Ações ambientais, que assegurem um meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de ações sociais, que promovam a participação e a melhoria da comunidade local são requisitos fundamentais, que completam as etapas do projeto.

Habitação no Brasil

  • 6,9 milhões de família estão desabrigadas (University College London 2019);

  • 70% é o crescimento de moradores em favelas nos últimos 10 anos (IBGE 2010);

  • 7,7 milhões é o déficit habitacional em número de residências (FGV 2018);

  • 3 milhões de famílias sofrem com o ônus do aluguel excessivo (Fundação João Pinheiros 2019).

 

Realidade em São Paulo

  • 1,16 milhão é o déficit habitacional em número de residências (Secretaria de Habitação - Plano Estadual de Habitação de São Paulo 2011- 2023);

  • 3,19 milhões de moradia em condição de inadequação habitacional (Secretaria de Habitação - Plano Estadual de Habitação de São Paulo 2011- 2023)

  • 2 milhões moram em favelas e cortiços (IBGE 2010);

  • 391 mil moradias em espaços precários (Centro Gaspar Garcia 2019).

 

O processo de regularização fundiária está registrado na Lei Federal 11.977/2009, Medida Provisória 759 de 22 de dezembro de 2016 e Lei Federal 13.465/2017, fazendo cumprir o princípio da função social da propriedade estabelecido na Constituição Federal e no Estatuto da Cidade. Além disso, amplia as perspectivas para financiamentos para a construção e melhoria física dos imóveis.

 

Artigo: Mitos e verdades sobre a telemedicina

  


Dra. Renata Zobaran

A pandemia do coronavírus escancarou uma série de dificuldades do Brasil, ao mesmo tempo, as condições impostas pela doença aceleraram alguns serviços e trouxeram novas possibilidades. Foi o que aconteceu com a telemedicina - termo que você já deve ter ouvido falar com frequência nos últimos meses. A tele consulta, modelo de atendimento digital, até então motivo de muita discussão na área médica, ganhou grande força e importância com o isolamento social. A tendência é que as consultas à distância façam parte da rotina dos brasileiros no novo normal. Pensando nisso, a médica e diretora de saúde da TopMed, Renata Zobaran, analisa os mitos e verdades que envolvem o termo. Confira: 

1- O atendimento médico à distância substitui a consulta presencial 

MITO 

De acordo com Zobaran, o atendimento médico à distância é um método de atendimento que proporciona mais conforto e facilidade de acesso aos pacientes, com segurança. Porém ele não substitui a consulta presencial em todos os casos, principalmente quando falamos de pacientes com doenças crônicas em acompanhamento periódico.

2- Telemedicina é um conceito utilizado apenas para consultas médicas 

MITO

“Telemedicina é o termo amplo cujo conceito significa o uso da tecnologia no atendimento médico não presencial. Telemedicina e teleconsulta não são sinônimos, pois a teleconsulta é apenas um dos métodos existes de exercer a telemedicina. Outros exemplos de uso da telemedicina são laudos médicos avaliados e emitidos de forma remota, cirurgia robótica, entre outros. Quando esse formato de atendimento remoto não tem médico em uma das pontas, mas envolve outros profissionais de saúde, não podemos denominar telemedicina”, explica Dra. Renata. 

3- Outros profissionais da saúde também podem usar o atendimento à distância para trabalhar

VERDADE

Temos visto o uso do termo ‘’telemedicina’’ de maneira equivocada quando falamos de serviços em atendimento à distância. Veja: telemedicina é o atendimento a distância realizado exclusivamente por médicos. Mas, isso não significa que apenas eles possam usufruir desse método. Psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e educadores físicos, por exemplo também podem atender à distância. Nestes casos, o termo correto é “telessaúde”. E o ideal é nos familiarizarmos com termos como tele enfermagem, tele psicologia, e assim por diante, pois torna mais específico o serviço remoto ao qual estamos nos referindo. 

4- Atendimentos online são possíveis apenas via planos de saúde

MITO 

Cada vez mais, o serviço de atendimento à distância têm sido compreendido como facilitador na manutenção da vida. E, desde a chegada da pandemia, essa visão foi acelerada por diversos órgãos e empresas. A Prefeitura de Florianópolis, por exemplo, passou a oferecer um serviço de atendimento pré-clínico, para informação e orientação em saúde por telefone, videochamada ou chat gratuito aos residentes da capital que possuírem cadastro no SUS. Inclusive com direcionamento para suas equipes de saúde da família, sempre que necessário, de forma ágil e segura. Fora isso, empresas também estão contratando os serviços de cuidados em saúde à distância com objetivo de proporcionar mais conforto e segurança para funcionários e seus familiares. “A telessaúde veio para ficar e o número de canais que oferecem esse serviço continuará crescendo”, explica Dra. Renata. 

5- Atendimentos médicos online foram regulamentados no Brasil apenas com a chegada da pandemia 

MITO

A telemedicina é regulamentada no Brasil desde 2002, pela Resolução do CFM nº 1.643, e a mesma não traz impedimentos a realização de orientações e/ou consultas médicas a distância, mas é omissa em detalhar essa atividade.  Porém, com a declaração da pandemia do covid-19 em março deste ano, a necessidade de uma nova regulamentação para orientar sobre obrigações mínimas para a realização de tele consulta médica tornou-se fundamental. Pois dessa forma conseguiríamos manter em segurança, dentro de suas casas uma grande parcela da população brasileira. 

Assim, o presidente da república assinou a lei nº. 13.989, em 15/04/2020, autorizando o uso da telemedicina enquanto durar a crise ocasionada pelo coronavírus. Além disso, conselhos regionais de medicina (CRM) de alguns estados pronunciaram-se com resoluções regionais autorizando a realização de consulta, orientação e acompanhamento médico utilizando a Telemedicina, desde que garantindo o sigilo e nos termos da Portaria do Ministério da Saúde nº. 467/20. Apesar de a Lei federal e as resoluções estaduais de alguns CRMs permitirem o uso da telemedicina apenas enquanto durar a pandemia no país, é praticamente certo que o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicará uma nova resolução sobre o tema ainda em 2020.

“Conhecer as infinitas possibilidades do atendimento remoto é o primeiro passo para a população aderir e se aculturar, cada vez mais, aos novos modelos de atendimento. Por isso, compartilhar informações relevantes sobre o tema é fundamental para o acesso a uma saúde mais coesa e inclusiva”, concluiu Dra. Renata. 

Dra. Renata ZobaranMédica formada pela UFCMPA em 1993, fez residência em gastroenterologia e mestrado em hepatologia. Até 2007 atuou na área de gestão em saúde, em Operadoras de planos de saúde. Tem pós graduação em Gestão empresarial pela FGV


Saúde: Permanecer muito tempo sentado pode provocar até problemas hormonais

 


Tudo no corpo está conectado e até mesmo os problemas gástricos podem se refletir no sistema nervoso

Redação/Hourpress

Já pensou quanto tempo você fica sentado ou numa mesma posição durante o dia? Seja em casa, no trabalho ou no transporte, permanecer muitas horas sem se movimentar pode trazer uma série de danos à saúde, muito além das dores nas costas. O PhD em Neuroanatomia e fisioterapeuta, Mario Sabha, explica que o hábito pode provocar até mesmo desequilíbrio hormonal.

Além do encurtamento muscular que aumenta o risco de lesões e dores, esse hábito pode causar um desajuste na comunicação correta entre os nervos da coluna vertebral, o sistema nervoso central e o sistema nervoso autônomo, responsável por controlar automaticamente a respiração, os batimentos cardíacos e a digestão. “Além de problemas posturais, as pessoas sentem dores, inflamações e, às vezes, desequilíbrios hormonais”, explicou.

O especialista explica que o desajuste desta sintonia pode causar as parestesias, conhecidas também como formigamentos, que irradiam para os braços. “Muitas vezes, esse sintoma leva a pessoa a procurar cardiologistas e endocrinologistas temendo alguma síndrome, doença cardíaca, metabólica ou problemas de cólon irritável. Isso é um desajuste na transmissão neural entre o sistema nervoso autônomo, o cérebro e o órgão comprometido que não aparece em exames laboratoriais, mas com ajustes simples na coluna, conseguimos minimizar”, ressaltou o PhD.

O criador do Método Sabha explica que tudo no corpo está conectado e até mesmo os problemas gástricos podem se refletir no sistema nervoso e causar alterações na coluna, provocando desconfortos que duram por anos a fio. Por isso, ressalta, além de praticar atividades físicas diariamente, é imprescindível fazer o alinhamento do corpo. "Já atendi pacientes com esse tipo de problema. A leitura deles era só com relação às dores nas costas, mas havia outros sintomas como taquicardia, pressão alta, ressecamento na boca e olhos, aumento de salivação e dificuldade na evacuação”, disse.

Segundo Sabha, por meio de terapias integrativas que reequilibrem o Sistema Orgânico como um todo, como a osteopatia e a quiropraxia, é possível identificar o problema e tratá-lo de forma adequada. “Um profissional que consegue fazer a leitura do organismo como um todo, não faz apenas um ajuste mecânico. Quando fazemos essa sintonia fina, conseguimos proporcionar melhor circulação e nutrição celular para os pacientes, pois isso confere o bem-estar e resultados rápidos dos sintomas, seja no sistema cardiovascular, cardiopulmonar, endócrino e até mesmo no sistema digestivo”, concluiu.