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Crônica: Surpresas desagradáveis pregadas pelo tempo

Pixabay   Os seus quatro filhos se encontravam bem encaminhados Astrogildo Magno O   tempo não preocupava Justino. Não dava bola para ...

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Túnel do Tempo: Morte de Jayne Mansfield


Luís Alberto Alves

Cinema: No dia 29 de junho de 1967, a atriz Jayne Mansfield morria aos 34 anos, em acidente automobilístico, perto de Nova Orleans.

Radiografia de Sampa: Rua Faustolo


Luís Alberto Alves

Esta rua ganhou este nome em 5 de outubro de 1952, em homenagem ao personagem da mitologia romana, que era pastor de Amiúlo, os irmãos e rival do rei Numitor. Este confiou-lhe seus netos, Rômulo e Remo. 

Faustolo, por sua vez, entregou as crianças a Aca Larência. Numa variante da mesma lenda, Faustolo encontrou as crianças amamentadas por uma loba. Quando os gêmeos atingiram a idade adulta, ele encaminhou-os a Gabi (cidade entre Roma e Prenesta) para receberem educação conveniente à sua classe. 

Faustolo foi morto quando tentava impedir a luta entre Rômulo e Remo. Foi sepultado no local onde mais tarde foi edificado o Fórum. Sobre seu túmulo erigiu-se a estátua de um leão. A Rua Faustolo (foto) fica no bairro da Lapa, Zona Sul de SP.

Geral: Prioridade da população de rua não é cuidar da saúde, diz pneumologista


  • São Paulo
Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Alessandro Ferreira, Neguinho Tiradentes e Romaria receberam roupas e cobertores para ajudar a suportarem o frio na Rua Ipiranga, em frente à Praça da República (Rovena Rosa/Agência Brasil)
São Paulo - Moradores de rua recebem roupas e cobertores para ajudar a suportar o frio na Avenida Ipiranga, em frente à Praça da República Rovena Rosa/Agência Brasil
O frio intenso na capital paulista matou ao menos seis moradores de rua este mês. A previsão de um inverno mais rigoroso que o dos últimos três anos é um alerta para organizações que trabalham com essa população.

Coordenador do Grupo de Infecções Pulmonares da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o pneumologista André Nathan Costa, do Instituto do Coração (Incor) diz que uma série de fatores contribui para que uma pessoa morra devido ao frio e que não há uma temperatura considerada letal.

“Não dá para dizer que 5 graus [positivos] ou -5 graus matam, é uma sucessão de coisas. Tem paciente que entra em hipotermia só de ficar molhado ao relento. Tem paciente que fica em zero grau durante dez horas e não acontece nada.”

O especialista chefiou, por dois anos, um grupo de assistência médica a moradores de rua em um albergue na região central de São Paulo e afirma que, em geral, essa população é composta por homens jovens. Segundo ele, cuidar da saúde dessas pessoas, por meio de acompanhamento e encaminhamento para exames, é uma tarefa difícil.

“A prioridade desses indivíduos é buscar comida, roupa e algum dinheiro para passar o dia e não cuidar da saúde. Então, convencê-los a tomar remédio para tuberculose não dá. Tomar uma injeção de benzetacil para sífilis, mesmo em dose única, é um parto. Imagina falar que precisa parar de fumar, que precisa cuidar da pressão. É muito difícil. A adesão [a tratamento] é baixíssima.”

O médico explica que as doenças infecto-contagiosas, como sífilis, tuberculose e HIV, são as mais prevalentes entre os moradores de rua.

“O frio faz com que as pessoas fiquem confinadas em lugares fechados, então as doenças transmissíveis, principalmente as respiratórias, proliferam mais. Não dá para dizer que essas doenças são agravadas pelo frio. Mas, no frio, acabam várias pessoas num ambiente pequeno, fechado, que é uma coisa que eles fazem nos albergues. Tem um paciente com tuberculose e acaba passando para todo mundo, porque não dá para ter controle“, destaca o médico.

Segundo Costa, algumas estratégias usadas comumente para afastar o frio, como a ingestão de bebidas alcoólicas, apenas dão uma falsa sensação de aquecimento. “O álcool tira o frio, você ouve as pessoas dizendo 'vou tomar um conhaque para esquentar'. Mas o álcool, em altas doses, gera hipotermia por si só. Você pode até estar em casa, embaixo do cobertor. Então, aquele coma alcoólico faz com que o  seu sistema nervoso central, que coordena o centro que mantém a temperatura adequada do corpo, se altera e o corpo entra em hipotermia pelo próprio efeito do álcool.”

Cobertores, bebidas quentes e uma alimentação reforçada são os itens necessários para a manutenção da temperatura corporal. “Os moradores de rua são desnutridos crônicos, mas eles precisam manter uma reserva nutricional para gerar calor. Se essa sua reserva acaba, você entra em hipotermia com uma facilidade maior.”

Geral: PF desarticula quadrilha que vendia duas toneladas de cocaína por mês

  • Brasília
Da Agência Brasil
Uma organização criminosa de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, responsável pelo ingresso no Brasil de duas toneladas de cocaína por mês, foi desarticulada hoje (29) pela Polícia Federal durante a Operação Quijarro. Os traficantes atuavam no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Cerca de 150 policiais cumprem 81 mandados judiciais, sendo 14 de prisão preventiva, 17 de busca e apreensão em imóveis, 43 de busca e apreensão de veículos e sete de condução coercitiva nas cidades de Londrina e Araucária(PR), Corumbá(MS), Martinópolis, Presidente Prudente, em São Paulo, e na capital paulista.

Logística
De acordo com as investigações, que começaram em janeiro de 2015, um dos grupos responsáveis pela logística do transporte da cocaína estava instalado em Londrina, com ramificações na Bolívia, Colômbia e Espanha.

A cocaína era transportada em caminhões e carretas com fundos falsos especialmente preparados para o transporte da droga, utilizando-se da simulação de cargas lícitas para driblar a fiscalização, bem como de motoristas que já tinham conhecimento de que transportavam a substância entorpecente.

Durante as ações da PF, mais de três toneladas de cocaína e cerca de US$ 10 milhões foram apreendidos do núcleo boliviano da quadrilha e identificados no Brasil os imóveis que eram usados como entrepostos para o carregamento, descarregamento e confecção de “fundos falsos”.

Geral: Um em cada quatro brasileiros é hipertenso, mostra pesquisa


  • Brasília
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil
pressão arterial, hipertensão arterial
Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio todos os dias, quase o dobro do recomendado pela OMS Imagem de Arquivo/Agência Brasil
O Ministério da Saúde divulgou hoje (29) que um em cada quatro brasileiros é diagnosticado com hipertensão. Apesar de ser considerado alto, o índice tem se mantido estável, de acordo com dados da pesquisa Vigitel 2015. No ano passado, a doença afetava 24,9% da população, sendo que, em 2014, esse percentual foi de 24,8%. A doença atinge mais as mulheres e o número de casos cresce conforme aumenta a idade da população.

A Vigitel é uma pesquisa feita nas capitais brasileiras por telefone; em 2015, 54 mil pessoas maiores de 18 anos foram entrevistadas. Entre as cidades pesquisadas, o Rio de Janeiro apresenta o maior número de hipertensos, com 30,6% da população, e Palmas (TO) tem o menor índice, com 15,7%.

De acordo com a pesquisa, grande parte dos brasileiros não acredita que consome muito sal. Apenas 14,9% da população consideram seu consumo de sal alto ou muito alto, entretanto mais de 70% consomem sódio em excesso. 

Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio todos os dias. O valor é quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de menos de 5 gramas por dia.

Os dados do Vigitel foram apresentados hoje, durante a divulgação dos resultados do acordo de redução de sódio em alimentos processados, firmado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. Desde 2011, foram retiradas 14.893 toneladas de sódio dos produtos alimentícios. A meta é que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou, entretanto, que 75% do consumo de sódio no país estão associados à quantidade de sal adicionado pelos consumidores na preparação e no consumo dos alimentos. “Alguns países já proibiram saleiro na mesa dos restaurantes. 

Precisamos alertar para que as pessoas cooperem com a redução do consumo de sal”, disse.
Apesar de o índice de pessoas com hipertensão ter se mantido estável, houve redução de 33% na taxa de internações pela doença, passando de 61 para 41 internações por 100 mil habitantes. “Isso aconteceu em função de uma ação conjunta da saúde, acesso a medicamentos, redução de sódio e cuidado das próprias pessoas em fazer exercícios físicos. Tudo isso faz parte dos resultados e há comprovada relação entre consumo de sódio e hipertensão”, afirmou.

Segundo o ministério, o consumo excessivo de sódio é fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, que atualmente respondem por 72% das mortes no Brasil, como hipertensão, obesidade, osteoporose e problemas renais.

Geral: Presos na Operação Boca Livre chegam ao prédio da Justiça Federal em São Paulo


  • São Paulo
Flávia albuquerque – Repórter da Agência Brasil
Rovena Rosa/Agência Brasil
São Paulo - Acusados da Operação Boca Livre, que investiga fraudes na Lei Rouanet, chegam ao Fórum Ministro Jarbas Nobre para prestar depoimentoRovena Rosa/Agência Brasil
Chegaram por volta das 13h ao prédio da Justiça Federal, na capital paulista, os presos na Operação Boca Livre, deflagrada ontem (28) pela Polícia Federal. Eles prestarão depoimento em audiência de custódia, na 3ª Vara Federal Criminal. Os nomes dos detidos não foram divulgados pela Polícia Federal nem pela Justiça Federal, porque o processo segue em segredo de Justiça. O grupo é acusado de ter participado de fraudes que desviaram R$ 180 milhões em recursos da Lei Rouanet. Segundo as investigações, os 14 detidos são produtores culturais que atuavam nesse grupo desde 2001. 

A ação investiga mais de dez empresas patrocinadoras que trabalharam com o grupo. Estima-se que mais de 250 projetos tiveram recursos desviados. As empresas recebiam os valores captados com a lei e ainda faturavam com a dedução fiscal do Imposto de Renda. Com isso, o montante desviado pode ser ainda maior do que R$ 180 milhões, conforme a PF.

A organização apresentava projetos ao Ministério da Cultura e à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo para a aprovação e utilização de verbas de incentivo fiscal previstas na Lei Rouanet. As investigações mostram que os recursos foram usados para custear eventos corporativos, shows com artistas famosos em festas privadas para grandes empresas, livros institucionais e até mesmo festa de casamento, segundo o Ministério da Transparência.

Crimes
Os presos na operação poderão responder por crimes como organização criminosa, peculato, estelionato contra a União, crime contra a ordem tributária e falsidade ideológica, cujas penas podem chegar a 12 anos de prisão.

Lei Rouanet
A Lei Rouanet foi criada em 1991 para conceder incentivos fiscais para projetos e ações culturais. Por meio a lei, cidadãos (pessoas físicas) e empresas (pessoas jurídicas) podem aplicar parte do Imposto de Renda devido em projetos culturais. Atualmente, mais de 3 mil projetos são apoiados a cada ano por meio desse mecanismo.

Falhas
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, reafirmou ontem (28) que houve falha na fiscalização da concessão dos recursos da Lei Rouanet, de incentivo à cultura.

Geral: Ministério anuncia acordo para reduzir açúcar em alimentos processados


  • Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, divulga o resultado da terceira etapa do acordo de redução de sódio em alimentos processados e os avanços com outras parcerias da indústria (Valter Campanato/Agênc
O ministro Ricardo Barros divulga o resultado da terceira etapa do acordo de redução de sódio em alimentos processadosValter Campanato/Agência Brasil
O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) anunciaram hoje (29) que estudam um acordo para reduzir a quantidade de açúcar nos alimentos processados, semelhante ao que é feito com o sal. 

“Vimos recentemente a indústria de refrigerantes fazendo campanha de produtos com menos açúcar para ganhar mercado e atender demanda da população. E isso será contínuo. Cada vez mais a alimentação saudável vai fazer parte dos protocolos do ministério”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Segundo a pasta, no Brasil, o consumo médio de açúcares é de 16,3% do total de calorias. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que esse consumo não ultrapasse 10% das calorias consumidas, que equivale a cerca de 50 gramas por dia.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira, durante a divulgação dos resultados do acordo de redução de sódio em alimentos processados, firmado entre o Ministério da Saúde e a Abia. Desde 2011, foram retiradas 14.893 toneladas de sódio dos produtos alimentícios. A meta é que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020.

Barros destacou que haverá ainda um processo de desenvolvimento e pesquisa a ser feito pela indústria para retirada do açúcar dos produtos, já que, em geral, os alimentos in natura, a matéria-prima das fábricas, têm grande concentração de açúcar.

Brasília - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, divulga o resultado da terceira etapa do acordo de redução de sódio em alimentos processados e os avanços com outras parcerias da indústria (Valter Campanato/Agênc
Para Edmundo Klotz, não é uma mudança fácil, pois os alimentos precisam manter a qualidade e o saborValter Campanato/Agência Brasil
“O açúcar adicionado aos alimentos representa 19% do açúcar consumido pela população”, informou o ministro. No caso do sal, 75% do que é consumido é adicionado ao prato e à preparação pelas pessoas.

Presidente da Abia, Edmundo Klotz disse que não é uma mudança fácil, pois os alimentos precisam manter a qualidade e o sabor. “O paladar das pessoas já está criado. Não é fácil mudar um paladar, a maneira de consumir aquilo que uma pessoa gosta. E o brasileiro gosta de açúcar e gosta de sal”, acrescentou.

Segundo o ministério, o consumo excessivo de açúcar é fator de risco para o desenvolvimento da obesidade, além de doenças como o diabetes. Mais da metade da população brasileira (53,9%) está acima do peso. Desses, 18,9% são obesos. Entre as crianças de 5 a 9 anos, um terço delas está com sobrepeso.

Já o diabetes atinge atualmente 7,4% da população adulta brasileira, conforme a Vigitel 2015. Em 2006, 5,5% das pessoas tinham a doença. A Vigitel é uma pesquisa feita nas capitais brasileiras por telefone. Em 2015, 54 mil pessoas maiores de 18 anos foram entrevistadas.

A primeira etapa do acordo para redução de açúcar nos alimentos deve começar em 2017, com análise das principais fontes de açúcar na dieta dos brasileiros.