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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Política: Eduardo Cunha diz que voltará a frequentar a Câmara na segunda-feira


Luís Alberto Alves

Em depoimento de sete horas de duração no Conselho de Ética, presidente afastado da Casa volta a afirmar que não possui contas no exterior
Reunião ordinária para oitiva do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que veio fazer sua defesa no colegiado, onde enfrenta um processo que pode resultar na cassação do mandato como parlamentar
Ao lado do advogado Marcelo Nobre (D), Eduardo Cunha mostrou aos deputados passaportes que usava nos anos 80 em viagens de negócios ao exterior
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou nesta quinta-feira (19) que voltará a frequentar a Casa na próxima segunda-feira (23). Ao sair de reunião no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, onde depôs por cerca de sete horas, Cunha explicou a jornalistas que poderá ser encontrado no gabinete 510. “Eu estou suspenso do exercício do mandato e não do mandato”, disse, em referência à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o afastou em 5 de maio.
Cunha disse ainda estar certo de retornar à presidência da Câmara. “Vamos recorrer [da decisão]. Espero que os recursos sejam acolhidos, uma ação direta de inconstitucionalidade, um pedido de reconsideração. Nós vamos lutar, porque é uma decisão que eu contestei veementemente no dia em que foi adotada, por ser excepcional, sem previsão constitucional”, afirmou. “Eu comparo a distorções, como o senador Delcídio [o senador recentemente cassado Delcídio do Amaral], que foi preso e não teve o mandato suspenso.”
Antes, no Conselho de Ética, Eduardo Cunha já havia dito se sentir injustiçado com o afastamento imposto pelo Supremo e classificou o processo como de “natureza política”.
Sem contas no exterior
No Conselho de Ética, Cunha enfrenta um processo por quebra de decoro parlamentar, acusado de ter mentido, em depoimento em maio de 2015 à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, sobre a existência de contas bancárias de sua propriedade no exterior. Ao depor no Conselho nesta quinta, ele disse reiteradas vezes que não possui contas nem investimentos não declarados no exterior. Cunha reafirmou que é beneficiário de um truste na Suíça, e não proprietário de conta.
"Se eu possuísse investimentos, certamente eles estariam declarados. Eu sou beneficiário de um truste. O truste é o detentor do patrimônio, dos investimentos, dos resultados dos investimentos e das perdas, inclusive. Eu não possuo investimento não declarado. Os investimentos e o patrimônio não me pertenciam", disse Cunha em resposta ao relator do caso, deputado Marcos Rogério (DEM-RO).
Ele disse ainda não ser autorizado a movimentar os recursos do truste, que seria do tipo familiar, ou seja, quando se passa para uma administração de terceiros o patrimônio da família.
Marcos Rogério também questionou um possível crescimento de patrimônio do truste em mais de 100% em um ano. "Durante os anos, os saldos nessas contas continuaram subindo. Eram 2,4 milhões de dólares em 2009. Como o saldo continuou a subir se não houve aporte de recurso?" perguntou o relator, em uma comparação com o ano anterior. Cunha respondeu que os recursos têm valorização em épocas de mercado em alta.
Ele explicou que os seus recursos advêm de atividades de comércio exterior na década de 1980 e mostrou um passaporte que comprovaria diversas viagens à África há cerca de 30 anos, antes de ingressar na vida pública: "Era um período de inflação, havia dificuldades de várias naturezas. Era um outro Brasil. Assim o fiz e assim amealhei o patrimônio que foi depois doado ao truste. Eu não detinha vida pública naquele momento."
Depoimento a CPI
Segundo Eduardo Cunha, em 2015 havia apenas um truste do qual seria beneficiário, o Netherton. Ele se recusou a responder a perguntas referentes a outros dois trustes, o Orion e o Triumph, que já não existiam quando ele compareceu à CPI da Petrobras em 2015.
O presidente afastado também discordou de Marcos Rogério quando o relator afirmou que o truste é uma forma de investimento e quis saber por que Cunha havia optado por essa forma. "Eu não tenho forma de investimento. Solicito que as perguntas não sejam mais feitas em forma de afirmação. É uma opção pessoal de cada um dispor de seu patrimônio. Quando você detém o patrimônio, pode fazer o que quiser: doar, gastar, investir", afirmou Cunha.
Ele também disse que uma conta em nome de sua mulher, Claudia Cruz, seria exclusivamente de cartão de crédito. "Minha esposa não é deputada e não deve explicação ao Conselho de Ética", afirmou.
Segundo ele, o processo no Conselho de Ética tem “diversas nulidades e irregularidades” e faz parte de um jogo político.
Uma dessas nulidades e irregularidades seria um possível impedimento de Marcos Rogério para relatar o caso, em razão de o relator ter passado ao Democratas, que integra o mesmo bloco do PMDB de Cunha. Cunha anunciou que pedirá a impugnação do relator. "Peço substituição por nulidade que representa o descumprimento claro de artigo do Código de Ética. Isso será objeto de preliminar por mim arguida na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ)”, disse Cunha.
Sobre isso, o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), respondeu que Cunha ainda não fez a arguição e, quando fizer, haverá uma resposta sobre uma possível mudança de relator.
Cunha também disse não haver razão para culpá-lo pela demora da análise de seu caso no Conselho de Ética, que já dura seis meses. Ele é acusado de lançar mão de manobras para protelar o caso. “Querer me culpar pelo atraso no Conselho de Ética é me atribuir o que eu não fiz. Se querem ser céleres, cumpram a Constituição e o Regimento Interno. Tive sempre muito zelo em relação a isso.”
Governo Temer
Questionado durante o depoimento e também em entrevista coletiva ao fim da reunião, Cunha afirmou que não indicou “nem um alfinete” para o governo do presidente interino da República, Michel Temer, que é seu colega de partido (PMDB).
Prazo
Marcos Rogério deu um prazo de cinco dias úteis para a defesa de Cunha apresentar suas alegações finais antes do relatório. O advogado do presidente afastado, Marcelo Nobre, reclamou da decisão e disse que se tenta incluir no processo fatos que não estão na representação inicial. “Não posso agora ter cinco dias ou cinco minutos para defender ou me manifestar sobre coisas que não constam deste processo”, disse Nobre.
Rogério rebateu dizendo que o advogado estava antecipando a posição do relator: “O que a relatoria está fazendo é abrindo um prazo para a defesa se manifestar para não alegar surpresa. O prazo que é dado a vossa excelência é mais do que razoável. Vossa excelência poderá alegar tudo o que quiser. O processo é devolvido. Não há nenhuma manobra. Há uma homenagem ao princípio da ampla defesa.”
O relator terá até dez dias úteis para entregar o seu parecer com eventuais pedidos de punição.

Variedades: Raça, que conta a vida de Jesse Owens, estreia em junho




Stephan James revive trajetória de Jesse Owens, atleta que teve seu recorde olímpico mantido por 48 anos
 
O longa-metragem Raça, que estreia no dia 16 de junho no Brasil, é dirigido por Stephen Hopkins e também traz Jeremy Irons e William Hurt no elenco

O desafio estava lançado: reviver a trajetória de Jesse Owens, um dos maiores atletas da história nos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, Alemanha. E para dar vida a Raça (Race, Canadá/2016), que chega aos cinemas brasileiros no dia 16 de junho, o ator escolhido foi Stephan James (Selma: Uma Luta Pela Igualdade), recentemente reconhecido como estrela em ascensão no Festival Internacional de Toronto em 2015. 


O ator canadense, que já teve a honra de representar no cinema outras figuras importantes da história afro-americana, trouxe sensibilidade e dedicação ao enredo e impressionou a produção do longa, dirigido por Stephen Hopkins (Colheita do Mal, A hora do Pesadelo 5: O Maior Horror de Freddy, Predador 2: A Caçada Continua). A obstinação do ator teve como intuito fazer justiça ao estilo único e postura de Jesse Owens, reconhecido por sua determinação, coragem e foco.

James mergulhou profundamente no universo de Jesse Owens: “Eu não conhecia muito sobre Jesse; sabia quem ele era e tinha uma ideia geral do que tinha feito. Rapidamente percebi que sua história era muito mais profunda do que uma extraordinária mostra de atletismo. Raça permite que você entenda mais completamente a época, as circunstâncias e os conflitos em que ele vivia e navegava”, comenta o ator.

A corrida também passou a ser prioridade na rotina de James, que já era adepto de outros esportes como o basquete, futebol, futebol americano, kickboxing e atletismo. Foram vários meses de preparação com o treinador de atletismo da Georgia Tech, que possibilitou a sua entrada ao programa Owens, bem como sessões com o atleta olímpico canadense Hank Palmer, que contracenou com James em algumas cenas de corrida, e também aparece como irmão de Jesse, Quincy.

Jesse Owens foi o primeiro atleta afro-americano a ganhar quatro medalhas de ouro no atletismo em uma única edição dos Jogos Olímpicos: 100m, 200m, salto em distância e revezamento 4x100m, sendo o último um recorde. Em meio a um cenário de segregação e diversidade, o atleta demostrou que, invés de raça ou nação, a excelência individual distingue o homem. O recorde de medalhas de ouro em uma única olimpíada permaneceu inquebrável por 48 anos.

Para o ator, a vida do atleta é uma inspiração: “Jesse lutou e triunfou contra as adversidades de sua vida. Ele quebrou barreiras indo para Berlim correr nas Olimpíadas. Ele mudou o curso da história, não apenas quebrou recordes. Muitos dos atletas que vieram depois não teriam nenhuma chance sem ele”.

Antes de estrelar como o herói olímpico em Raça, Stephan James compôs o elenco deSelma: Uma Luta Pela Igualdade, de Ava DuVernay, um dos mais aclamados filmes dos anos recentes, em que recebeu uma indicação do Black Reel Award por sua atuação, e dividiu com seus colegas atores o prêmio Black Film Critics Circle por Melhor Montagem.

Variedades: Editora lança “Coleção Teatro de Bolso”



Redação

livro de bolso é a principal forma de democratizar e popularizar os clássicos da literatura, que ainda são muito caros para o poder de compra da maioria dos brasileiros.

Apostando na tendência do mercado e, mais uma vez, promovendo o incentivo à boa leitura, a Editora Peixoto Neto  lança a Coleção Teatro de Bolso.

Para a Editora, o formato de bolso é uma opção que proporciona aos clientes, a possibilidade de aquisição das obras clássicas a um preço acessível e de qualidade. Além do mais, a Coleção Teatro de Bolso chega para suprir uma lacuna de publicações de livros de peças de dramaturgia (escassa e pouco promovida no Brasil).

Trata-se de uma Coleção de autores diversos, de diferentes nacionalidades e épocas - desenvolvida para proporcionar aos leitores, os clássicos da dramaturgia, com boas traduções e conteúdos de qualidade, proporcionando uma fascinante viagem pelos termos do teatro antigo e contemporâneo, oferecendo aos estudantes, estudiosos e para todos aqueles que amam o teatro, uma obra de referência abrangente e muito útil.

Coleção Teatro de Bolso é composta por 10 volumes, de diferentes autores de obras teatrais e os valores bastante acessíveis: de R$ 10,90 à R$ 19,90. Uma oportunidade para quem deseja uma coleção de clássicos essenciais e enriquecedor a qualquer leitor.

1-      Vol. 1 Liolá – Luigi Pirandello - 12,90
2-      Vol. 2 - Mãe - José de Alencar - 14, 90
3-      Vol. 3 - Ifigênia em Táuride – Johann Wolfgang von Goethe - 12,90
4-      Vol. 4 - Tempestade – Aleksandr Ostróvski - 14,90
5-      Vol. 5 -  Os Nibelungos – Friedrich Hebbel - 19,90
6-      Vol. 6 - Uma Casa de Bonecas – Henrik Ibsen - 14,90
7-      Vol. 7 - Salomé / Uma Tragédia Florentina – Oscar Wilde - 12,90
8-      Vol. 8 - Maria Tudor – Victor Hugo - 12,90
9-      Vol. 9 - A Ampulheta e Outras Peças – W. B. Yeats - 10,90
10-    Vol. 10 - Fritzmac – Artur Azevedo e Aluísio Azevedo - 14,90

 Editora Consciente:

A editora está doando 60 coleções Teatro de Bolso (600 livros) para bibliotecas públicas, bibliotecas de CEU´s e instituições de apoio à deficientes visuais,  instituições essas, escolhidas porque a editora quer promover também a acessibilidade, fazendo uma quantidade de 300 DVD´s contendo todos os volumes em e-book, formato daisy – esse formato contém o texto com fonte ampliável e o áudio dos livros- para que pessoas com baixa visão ou cegos, possam ter esse material disponível para sua apreciação e formação cultural. Esses dvd´s também estão sendo distribuídos gratuitamente, junto com as coleções.

Sobre a Peixoto Neto:
Editora Peixoto Neto é também a responsável pela edição de uma das principais coleções nessa temática (teatro), chamada “Grandes Dramaturgos”, com 27 volumes.
Em seu acervo, a Editora conta com mais 60 títulos, envolvendo também as áreas de ciências sociais e política.

Variedades: “Mundo Deserto de Almas Negras”, primeiro longa-metragem do grupo criativo Heavybunker, tem estreia nacional em 16 de junho



Redação

O filme, que se ambienta numa São Paulo fictícia, tematiza o racismo numa sociedade invertida, onde brancos são marginalizados e negros detêm posição privilegiada

Em “Mundo Deserto de Almas Negras”, Oscar é um jovem e bem sucedido advogado da elite paulistana. A pedido de um misterioso cliente, ele aceita entregar celulares para membro de uma facção criminal dentro de um presídio. Porém, quando tem sua carga roubada, passa a ser perseguido pelos perigosos contratantes.

Apesar do que sugere , não se trata de mais um filme de ação entre tantos outros. A principal marca das produções da Heavybunker é a originalidade de seus projetos e em “Mundo Deserto” essa característica começa no roteiro.

A São Paulo em que se ambienta o filme é idêntica à real em muitos aspectos, entretanto, é oposta em um ponto crucial. No universo do filme, o preconceito racial acontece de maneira inversa: Oscar, advogado pertencente à elite paulistana, é negro, assim como quase todos que compartilham de sua classe social, enquanto os brancos sofrem com a falta de oportunidade e são relegados a empregos subalternos e à vida em guetos. Com essa inversão, o filme suscita de modo original não somente a discussão da criminalidade nas cidades grandes, mas a questão do racismo, arraigado não só em grandes centros, mas em toda a nossa sociedade. Crime, advogados, mulheres fatais, matadores de aluguel e políticos corruptos: com suas cores alteradas, assistimos a um Brasil que reconhecemos e não reconhecemos, simultaneamente.

O ator e ativista Sidney Santiago, que dá vida ao protagonista Oscar, produziu um elenco de atores negros igualmente ativistas que neste filme não representam papéis sociais subalternos, como Naruna Costa, Lucélia Sérgio, Edson Montenegro, Aldo Bueno, Kenan Bernardes, Paulo Américo e participações especiais de intelectuais afro-brasileiros.

A Faculdade Zumbi dos Palmares foi uma das principais locações do filme,  parte da pesquisa de arte foi realizada no Museu Afro Brasil e  a máxima do seu diretor, Emanoel Araújo, de que “não somos greco-romanos” inspirou a abordagem estética afro-brasileira do filme.

Mundo Deserto de Almas Negras é um “noir tropicalista” pois recombina referências diversas do cinema, do pop e da formação racial brasileira de uma maneira esteticamente experimental. Essa ousadia rendeu uma Menção Honrosa no Cine PE pela dramaturgia inspirada na lógica do remix.

Nesta mesma lógica, artistas como Dexter e Tom Jobim convivem na trilha sonora 100% nacional do filme, repleta de músicas icônicas do nosso cancioneiro, além de novas mixagens dos DJs Zé Gonzales e André Laudz (Tropkillaz) que conduzem a história em um climagangsta-brasileiro.

A data de estreia é 16 de junho.

A HEAVYBUNKER
Sob o nome Heavybunker, Ruy Veridiano (roteirista e diretor), Pedro Hórak (artista plástico), Cadu Silveira (montador e colorista), Renata Pagliuso (produção e comunicação), Alziro Barbosa, ABC (diretor de fotografia) eequipe realizaram o filme “Mundo Deserto de Almas Negras”. O coletivo também é responsável pela realização do curta “Pinball” e o média “Bebete e Daniboy”. Os atores Rodrigo Pavon, Sidney Santiago, Katiana Rangel, Jimmy Wong, Kenan Bernardes e Renaldo Taunay são colaboradores frequentes.

Variedades: “Janis: Little Girl Blue”, documentário sobre Janis Joplin, estreia no Brasil em 7 de julho




Redação
Documentário dirigido por indicada ao Oscar traz imagens de arquivo inéditas e entrevistas com ex-companheiros de banda e pessoas que conviveram com Janis

Janis: Little Girl Blue”, filme dirigido pela americana Amy J. Berg (indicada ao Oscar pelo documentário “Livrai-nos do Mal”) e produzido por Alex Gibney (ganhador do Oscar pelo documentário “Um Táxi para a Escuridão”) revela a história de um dos maiores ícones do rock n’ roll nos anos 60.

Passados 46 anos da morte de Janis Joplin, o filme, que demorou sete anos para ser concluído, aprofunda-se na breve carreira e na intimidade da cantora, por meio de imagens de arquivo – algumas das quais inéditas –, correspondências pessoais de Janis e entrevistas com ela e seus contemporâneos. Sua única passagem pelo Brasil também é mencionada no filme, que é acima de tudo repleto de trechos de performances ao vivo de suas canções mais icônicas, tanto em sua fase com a Big Brother & the Holding Company quanto em sua carreira solo.

O longa, que mostra a história da cantora americana de voz marcante, chega aos cinemas em 7 de julho.

Janis: Little Girl Blue (EUA, 107 min., 2015)
Roteiro e direção: Amy J. Berg
Narração: Chan Marshall 
Música: Joel Shearer
Fotografia: Francesco Carrozzini
Montagem: Billy Mcmillin, Garret Price, Joe Beshenkovsky  
Produtores: Alex Gibney, Amy J. Berg, Jeff Jampol, Katherine LeBlond
Título original: Janis: Little Girl Blue

Variedades: Festival no Rio exibe filmes de 22 países sobre a era atômica


  • 20/05/2016 06h15
  • Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Primeiro Filme Atômico Brasileiro
Primeiro filme atômico brasileiro Bahia Sci-Fci será homenageado na abertura da mostraFestival de Cinema da Era Atômica/Divulgação
Com a exibição de 49 filmes independentes de 22 países sobre a era atômica, o International Uranium Film Festival do Rio de Janeiro começa hoje (20), às 18h, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM). A mostra reúne, até o dia 29, 14 cineastas de 11 países. Há sessões em diversos horários. A entrada custa R$ 8, e a programação completa está disponível no sitedo festival.

O festival foi idealizado pelo jornalista alemão Norbert G. Suchanek e pela socióloga brasileira Márcia Gomes de Oliveira. “O festival é carioca, nasceu aqui”, destacou Márcia à Agência Brasil. Além de fundadora, ela é diretora executiva do festival. A ideia surgiu em 2006, quando Suchanek e Márcia decidiram promover um festival de cinema que tirasse da invisibilidade os efeitos da radioatividade gerados pela era atômica.

O festival ganhou forma em 2010 e teve a primeira edição em 2011. A mostra exibe filmes independentes de todos os gêneros – incluindo ficção, documentário, animação, arte, experimental – sobre energia nuclear, mineração de urânio, armas nucleares e os perigos da radioatividade.

No total, a mostra recebeu este ano mais de 3 mil filmes dos cinco continentes. A seleção dos melhores foi feita por um júri convidado. As produções ganharam o troféu Einstein Amarelo. Também são entregues menções honrosas. A premiação está programada para o dia 29, após a sessão de encerramento do festival. “Por ser único do mundo na temática nuclear, a gente é convidado a circular com os melhores do ano. A gente faz a edição principal, todo ano, no MAM, e depois circula pelo mundo com os melhores da edição”, informou Márcia.

                                                                         Chernobyl
Este ano, o festival tem como foco os 30 anos do acidente nuclear de Chernobyl. No momento do desastre, 31 pessoas morreram, mas estima-se que o número de óbitos seja de centenas de milhares em decorrência de casos de câncer. Até hoje, não há consenso sobre o número de vítimas.

Estão confirmados cineastas que abordaram a tragédia em filmes de variados gêneros, inclusive animação. Segundo a socióloga, o festival dá um esclarecimento do que é viver na era nuclear, “que é algo muito maior do que a gente imagina”.

No dia 26 de abril de 1986, o reator número 4 da usina de Chernobyl explodiu, lançando grandes quantidades de partículas radiativas na atmosfera. Essas partículas se espalharam por boa parte da União Soviética e da Europa ocidental.

                                                                           Einstein Amarelo
Receberá o troféu este ano como melhor longa-metragem docudrama (obra cujo gênero se situa entre a ficção e o documentário) o filme The Man who Saved the World (O Homem que Salvou o Mundo), da Dinamarca, cujo diretor, Peter Anthony, participará da mostra entre os dias 26 e 29. Como melhor longa-metragem documentário, foi escolhido pelo júri o filme Fukushima: a Nuclear Story, da Itália. O prêmio de melhor série para TV ficou com Uranium – Twisting the Dragon's Tail (Urânio – Torcendo a Cauda do Dragão), da Austrália. O diretor Wain Fimeri participará do festival.

Os demais premiados dessa edição são Graffiti (Espanha), como melhor curta-metragem de ficção; e Lucens (Suíça), melhor animação. Serão concedidas ainda diversas menções honrosas, entre as quais se destaca a Menção Honrosa Paz Mundial, para a qual foi indicado Kunihiko Bonkohara, sobrevivente de Hiroshima e vice-presidente da Associação Hibakusha Brasil pela Paz, em São Paulo.

Na abertura do festival, às 18h, será prestada homenagem ao primeiro filme atômico brasileiroBahia Sci-Fci, que conta os bastidores do filme Abrigo Nuclear, de Roberto Pires, considerado a primeira ficção científica brasileira sobre energia nuclear, produzida no período da ditadura militar, em 1981. O diretor de Bahia Sci-Fci é Petrus Pires.

Variedades: Virada Cultural começa hoje com happy hour na capital paulista



  • 20/05/2016 09h11
  • São Paulo
Flavia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
Grupo Diálogos Ancestrais - Trupe Benkady se apresenta no Largo São Bento, na Virada Cultural, em São Paulo
Grupo Diálogos Ancestrais - Trupe Benkady foi uma das atrações do ano passado da Virada Cultural, no Largo São Bento, em São PauloBruno Bocchini/ Repórter da Agência Brasil
Começa hoje (20) na capital paulista a 12ª edição da Virada Cultural, promovida pela prefeitura de São Paulo. O evento, que vai até domingo (22), será aberto com uma novidade: um happy hour que começa às 17h e vai até as 23h, no perímetro entre a Avenida Ipiranga e a Praça da Sé. No trajeto, nove pontos recebem atrações culturais. A ideia é misturar o público da Virada Cultural às pessoas que aproveitam as atividades de sexta-feira à noite no centro. O happy hourconta com a parceria com bares e restaurantes.

Entre os destaques está a pré-inauguração do Palacete Tereza Toledo Lara que abrigará a Casa de Francisca, um espaço de música autoral da capital paulista. Durante o happy hour, os artistas Ná Ozzetti, Dante Ozzetti, Marcelo Pretto, Arrigo Barnabé, Luiz Tatit e Livia Nestrovski, Rodrigo Campos, Romulo Fróes e Marcelo Cabral, Kiko Dinucci, Juçara Marçal e Thiago França, Siba, Mestre Nico e Leandro Gervásio se apresentarão da varanda do Palacete, voltados para o público no calçadão histórico, na esquina da Rua Direita com a Rua Quintino Bocaiuva.

No Viaduto do Chá, das 18h às 23h, apresentam-se os músicos do Jazz na Kombi, um projeto que promove o Jazz na rua. “[Eles] Interferem na paisagem sonora, ocupam a cidade com Jazz, promovendo encontros de pessoas e repensando a ocupação das ruas. Todos unidos pelo Jazz, contra o rush. Todos os ponteiros apontando para o mesmo sentido: o som, marcando o tempo no tic-tac da bateria, na buzina das motos e no ronco dos motores”, diz a organização.

Neste ano, a Virada Cultural será estendida para todas as subprefeituras da cidade. Ao todo, serão 28 ruas abertas, oito bibliotecas municipais, nove centros culturais, sete teatros municipais, 11 casas de cultura, 26 Viradinhas (especial para as crianças), 10 centros Educacionais Unificados (Ceus), e cinco palcos externos montados nos bairros: dois na zona sul (Parelheiros e M'Boi Mirim); dois na zona leste (Parque do Carmo e Jardim Helena); e um na zona norte, em Pirituba.

                                                                        Palco principal
No Palco Júlio Prestes, o principal da Virada, a abertura, no sábado, às 18h, ficará por conta de Ney Matogrosso. No domingo, a partir do meio dia apresentam-se a Orquestra Sinfônica do estado de São Paulo (Osesp), além de Alcione, Criolo, Baby do Brasil e Armandinho e Nação Zumbi com a banda suiça The Young Gods.

Na Ocupação Anhangabaú, haverá as intervenções do Australia Now, maior evento de cultura australiana no Brasil, com duas performances: Snuff Puppets, com o espetáculo Everybody ePyrophone Juggernaut, um instrumento experimental em grandes proporções que representa o pirofone, instrumento musical inventado em 1873, no qual a música é acionada por fogo.

Neste mesmo espaço, estará o palco onde ocorrem os musicais da Broadway em versão nacional. Serão apresentados: Elis, a Musical; Dzi Croquetes; Gilberto Gil, Aquele Abraço – o MusicalRaia 30 – o Musical; e Meu Amigo Charlie Brown.

                                                                          Novidade
Nos Cortejos Cênicos, iniciativa inédita, com programação itinerante, na qual os grupos desfilarão sobre trios elétricos no trecho entre Avenida Rio Branco e Avenida Ipiranga, terá atrações de teatro, música, dança e circo. No Palco São João, o espaço será dedicado às mulheres, com apresentações exclusivas de artistas femininas. A Conexão Latina trará misturas de ritmos latinos, no palco da Barão de Limeira. No Largo do Paissandu o espaço será da cultura popular, produzida na capital e cidades próximas.

A Virada prestará também uma homenagem ao gaúcho Júpiter Maçã, morto no final do ano passado. No Palco Arouche, espaço para a cultura LGBT (sigla para lésbicas, gays, Bissexuais, transexuais e trangêneros), a programação será aberta com o Concurso Rainha da Virada e campeonato de dublagem. No Palco República, apresentam-se músicos de todos os gêneros.

                                                                             Viradinha
Para as crianças, a programação da Viradinha inclui shows da dupla Palavra cantada, do rapperDexter com a MC Sofia, dos projetos Grandes Pequeninos e Beatles para Crianças, além de apresentações de grupos teatrais circenses, oficinas de fantasias, criação de livros, yoga para bebês, construção de instrumentos, músicas e brincadeiras afro-brasileiras.
A programação completa está no site www.viradacultural.prefeitura.sp.gov.br.