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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Veículos: Scania apresenta sua primeira linha de caminhões elétricos na Europa

 

Lançada ontem (15), na Suécia, a linha de veículos comerciais elétricos da montadora traz mais uma opção sustentável


Luís Alberto Alves/Hourpress

Divulgação

Com o histórico comprovado da Scania no fornecimento de caminhões premium a diesel e com combustível renovável, o lançamento marca um passo significativo no desenvolvimento da empresa. Nos próximos anos, a Scania continuará desenvolvendo veículos eletrificados para todas as aplicações, incluindo longa distância e para o segmento da construção.

“É com muito orgulho que anunciamos o início do compromisso com eletrificação”, disse o Presidente e CEO Global da Scania, Henrik Henriksson. “Nos próximos anos, lançaremos produtos eletrificados anualmente para toda a nossa linha de veículos, para isso estamos reorganizando nossas unidades fabris. Em alguns anos, também teremos caminhões elétricos de longa distância, adaptados para carregamento rápido durante os períodos de descanso obrigatórios dos motoristas”, comentou Henriksson.

A eletrificação da frota de caminhões comerciais pesados é decisiva para atingir a meta do Acordo de Paris, que limita o aquecimento global a menos de 2°C. Os veículos elétricos serão, portanto, cada vez mais uma opção atraente para os clientes. A Scania irá, nos estágios iniciais, desenvolver e implementar caminhões híbridos e totalmente elétricos em parceria com seus clientes. 

Os veículos movidos a combustíveis alternativos e eletrificados fazem parte da estratégia global de sustentabilidade da Scania e são implementados nos mercados em que a marca atua conforme condições locais de infraestrutura e econômicas. No Brasil, por enquanto, os caminhões movidos a gás natural e biometano são a melhor opção para clientes e embarcadores que estão empenhados na redução de emissão de gases do efeito estufa. Os veículos elétricos ainda não têm data para chegar ao mercado brasileiro. 

Os modelos: totalmente elétrico e híbrido plug-in

O caminhão totalmente elétrico é oferecido com cabines das séries L e P, está equipado com uma bateria de 165–300 kWh para o motor elétrico de 230 kW, equivalente a aproximadamente 310 CV. Os clientes podem selecionar cinco ou nove baterias, chegando a alcance de até 250 km com uma única carga. 

O caminhão híbrido plug-in também está disponível para cabines das séries L e P. Neste modelo será possível viajar longas distâncias em modo de motor de combustão e até 60 km em modo elétrico. Combinado com combustível renovável, os operadores podem reduzir significativamente o impacto climático. Ambas as tecnologias se baseiam no sistema modular com componentes testados e aprovados em toda a linha de caminhões da Scania, famosos por sua durabilidade e confiabilidade. 

"Embora os veículos eletrificados em certos aspectos representem uma nova tecnologia, tomamos todas as medidas possíveis para garantir que aplicamos os mesmos critérios de disponibilidade usados em nossos outros caminhões", disse Anders Lampinen, Diretor de Novas Tecnologias. "Scania significa qualidade premium e nem é preciso dizer que essa também é uma característica de nossos caminhões elétricos”, pontua o executivo.

Além do transporte de carga geral e refrigerada, os caminhões elétricos podem ser utilizados, de forma lucrativa, com carrocerias basculantes, betoneiras e coletores de lixo, bem como para serviços de combate a incêndio e resgate. 

"Estamos convencidos de que os clientes inovadores estarão ansiosos para liderar o caminho da eletrificação, dando os primeiros passos na preparação de suas frotas para o futuro", diz Lampinen. "Em empresas de transporte com grandes frotas, a implementação oferece uma oportunidade antecipada de ganhar experiência nesta área. Enquanto isso, sabemos que grandes compradores de transporte estão interessados em reduzir a emissão de gases do efeito estufa."

Tanto o caminhão híbrido plug-in quanto o totalmente elétrico serão essenciais para operar no número crescente no mundo de áreas urbanas ao redor com zonas centrais de baixa emissão de gases. Eles também fornecem oportunidades para maior utilização do veículo. Com entregas silenciosas, os serviços de transporte podem ser estendidos até tarde da noite e de manhã cedo, evitando congestionamentos e dificuldades de estacionamento. Estudos mostram que entregas fora do horário de pico podem ser 30% mais rápidas do que em rotas de transporte diurnas equivalentes, graças ao estacionamento mais simples nos pontos de entrega, menos filas, velocidades mais altas e sinais verdes mais frequentes nos cruzamentos.

O caminhão totalmente elétrico vem com a opção de cinco baterias para um total de 165 kWh ou nove baterias para 300 kWh de capacidade instalada. Com a remoção do motor de combustão, uma bateria é colocada no antigo túnel do motor com as quatro ou oito baterias restantes colocadas ao longo da lateral do chassi.

As baterias podem ser carregadas por 130 kW CC, usando um conector de Sistema de carregamento combinado (CCS). O tempo de carregamento é inferior a 55 minutos para a opção de cinco baterias e menos de 100 minutos para a opção de nove. Enquanto isso, as baterias são continuamente carregadas em movimento, por meio de energia de frenagem regenerativa.

Como o caminhão híbrido plug-in também possui uma unidade de motor de combustão, o espaço disponível para as baterias é menor. Ele é equipado com três baterias para uma capacidade instalada de 90 kWh para o motor elétrico de 115 kW. O tempo de carregamento de zero a 80 por cento é de aproximadamente 35 minutos e, além de carregar por meio de energia de frenagem regenerativa, a energia da bateria pode ser completada durante a carga e descarga. O trem de força elétrico é combinado com um motor de combustão de 280–360 CV. O alcance apenas com o modo elétrico é de 60 km. 

Com o modo silencioso de ambos os caminhões e a notável aceleração do caminhão totalmente elétrico de 2200 Nm de torque, eles oferecem uma experiência de direção muito diferente e estimulante. "Sabemos que existem muitos motoristas jovens e experientes que serão atraídos não apenas por contribuir de forma tangível para transportes sustentáveis, mas também pela oportunidade de estar entre os primeiros na estrada com esses caminhões do futuro."

Internacional: OMS alerta para aumento da covid no inverno no hemisfério norte

 

Organização alerta para aumento de internações em alguns países


Agência Brasil 

Arquivo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quarta-feira (16) que a covid-19 está se espalhando em um ritmo preocupante em algumas partes do hemisfério norte, a poucos meses da temporada de gripe devido ao inverno na região.

"Estamos começando a ver tendências preocupantes em alguns países", disse Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para covid-19, durante uma transmissão por rede social.

"Estamos vendo aumentos nas internações, em unidades de terapia intensiva, principalmente na Espanha, França, Montenegro, Ucrânia e alguns estados dos Estados Unidos. Isso é preocupante porque ainda não vimos a temporada de gripe."

Van Kerkhove também disse que as hospitalizações de pessoas entre 15 e 49 anos de idade infectadas com a covid-19 estão aumentando em vários países.

Mike Ryan, o principal especialista da OMS para emergências, aconselhou as pessoas com alto risco de infecções por covid-19 a se vacinarem contra a gripe.

Política: Rodrigo Maia está com covid-19

 

Presidente da Câmara apresenta sintomas brandos e trata-se em casa


Agência Brasil

EBC

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teve resultado positivo no teste para covid-19. De acordo com a assessoria da presidência da Casa, Maia manifestou sintomas brandos da doença e está isolado na residência oficial.

"O presidente Rodrigo Maia testou positivo para a covid-19 nesta quarta-feira. Ele manifestou sintomas brandos da doença e está se tratando na residência oficial da Câmara dos Deputados, onde seguirá em isolamento, respeitando as recomendações médicas", diz a nota encaminhada pela assessoria.

Na manhã de hoje (6), Maia cancelou, sem dar explicações, uma reunião com representantes de entregadores da aplicativos e os deputados paulistas Sâmia Bonfim e Ivan Valente, ambos do PSOL,  e Henrique Fontana (PT-RS). Segundo a assessoria da deputada, os entregadores, que vieram de 12 estados e do Distrito Federal, reivindicam melhores condições de trabalho.

Os trabalhadores pedem a aprovação do Projeto de Lei (PL) 1.665/20, que garante proteção aos entregadores durante a pandemia do novo coronavírus e prevê melhores condições de trabalho e segurança para a categoria.

Em julho, os entregadores de aplicativos entrarem em greve pedindo garantia de direitos, medidas de proteção contra o novo coronavírus e mais transparência das plataformas de aplicativos. Na ocasião, um grupo de representantes de entregadores participou de uma reunião com Rodrigo Maia para apresentar a pauta da categoria.

Posse no STF

Na quinta-feira passada (10), Rodrigo Mais compareceu à cerimônia de posse do ministro Luiz Fux na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), que também teve resultado positivo em teste para o novo coronavírus.

Os ministros Luís Felipe Salomão e Antônio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também estiveram na posse de Fux, tiveram diagnóstico positivo para a covid-19.


Política: Corregedoria da Câmara recebe defesa escrita da deputada Flordelis

 

Será feita análise prévia do caso, que poderá ser posteriormente encaminhado ao Conselho de Ética


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

Arquivo

Corregedoria Parlamentar recebeu na tarde desta quarta-feira (16) a defesa escrita da deputada Flordelis (PSD-RJ). Ela é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ). A parlamentar diz que é inocente.

O prazo para análise e posterior parecer na Corregedoria começa na quinta-feira (17), e o corregedor da Câmara, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), tem até 45 dias úteis para apresentar sua conclusão. "Porém, não utilizaremos todo esse período", afirmou.

Pelas regras da Câmara, a Corregedoria faz a análise prévia da acusação, e a Mesa Diretora, se julgar procedente, remete o caso para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para abertura de processo contra a deputada.

A defesa foi entregue nesta quarta-feira por meio de procuração dos advogados da deputada Flordelis. Paulo Bengtson lembrou que o processo está sob sigilo e, portanto, não pode divulgar o conteúdo da documentação.

 

Artigo: Negligência com ambiente e indígenas afeta investimentos

 

Também é pesarosa a situação de risco extremo a que estão submetidos os povos indígenas em todo o País


*Eugenio Singer

EBC

No momento em que a crise deflagrada pelo novo coronavírus cria gravíssimo impacto planetário de múltiplas consequências, alguns fatos de especial relevância causam inédita preocupação, pelo poder que têm em interferir nos já difíceis e imprevisíveis rumos do desenvolvimento humano, social e econômico global no futuro pós-pandemia. Distintas dimensões da crise entrelaçam-se no Brasil, fazendo convergir problemas anteriores e aqueles deflagrados pela Covid-19. Isso tem repercussões ambientais e sociais de alto risco para o País, seu povo e instituições, bem como para a humanidade.

Afinal, é inegável que o Brasil, por suas características geopolíticas, diversidade cultural e incomparável patrimônio ambiental, é um dos pilares das transformações dos conceitos de desenvolvimento que se observam em escala global, pautados na sustentabilidade socioambiental e no respeito aos direitos humanos. Por isso, independentemente do esforço de autoridades, centros de pesquisa, universidades, comunidade de saúde e sociedade civil em atender às urgências da pandemia e em preservar a capacidade de recuperação da nossa economia, cabe alertar sobre alguns pontos que podem ter efeitos desastrosos no futuro próximo do País e na sua inserção nos esforços globais de soerguimento:

Grupos empresariais de diferentes nações e ramos de atividade manifestaram seu desconforto com os rumos que vem tomando a destruição da Floresta Amazônica, com aumento expressivo do ritmo e do volume do desmatamento. É crescente a fragilização das condições de investimento no País. Este problema decorre das sinalizações efetivas, dadas por instituições e personalidades de governo, por meio de palavras, ações e omissões, de um afastamento dos preceitos ecológicos. Trata-se de postura em sentido contrário dos protocolos de ação consolidados no mundo inteiro, que reconhecem a necessidade e a urgência inarredável de respeito e defesa do meio ambiente como bem estratégico coletivo e não mais como objeto de uso predatório e centrado em interesses produtivos mais imediatos. É crescente a parcela da sociedade global que reconhece na conservação rigorosa e de base científica dos recursos naturais e dos bens da natureza um ativo de imenso valor, preponderante para o crescimento econômico sustentável.

Outra questão a ser considerada é que a pandemia e seus efeitos devastadores mostram-nos que a retomada das atividades e das esperanças individuais não deve pretender apenas recompor o desenho previamente existente no qual espelhávamos nossas vidas, nossas sociedades, nossa economia e nossas interações locais, nacionais e globais. A recuperação exige pensamento estratégico. É decisivo dar um passo à frente, dialogar com as reflexões e respostas positivas e inovadoras hoje gestadas no mundo todo. Dessa forma, é incompreensível e causa perplexidade que o Brasil não se dedique a inserir fortemente a Amazônia preservada como parte fundamental de seu cacife para a conjuntura necessariamente diferenciada que surgirá da Covid-19. Mas, o que vemos é o aumento expressivo e persistente do desmatamento, a fragilização dos órgãos de fiscalização com expertise na área ambiental e a redução significativa das punições impostas aos infratores.

Também é pesarosa a situação de risco extremo a que estão submetidos os povos indígenas em todo o País, sobretudo na Amazônia. À escalada da pressão de atividades ilegais de mineração e desmatamento em suas terras, mesmo as já demarcadas, soma-se agora a ação devastadora do novo coronavírus. Mesmo diante de tais ameaças concretas, esses brasileiros não vêm recebendo a atenção diferenciada que sua situação de maior vulnerabilidade exige. Em contraste com o esforço voluntário da sociedade civil brasileira e internacional para socorrê-los, é nítida a participação tímida dos órgãos governamentais na sua proteção, mesmo diante dos números que indicam um impacto que pode ser fatal para várias etnias.

Entendemos ser indissociáveis as duas questões aqui destacadas, ou seja, a proteção ao meio ambiente e os direitos indígenas. A destruição de uma acarretará graves danos à outra e vice-versa. E ambas são conquistas que estão na base do pensamento crítico e analítico que nos leva a rever padrões de valores que fundamentam a vida em sociedade e, principalmente, a arejar o pensamento empresarial sobre seus compromissos para além da realização econômica. Hoje, de maneira nítida e abrangente, tais princípios passam a fazer parte intrínseca da vida das empresas, dos critérios de mercado, de investimentos e de viabilidade de parcerias. Não se trata de ideologia, mas de constatar o efeito virtuoso de trazer o futuro para os cálculos do presente e, assim, não o inviabilizar.

Finalmente, cabe acentuar o elevado risco de que um estigma antiambiental e contrário aos direitos indígenas afaste o Brasil da interlocução global e do fluxo de capitais. E, certamente, a política ambiental atual, com um nível ponderável de relaxamento dos protocolos básicos de licenciamento, controle e garantia de transparência dos dados sobre desmatamento, aliada ao insuficiente apoio às comunidades indígenas, não é um caminho que possa dar suporte a parcerias duradouras com corporações, instituições e fundos internacionais.

*Eugenio Singer, PHD em Engenharia Ambiental, é presidente da Ramboll Brasil e do Conselho de Administração do Instituto Pharos.

Economia: Gerdau abre inscrições para programa de capacitação de empreendedores em São Paulo

 

A edição ocorrerá de forma online no período de 5 a 10 de outubro para jovens entre 18 e 29 anos


Redação/Hourpress

EBC
Estão abertas as inscrições para o programa Gerdau Transforma, fruto de parceria entre a Gerdau e o Instituto Besouro de Fomento Social. O curso tem como objetivo capacitar cerca de 600 novos empreendedores na cidade de São Paulo por meio de uma formação gratuita e online. Os interessados têm até 4 de outubro para se inscrever pelo site do projeto. A capacitação ocorrerá entre 5 e 10 de outubro.

A partir da metodologia By Necessity®, desenvolvida pelo Instituto Besouro, a capacitação apoia jovens e pequenos empreendedores a ingressar no mercado de trabalho por intermédio do empoderamento e fortalecimento individual. Além de ensinar as bases para começar uma empresa, como abertura de CNPJ, definição do público-alvo, noções de lucro, investimento e fluxo de caixa. Ao todo, são 10 etapas de ensino para que o aluno finalize o curso com o plano do futuro negócio nas mãos.

Lançada em 2019, a iniciativa era realizada com aulas presenciais em Minas Gerais. Este ano, a Gerdau expandiu o programa para São Paulo, além de se adaptar ao contexto da pandemia da Covid-19 e realizar as capacitações no meio virtual. Para participar é preciso ter entre 18 e 29 anos, estar matriculado ou ter frequentado escola pública, vontade de empreender, possuir uma ideia de negócio e viver em zonas periféricas.

"A Gerdau acredita que o empreendedorismo pode impulsionar a capacidade das pessoas comprometidas com a transformação social. Por isso, a educação, aliada ao empreendedorismo, é um dos pilares de atuação da matriz de responsabilidade social da Gerdau. A Empresa tem dedicado esforços para materializar seu propósito de empoderar pessoas que constroem o futuro a partir do apoio a projetos voltados ao estímulo e a capacitação de jovens empreendedores", comenta Paulo Boneff, head de responsabilidade social da Gerdau.

Segundo o presidente do Instituto Besouro e criador do By Necessity, Vinicius Mendes Lima, a parceria com a Gerdau é importante para incentivar a juventude, tanto no aspecto pessoal quanto no profissional. "O objetivo do programa é mostrar aos jovens brasileiros, mexicanos e peruanos que eles são criativos e capazes de empreender, mesmo em tempos de pandemia. Ser empreendedor é acreditar em si e que é possível mudar a comunidade e, quem sabe, o mundo", afirma.

Serviço - Curso Online Gratuito Gerdau Transforma
SÃO PAULO
Inscrições: http://www.gerdautransforma.com.br/
Prazo para se inscrever: 8 de setembro a 4 de outubro
Período das aulas: 5 a 10 de outubro
Horário: das 18h às 21h
Onde: o canal do Youtube da Agência Besouro

Economia: Setor de eventos quer o retorno imediato das atividades

 

Governo reconhece que o setor de atividades artísticas, criativas e de espetáculos é o mais impactado pela pandemia


Redação/Hourpress

EBC

O setor de cultura e entretenimento está ciente de que liberar todas as atividades sem um respaldo científico é inviável. No entanto, a disparidade no tratamento dispensado pelos governos vêm provocando revolta nos profissionais da área. “Por que os eventos culturais e de entretenimento não recebem o mesmo tratamento que outros segmentos, como shoppings, igrejas, e partidos políticos que já estão retomando as atividades?”, afirma Doreni Caramori Júnior, empresário e presidente da  Associação Brasileira dos Promotores de Eventos - ABRAPE.

A Portaria Nº 20.809 da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, publicada ontem (14) no Diário Oficial da União, listou as atividades artísticas, criativas e de espetáculos como o setor da economia mais impactado pela pandemia após a decretação da calamidade pública decorrente do Covid-19. Além disso, para Doreni, os governos estaduais e municipais  não conseguem mais fiscalizar de forma abrangente, o que pôde ser visto com os inúmeros eventos clandestinos que acontecem em todo país. 

“Não iremos pagar a conta sozinhos enquanto as aglomerações clandestinas, bem como o descontrole do estado das atividades autorizadas mediante protocolo, continuam ocorrendo. Queremos transparência. A falta de uma postura que respeite a importância do nosso setor pode nos levar a tomar medidas mais contundentes tais como entrar com pedidos de indenização, caso não haja uma política clara que preveja a retomada urgente das atividades”, reforça. 

Doreni destaca que falta coerência e equidade neste debate. Já são seis meses sem eventos, com empresas passando dificuldades e desemprego entre trabalhadores formais e informais que atuam na cadeia. 

O setor de cultura e entretenimento é responsável por 4,32% do PIB nacional e reúne um universo de aproximadamente 60 mil empresas. “Se tudo continuar como está, podemos chegar, em outubro, a 841 mil desempregados, caso não haja segurança nas variáveis que definirão o retorno das atividades. Se ficarmos estagnados até outubro, mais da metade das ocupações formais deixará de existir. Entre formais e informais, 3 milhões podem ficar sem renda”, explica.

Sobre a ABRAPE

Criada em 1992 com o propósito de promover o desenvolvimento e a valorização das empresas produtoras e promotoras de eventos culturais e de entretenimento no Brasil, a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos - ABRAPE tem, atualmente, 300 associados que são verdadeiros expoentes nacionais na oferta de empregos diretos e indiretos e na geração de renda, movimentando bilhões de reais anualmente.