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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Variedades: Mês de abril mais animado no FX



Redação

- Sessão DUPLEX. Toda sexta-feira um tema diferente.
- FX Cine UNCUT. Todo sábado, às 22h, sem intervalos comerciais.
- Especial Aliens x Predadores. Dia 2, a partir das 16h30.

Especial "Uma Noite Animada"
Segunda-feira, dia 11, a partir das 22h30

As segundas-feiras se tornarão divertidas junto com o FX. Novos episódios e estreias das séries que irão juntar toda a família no sofá para muita diversão e gargalhada!

22h30 - Team America
0h15 - Uma Família da Pesada- Episódios inéditos
0h45 - Border Town- ESTREIA!
1h15 - American Dad- ESTREIA!
1h45 - Bob's Burgers- Episódios inéditos


Sessão Duplex
Todas as noites de sexta, na faixa das 20h

Dia 01 - Gordon-Levitt: Aprendiz de Pegador
500 Dias com Ela + Como Não Perder esta Mulher

Dia 8 - Humor sem limites
Espartalhões + Os Vampiros que se mordam

Dia 15 - Contra o Sistema
Equilibrium + O Sistema (Estreia!)
                
Dia 22 - Danny Trejo
Machete + Machete Mata (Estreia!)



Sessão Uncut
Todo sábado, às 22h

Todos os sábados do mês de abril o canal exibirá um filme de sucesso sem intervalos comerciais.

Dia 02, às 22h. Predadores.

Dia 9, às 22h. Os Estagiários.

Dia 16, às 22h. O Hobbit: A Desolação de Smaug.

Dia 23, às 22h. Copa de Elite.

Dia 30, às 22h. O Justiceiro 2004.



Especial Aliens x Predadores
Sábado, dia 2, a partir das 16h30

No dia 2 de abril o FX apresenta, a partir das 16h30, um especial com 5 filmes na sequência que irão tornar o sábado muito mais animado. Os extraterrestres irão invadir a tela em "Aliens x Predadores".


16h30 - Predador
18h30 - Predador 2
20h15 - Alien Vs. Predador
22h00 - Predatores
23h45 - Prometheus

Especial "A Justiça é Cega"
Sábado, dia 30, a partir das 15h

No dia 30 de abril, a partir das 15h, um especial domina o dia no FX com 6 filmes, na sequência, com aquelas que não medem esforços para fazer justiça!

15h30 - O Justiceiro (1989)
17h00 - Elektra
18h30 - O Justiceiro- Em Zona de Guerra
20h15 - Demolidor: O homem sem Medo
22h00 - O Justiceiro (2014)
23h45 - Defendor

Variedades: “O Outro Lado do Paraíso”, ganhador do prêmio do júri popular em Gramado, estreia em junho falando de utopias, amor adolescente, política e golpe num país dividido



Redação

O ano era 1963. O Brasil vivia um período turbulento, com o governo em crise, o Congresso em chamas, denúncias de corrupção na imprensa e um golpe a caminho. Neste país dividido, um brasileiro anônimo, Antonio Trindade, entusiasmado com as propostas de reformas do presidente João Goulart, sai de Minas Gerais com mulher Nancy Emediato e três filhos para tentar realizar em Brasília, cidade ainda em construção, o maior sonho de sua vida: achar o paraíso na terra.

Esta história real – baseada em livro autobiográfico de Luiz Fernando Emediato – serviu de tema para “O Outro Lado do Paraíso”, segundo longa-metragem de André Ristum, que estreia nacionalmente em junho, depois de ganhar 12 prêmios em vários festivais no Brasil e no Exterior.

Naquele turbulento início dos anos 60, tendo renunciado o presidente Jânio Quadros, Antônio Trindade (Eduardo Moscovis) viajava incessantemente pelo interior de Minas Gerais obcecado com o sonho de achar a terra bíblica de “Evilath”, onde tudo seria perfeito, e ao mesmo tempo lutar para melhorar a vida de sua gente.

A história se desenvolve a partir da narração de Nando (Davi Galdeano), o filho de 12 anos. É ele – numa mistura de admiração, amor, dor, orgulho e tristeza – quem conta a história do pai, encantado com sua “loucura”. Também este menino tem seu sonho: ser escritor. E é através desses olhos e desta voz sensível que a ação transcorre, com o pai buscando seu futuro na oferta de trabalho em Brasília e nas reformas de base propostas pelo presidente Jango.

A mulher Nancy (Simone Iliescu), antes tão solitária por causa das andanças do marido, parece encontrar um porto seguro. A filha adolescente Suely (Camila Márdila, de “Que horas ela volta”), apaixona-se por um jovem soldado, Ricardo (Iuri Saraiva). Nando divide-se entre a saudade da menina que deixou em Minas, para quem escreve incessantes cartas, e a independente e atrevida Iara (Maju Souza), filha da professora Iolanda (Adriana Lodi), que encoraja o estudante tímido do interior a buscar conhecimento nos livros, o que ele faz estimulado também pela alfabetizadora de adultos Marina (Stephanie de Jongh), discípula do educador Paulo Freire. 

Mas o sucesso de Antonio no trabalho, os amores de seus filhos Suely e Nando e as esperanças da mãe Nancy são interrompidos dramaticamente em 1964, com o Golpe Militar. A paradisíaca “Evilath” do brasileiro Antonio arruína-se com a chegada dos generais. Antonio e seus principais companheiros (padre Alberto, interpretado por Murilo Grossi, e o sindicalista Jorjão, por Flavio Bauraqui) são presos. O avô Simeão Emediato (Jonas Bloch) vai buscá-los. Fim de linha?

– Depende – diz Luiz Fernando Emediato. – Contado assim, parece um romance de formação, um menino candidato a escritor descobrindo o amor e a vida enquanto o pai inquieto divide-se entre a obsessão bíblica de achar a terra prometida e a luta política pela libertação, ainda que não fosse comunista. Para mim, é algo maior. É preciso ver o filme para entender, no final, a metáfora do sonho. E perceber com algum espanto que, assim como em 1964, o Brasil está hoje diante do mesmo abismo. O paraíso existe ou é possível de ser construído? Como? Existe saída para nosso impasse secular? É disso que esse filme trata. De possibilidades e impossibilidades. Da maneira mais simples possível, encontrada magicamente pelo diretor André Ristum.

Para contar a saga de Antonio pelos olhos do filho, a produção do filme – dividida entre a Mercado Filmes, de Nilson Rodrigues, e a Geração Entretenimento, do próprio Emediato – teve de construir uma cidade cenográfica de quase 20 mil m² nos arredores de Brasília, além de usar bastante computação gráfica para reconstituir parte de Brasília como ela era – em plena construção – há 50 anos. Foram usadas também imagens históricas do documentário “Brasília –  Contradições de uma cidade nova” de Joaquim Pedro de Andrade e outras, jornalísticas, de Jean Manzon, até então jamais exibidas – imagens dramáticas dos tanques de guerra e dos soldados nas ruas de Brasília, São Paulo e Rio, logo após o golpe militar ter sido deflagrado, no madrugada do dia 1º de abril de 1964.

– As imagens de “Brasília – Contradições de uma cidade nova” integram-se às do filme, dando ainda mais consistência e verdade às imagens ficcionais e recriadas na filmagem e pós produção” – diz o diretor André Ristum. – A isso se somou a descoberta das imagens dramáticas de Jean Manzon, que cobriu o dia do golpe com suas câmeras de cinema em Brasília, no Rio de Janeiro e em Brasília e jamais as exibiu, possivelmente por temor de represálias. Elas revelam cenas de grande dramaticidade e violência.

A cidade cenográfica reconstitui parte de Taguatinga, na época um aglomerado de barracos de madeira em ruas empoeiradas na periferia do Distrito Federal e hoje uma cidade de porte médio. Foi lá que viveu, em 1963, a família de Emediato.
O filme tem uma trilha sonora impactante, composta especialmente por Patrick De Jongh, e a ela se somou a participação especial de Milton Nascimento, que toca sanfona, violão e cavaquinho e pontua algumas cenas com seus famosos vocalizes, além de interpretar uma canção original, composta também por De Jongh.

“O Outro Lado do Paraíso” ganhou o prêmio de melhor filme do júri popular no Festival de Gramado e outros sete prêmios no Troféu Câmara Legislativa, incluindo melhor filme na escolha do público, melhor ator (Davi Galdeano) e melhor atriz (Simone Iliescu). Ainda recebeu os prêmios de Melhor Filme, Melhor Atriz (Maju Souza) e Melhor Filme pelo Júri Popular Jovem no Festival Latino-americano de Trieste, na Itália.

Com distribuição da Europa Filmes, o longa tem patrocínio da Petrobras, dos Correios, do FAC - Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal -, do Banco Original (do Grupo JBS) do Banco BMG, da BB DTVM (subsidiária do Banco do Brasil), do Banco PAN, da AMBEV, da Usina São Domingos e da MRV Engenharia. Contou também com recursos do FSA – Fundo Setorial do Audiovisual.


terça-feira, 5 de abril de 2016

Túnel do Tempo: Agentes líbios terroristas



Luís Alberto Alves

Terror: No dia 5 de abril de 1999, o governo da Líbia entrega dois agentes de seu serviço secreto, acusados de explodirem um avião da PanAm, em 1988.

Radiografia de Sampa: Rua Oscar Freire




Luís Alberto Alves

 O Dr. Oscar Freire de Carvalho, notável médico brasileiro, nasceu na Bahia em 03 de outubro de 1882. Aos 14 anos de idade matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia, diplomou-se em 1902. Dedicou-se primeiro à cirurgia que, logo depois, deixou pela Medicina Legal. Em março de 1907, depois de brilhante prova de concurso, foi nomeado professor substituto de Higiene e Medicina Legal. 

Nomeado professor substituto de História Natural da Escola Politécnica da Bahia em 1913, no ano seguinte era promovido catedrático de Medicina Legal da Faculdade de Medicina. Três anos mais tarde, foi convidado pelo Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho para vir instalar em São Paulo a disciplina de Medicina Legal, que começou a funcionar em 18 de abril de 1918, a princípio no Instituto de Higiene, depois no Laboratório Central da Santa Casa e, mais tarde, no prédio especialmente construído para esse fim. 

A morte o surpreendeu antes de ver instalada definitivamente a sua disciplina. Fundou ainda a Sociedade de Medicina Legal e Criminologia e a Sociedade de Educação e Ensino. Era membro honorário do Instituto de Medicina Legal da Universidade de Madri e correspondente da Sociedade de Medicina Legal da Bélgica e de Roma.

 Como professor de Medicina e cientista, deixou numerosos trabalhos, além de artigos na imprensa diária sobre a história do ensino na perícia, centenas de laudos periciais e pareceres médicos-legais, lições, artigos e estudos vários. Faleceu em São Paulo em 11 de janeiro de 1923. A Rua Oscar Freire (foto) fica nos Jardins, Zona Sul de SP.

Geral: Clínicas do Testemunho passarão a atender vítimas da violência do Estado também do período democrático


Redação

Projeto foi criado em 2013 pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça para atendimento psicológico a vítimas diretas ou indiretas da ditadura militar. Agora as ações das clínicas serão ampliadas para casos que ocorreram durante o período democrático.

 Parceria entre British Council e Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, por meio do Newton Fund, vai proporcionar treinamento a agentes do Sistema Único de Saúde e do Sistema Único de Assistência Social para atendimento a vítimas da violência do Estado. As ações serão implementadas por meio de instituições que fazem parte do programa Clínicas do Testemunho – criado em 2013 pela Comissão de Anistia para apoio psíquico a vítimas diretas e indiretas da ditadura militar.  
A atuação ampliada do programa atende à necessidade de políticas específicas para combate e reparação da violência do Estado. Relatório final da Comissão Nacional da Verdade atesta que esse tipo de violência não cessou com o fim da ditadura militar e é hoje um problema de saúde pública, principalmente entre jovens de populações economicamente vulneráveis. 
O trabalho será desenvolvido nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Florianópolis, por meio das instituições com projetos selecionados na segunda fase do programa Clínicas do Testemunho e em parceria com entidades estrangeiras. A lista inclui o Instituto APPOA - Clínica, Pesquisa e Intervenção em Psicanálise em conjunto com o International Centre for Health and Human Rights e o Centre for Psychoanalysis – Middlesex University; o Instituto de Estudos da Religião (ISER) com apoio do Institute of Education at the University of Manchester e da London School of Economics and Political Sciences e, por fim, o Instituto Sedes Sapientiae e a Birbeck University of London.
Nos três primeiros anos de funcionamento o programa Clínicas do Testemunho atendeu mais de quatro mil pessoas. As ações de capacitação chegaram a cerca de 700 profissionais do SUS e do SUAS. Atendimento individuais e em grupo para as vítimas alcançaram quase 400 pessoas. De acordo com o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, “as clínicas do testemunho surgem a partir da perspectiva de que as vítimas da violência do Estado precisam ter acesso a medidas de reparação psíquica. “
SOBRE O NEWTON FUND
O Newton Fund (Fundo Newton) é uma iniciativa governo britânico que visa promover o desenvolvimento social e econômico dos 15 países parceiros, por meio de pesquisa, ciência e da tecnologia. O fundo de 715 milhões de libras esterlinas até 2021 atua em três grandes áreas: capacitação de pessoas em ciência e inovação nos países parceiros, colaboração em pesquisas acadêmicas sobre temas de desenvolvimento e a transferência de conhecimento para criação de soluções colaborativas para os desafios de desenvolvimento e fortalecimento dos sistemas de inovação.

SOBRE O BRITISH COUNCIL
O British Council é a organização internacional sem fins lucrativo do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais. Seu trabalho busca estabelecer a troca de experiências e criar laços de confiança por meio do intercâmbio de conhecimento e de ideias entre pessoas ao redor do mundo. A organização está presente em mais de 100 países e trabalha com parceiros como os governos em diversas instâncias, organizações não-governamentais e iniciativa privada, em ações relacionadas à promoção da língua inglesa, cultura, artes, educação e programas sociais.

Economia: Quase 2 milhões de paulistanos estão devendo


Luís Alberto Alves
Apesar do esforço das famílias paulistanas para ajustar o orçamento em decorrência da crise, a inflação elevada e o aumento do desemprego levaram as famílias paulistanas a voltar a se endividar e, em março, 51,6% delas tinham alguma dívida, sendo que, em fevereiro, a proporção era de 51,1%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o valor estava em 42,3%, houve aumento expressivo de 9,3 pontos percentuais. Em termos absolutos, o número de famílias endividadas passou de 1,959 milhão em fevereiro para 1,979 milhão em março. Na comparação com o mesmo mês de 2015, houve alta de 461 mil famílias com dívidas.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A entidade reforça que o retorno do endividamento para a casa dos 50% em um ano sinaliza que a renda disponível já não é suficiente para honrar os compromissos financeiros das famílias. Se esse comprometimento de renda continuar crescendo, haverá maior inadimplência nos próximos meses. Ainda, segundo a federação, o efeito da inflação, principalmente nos bens não duráveis, como alimentos, diminui a renda do consumidor, que se endivida mais a cada dia para tentar manter seu padrão de vida.

A proporção de endividados é maior entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos (54,2%, com queda de um ponto percentual em relação a fevereiro e alta de 10,4 p.p. na comparação com março de 2015). Nas famílias que recebem mais de dez salários, a parcela de endividados foi de 44,2%, 4,8 p.p. acima do registrado em fevereiro e 6 p.p. superior ao valor de março do ano passado.

Com relação aos prazos das dívidas, a pesquisa revelou ainda que 35,2% das famílias comprometeram sua renda por mais de um ano; 24,1% possuem débitos com prazos de até três meses; 19,2% entre seis meses e um ano; e 18,7% das pessoas com dívidas de três a seis meses.

                                                                            Inadimplência
Em março 18,4% das famílias paulistanas disseram estar com as contas em atraso (o maior valor desde outubro de 2013), alta de 1,3 p.p. em relação ao mês anterior. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, o indicador apresentou alta de 7,7 p.p., a maior alta da série histórica nessa base de comparação - em março de 2015, a proporção era de 10,7%. Em números absolutos, o total de famílias com contas atrasadas atingiu 705 mil.

Entre as famílias com contas em atraso, 49,8% delas afirmaram ter débitos vencidos a mais de 90 dias; 24% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias; e 25,2% do total de famílias estavam com dívidas atrasadas por até 30 dias.

A pesquisa mostra ainda que a inadimplência é maior nas famílias com menor renda. Entre as que ganham até dez salários mínimos, 22,7% estão com contas atrasadas - alta de 9,9 p.p. na comparação com os 12,8% registrados em março de 2015. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, as famílias com menor renda sentem mais os efeitos da inflação e da alta de juros. Para essa faixa da população, onde qualquer imprevisto pode desequilibrar suas finanças, o crédito representa um importante meio de inclusão aos padrões de consumo e é a única forma de acessá-los.

Nas famílias que recebem mais de dez salários, apenas 7,8% delas têm dívidas atrasadas - elevação de 2,4 p.p. em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em março 6,7% das famílias acreditavam que não teriam condições de pagar total ou parcialmente suas contas no mês seguinte. Esse percentual era de 3,7% no mesmo período de 2015. Em números absolutos, existem 255 mil famílias que estão nessa situação.

Tipos de dívida
O cartão de crédito permanece o principal meio de endividamento das famílias em março e foi utilizado por 70,9% dos endividados. Na sequência estão financiamento de carro (15,9%), carnês (15,7%), crédito pessoal (12,3%), financiamento de casa (11,9%) e cheque especial (10,1%). Na comparação com fevereiro, houve aumento de 0,8 p.p. na proporção de famílias endividadas no cartão e na análise anual foi registrada alta de 11,6 p.p.

Segundo a assessoria econômica da federação, diante de preços mais altos e queda da renda, muitas famílias estão recorrendo ao parcelamento da fatura ou ao rotativo do cartão de crédito na tentativa de ganhar um fôlego no orçamento. Os economistas da entidade alertam, porém, para os elevados juros da modalidade (que estavam em 15,2% ao mês em fevereiro, segundo dados do Banco Central), que podem levar à desorganização das finanças pessoais e aumentar o risco de inadimplência.

                                                                           Metodologia
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. A partir de 2010, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) comprou a pesquisa da FecomercioSP, que passou a analisar os dados nacionalmente. A federação continua divulgando os dados de São Paulo, alinhados com a data de divulgação da PEIC nacional pela CNC. Na capital, são entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores.

O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis de endividamento e de inadimplência do consumidor. Com base nas informações coletadas, são apurados importantes indicadores: nível de endividamento, percentual de inadimplentes, intenção de pagamento de dívidas em atraso e nível de comprometimento da renda. Tais indicadores são observados considerando duas faixas de renda.

A pesquisa permite o acompanhamento do nível de comprometimento do comprador com as dívidas e sua percepção em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos.

Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 157 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista - aproximadamente 4% do PIB brasileiro - e gera 5 milhões de empregos. 

Economia: Energia vai ficar mais cara em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul




  • Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (5) o reajuste tarifário para as distribuidoras CPFL Paulista, Energisa Mato Grosso e Energisa Mato Grosso do Sul. Os novos valores serão aplicados a partir da próxima sexta-feira (8).

Os consumidores residenciais atendidos pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Paulista) terão um aumento de 6,55% na conta de luz. Para as indústrias, o reajuste será de 6,56%. A distribuidora fornece energia para 4,2 milhões de unidades consumidoras localizadas em 234 municípios do interior de São Paulo.

Para a concessionária Energisa Mato Grosso (EMT), que atende 1,3 milhão de unidades consumidoras sediadas em 141 municípios, o aumento será de 9,12% para os consumidores residenciais e de 7,58% para as indústrias.

Para os consumidores residenciais da Energisa Mato Grosso do Sul (EMS), a elevação será de 7,38% e para a indústria, de 6,75%. A distribuidora atende 970 mil unidades consumidoras em 73 municípios do Mato Grosso do Sul.

Segundo a Aneel, o cálculo do reajuste considera a variação de custos associados à prestação do serviço. O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, além dos encargos setoriais. Os custos típicos da atividade de distribuição são atualizados com base no IGP-M - Índice Geral de Preços do Mercado.