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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Variedades: A França dos Excluídos no CineSesc a partir de 16 de julho



Low Life é um dos filmes


O Cinema de Klotz e Perceval: A França dos Excluídos apresenta a filmografia de um dos mais importantes cineastas franceses da atualidade. Nicolas Klotz, dotado de um estilo particular de filmar, volta-se para personagens marginais que refletem as configurações das relações socioculturais na França pós-colonial.

Serão exibidos dez longas e três curtas do diretor ainda inéditos no Brasil, além de “A Questão Humana” (2007) que chegou às salas de cinema do país. O diretor e sua mulher, Elisabeth Perceval, estarão presentes durante a mostra para debates, entrevistas e uma “master class” em 18/7, às 11h.

Ainda como parte da programação, o CineSesc promove o Cine Psique, um bate-papo com a platéia após a exibição de “A Questão Humana”, em 21/7, às 19h; e um curso para ajudar a contextualizar a obra apresentada na mostra com o crítico de cinema Felipe Furtado em 23/7 e 24/7, das 19h30 às 21h30.

De quinta-feira, 16/7 a quarta-feira, 22/7, no CineSesc.

                                                         FILMES

Low Life (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2011, 123 min., 14 anos)
Com Camille Rutherford, Arash Naimian, Luc Chessel.
Recém-separados, Charles e Carmen fazem parte de um grupo de amigos de vinte e poucos anos que levam uma vida comunitária. Este grupo de românticos vive entre o limite do idealismo da adolescência e a realidade da vida adulta. Em um protesto para impedir a polícia de evacuar um prédio de imigrantes, Carmen conhece Hussain, um poeta afegão que estuda ilegalmente na França, e os dois começam uma intensa relação.

A Questão Humana (Dir.: Nicolas Klotz, França, 2007, 143 min., 14 anos)
Com Mathieu Amalric, Michael Londsdale, Edith Scob.
Simon trabalha como psicólogo no departamento de recursos humanos da filial francesa de uma corporação petroquímica de origem alemã. Quando o vice-presidente lhe pede que investigue a vida do presidente, suspeito de insanidade mental, a percepção de Simon torna-se caótica. O passado volta à tona durante o inquérito, revelando ligações indeléveis da empresa com o regime nazista.

A Ferida (Dir.: Nicolas Klotz, Bélgica/França, 2004, 163 min., 14 anos)
Com Noëla Mossaba, Adama Doumbia, Matty Jambo.
Uma moça chega ao Aeroporto Charles de Gaulle, em busca de um reencontro com seu marido em Paris. Apesar das alegações articuladas de asilo, ela é mantida em uma cela apertada, juntamente com uma série de outros africanos, que são humilhados e maltratados. Além de ameaçados de deportação imediata. O marido pergunta de seu paradeiro à chegada, e é recebido com, respostas enganosas.

Paria (Dir.: Nicolas Klotz, França, 2000, 125 min., 14 anos)
Com Cyrill Troley, Gérald Thomassin, Didier Berestestky.  
Um rapaz após brigar com a sua família, decide se mudar para um apartamento próprio, mas sem condições financeiras de se manter, acaba despejado. Ele passa, então, a dormir nas ruas e a roubar para sobreviver. Numa noite enquanto dorme, o rapaz é assaltado por outro sem-teto, e o acaso faz iniciar uma amizade.

Mademoiselle Julie (Dir.: Nicolas Klotz e Frédéric Frisbach, França, 2011, 101 min., 12 anos)
Com Juliette Binoche, Nicolas Bouchaud, Bénédict Cerruti. 
Adaptação da peça de Auguste Strindberg para o cinema, o filme documenta os ensaios e as inúmeras repetições e apresentações de cenas do espetáculo dirigido por Frédéric Frisbach. Mostra a visão de Nicolas Klotz sobre o teatro, o público e o cinema.

Le Vent Souffle dans la Cour D’Honneur (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2013, 101 min., 12 anos)
 Entre 2011 e 2013, o Festival de Avignon abriu as portas para Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval registrarem os artistas e seus trabalhos em andamento para o evento. Passando por Londres, Berlim, Cesena, Avignon e Brazzaville, o documentário se propõe a trazer as questões que emergem em meio da tempestade criativa que representa o Festival d’Avignon hoje.

Les amants Cinéma (Dir.: Héléna Klotz, França, 2008, 65 min., livre)
 A filha do casal Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval documenta o dia-a-dia da filmagem de A Questão Humana. Mostra os ensaios com atores, as cenas sendo filmadas e as discussões na sala de montagem. Um registro íntimo e observacional do trabalho dos cineastas, que, por meio de uma aparente simplicidade, constrói um retrato das personalidades distintas de Klotz e Perceval que se completam cinematograficamente.

Brad Mehdau (Dir.: Nicolas Klotz, França, 1999, 56 min., livre) 
Retrato do jovem pianista de 29 anos, que chamou a atenção, logo em sua estreia, dentro do contexto restrito do jazz. O documentário acompanha o músico em sua turnê europeia e americana, com apresentações de canções próprias e clássicos, além de entrevistas. Produção realizada para série “Jazz Collection” do canal francês ARTE.

James Carter (Dir.: Nicolas Klotz,França, 1998, 57 min., livre)
O documentário segue o músico James Carter em Nova Iorque. O jovem negro chamou a atenção para si em plena década de 90, sobretudo por não ter escolhido o caminho fácil do rap para o sucesso.  Na Europa, seu quarteto se tornou um dos mais consistentes e conhecidos grupos de jazz. Produção realizada para série “Jazz Collection” do canal francês ARTE.

Ceremony Brazza (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, África do Sul/França, 2014, 52 min., 12 anos)
Durante o mês de dezembro, Klotz e Perceval foram convidados para ministrar aulas de cinema na África. A partir da experiência decidiram rodar um documentário que envolve a cultura, dança e o encontro com os habitantes locais.

Zombies (Dir.:Nicolas Klotz, França, 2009,104 min., 12 anos.)
No final de 2008, Nicolas Klotz e Elizabeth Perceval foram convidados para passar um mês com uma dúzia de atores em Toulouse. Eles e apenas uma câmera, sem uma previsão prévia de resultados. Sem orçamento, com apenas três semanas de preparação e cinco noites de filmagem, o casal realizou um filme sobre o processo do atelier com esses atores.

Pour se frayer un chemin dans la jungle, il est bon de frappér avec um baton pour écarter lês dangers invisibles (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2013, 25 min., 12 anos.)
Com Vincent Macaigne, Luc Chessel, Silvia Costa. 
Um crítico da revista Cahiers du Cinéma entrevista um diretor de cinema a respeito de sua nova produção.

La Consolation (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2007, 9 min., 12 anos)
 Com Léa Seydoux, Elise Bertero, Pierre Niney.
Durante uma festa, Camille fala sobre seu corpo, seus amores, o tempo que dá errado e pensa no futuro.

Jeunesse D'Hamlet (Dir. Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2007, 9 min., 12 anos)
Com Selym Clayssem, Anastasia Tarassova, Laurent Charpentier.
Enquanto motins estouram em conjuntos habitacionais e o exército tenta restaurar a paz nas ruas, quatro jovens são interrogados pela polícia por suspeita de terrorismo.

MASTER CLASS COM NICOLAS KLOTZ E ELIZABETH PERCEVAL

Como parte da programação da mostra O Cinema de Klotz e Perceval: A França dos Excluídos, o diretor Nicolas Klotz e a roteirista Elizabeth Perceval se encontram com o público no CineSesc para apresentar e discutir sua produção cinematográfica.
Sábado, 18/7, 11h, grátis.

                                                           CINE PSIQUE

Parceria com o IPq-HC (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas). O objetivo é utilizar a capacidade única que o cinema tem de criar as mais variadas representações da realidade para assim discutir a questão dos transtornos mentais e dos pacientes psiquiátricos. Mensalmente um filme é alvo de debate entre profissionais da saúde e do cinema; com isso cria-se um diálogo entre os universos da arte e da ciência, divulgando informações e combatendo o estigma que até hoje ainda cerca a psiquiatria. O bate-papo com a plateia acontece após a exibição do filme.
A Questão Humana (Dir.: Nicolas Klotz, França, 2007, 143 min).
Terça-feira, 21/7, 19h, grátis.

CURSO: O Cinema de Klotz e Perceval: A França dos Excluídos.

O objetivo do curso é o de apresentar e contextualizar a obra de Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval dentro do cinema francês e do cinema politico contemporâneo. O casal ficou conhecido a partir da repercussão da sua Trilogia dos Tempos Modernos (formada por PariaA Ferida e A Questão Humana) e as aulas se debruçam, sobretudo, sobre estes três trabalhos tentando localizar o que os torna singulares como peças de resistência política, suas influências cinematográficas e a maneira como se relacionam com a vida na França contemporânea.
Com o crítico de cinema Filipe Furtado.
Quinta-feira, 23/7 e sexta-feira, 24/7, das 19h30 às 21h30. De R$ 6 a R$ 20.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Túnel do Tempo: Acidente mata Jayne Mansfield



Luís Alberto Alves

Fatalidade: No dia 29 de junho de 1967,  a atriz Jayne Mansfield (foto) morre aos 34 anos, em acidente automobilístico, perto de Nova Orleans, Estados Unidos.

Radiografia de Sampa: Rua Barão de Ladário





Luís Alberto Alves

 José da Costa Azevedo (Barão de Ladário) nasceu no Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1825. Nomeado guarda-marinha em 1839, seguiu para a América do Norte onde aperfeiçoou os seus conhecimentos.

 Oficial de grandes merecimentos, alcançou todos os postos até o de Chefe de Esquadra, em 1882. Durante o seu estágio na Marinha teve oportunidade de servir na Comissão de limites com o Peru e Guiana Francesa.


 Serviu também na esquadra em operações contra o Paraguai, foi Senador pelo Amazonas e ministro da Marinha em 1889. Possuía vários títulos honoríficos e a medalha da Campanha do Paraguai. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Faleceu no Rio de Janeiro, em 24 de setembro de 1904. A Rua Barão de Ladário (foto) fica no Brás, Centro. 

Geral: O envelhecimento da população , um desafio para a sociedade





Redação
 Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), em média 30% das pessoas com mais de 65 anos de idade sofrem quedas ao longo do ano, chegando a 42% em pessoas com mais de 70 anos. Um dado alarmante para a população da terceira idade e seus familiares, visto que em alguns casos, estas quedas podem manter os idosos acamados pelo resto das suas vidas.

 Além disso, a síndrome pós-queda (muito comum nestes casos) inclui dependência, perda de autonomia, confusão, imobilização e depressão, que levarão a restrições ainda maiores nas atividades diárias.

 Só nas últimas décadas, fraturas e lesões de medula aumentaram 131%. Por isso, é importante estar atento as condições em que vivem estes idosos, e embora existam diversos fatores que contribuam para as quedas, é importante mudar alguns hábitos na rotina da casa.

 A estatística da OMS ainda prevê que caso não sejam tomadas medidas preventivas no futuro imediato, os números de lesões causadas por quedas será 100% mais alto no ano de 2030.

 De acordo com estes dados, o Dr. Rodrigo Peres, Diretor da Central da Fisioterapia, revela que modificar comportamentos de risco contribuirá para que o número de fraturas e lesões em decorrência das quedas diminua. Degraus estreitos, escada escorregadias, tapetes soltos e iluminação insuficiente são os principais vilões dos idosos, que também precisam de atenção redobrado no banheiro, que tem sido o campeão de queda, em virtude do piso molhado.

 Deixar o ambiente mais espaçoso, facilitando a locomoção do idoso é um grande passo. Mas, é importante destacar que exercícios que unem força e equilíbrio são grandes aliados na luta contra as quedas. Pensando na prevenção e na diminuição do número de quedas em idosos, Peres indica treinamento especifico através da fisioterapia, uma vez que o fortalecimento muscular adequado favorece a postura e mantém as articulações estáveis, diminuindo o risco de desequilíbrio.




Economia: Corretores de imóveis, de vilão a super herói



Ficou mais difícil para vender imóveis no Brasil em 2015

Redação
 O novo agente de vendas tem uma missão a cumprir: compreender de fato as necessidades do cliente e propor a compra do imóvel ideal. Quem garante é Rogério Santos, 27 anos de mercado imobiliário e à frente do primeiro outlet de imóveis do mundo. Ele ainda enfatiza: esse mesmo agente será avaliado pelo seu cliente conforme a qualidade do atendimento e da venda que propuser. Assim como já acontece nos Estados Unidos, os melhores corretores são superstars, disputados pelas melhores empresas.
 Ao contrário dos profissionais aventureiros que entraram no mercado há 4 ou 5 anos, com a onda evolutiva da demanda entrando em extinção, o corretor moderno não tem que entender de assuntos que envolvam apenas o produto, mas precisam conhecer as inseguranças das incorporadoras, a qualidade dos acabamentos, aa mudanças de zoneamento da cidade e a possível valorização do imóvel e da região. Não é à toa que vemos hoje uma profusão de blogs e redes sociais de corretores com bastante conteúdo – é preciso mostrar ao mercado que se entende realmente do assunto, para não ficar para trás.
Para o novo momento, Rogério dá algumas dicas:
Informação – o mundo globalizado e online pede que o novo profissional tenha conhecimentos sobre vários assuntos. Negócios, indicativos, mercado financeiro, tendências do mercado imobiliário e, claro, cultura geral. “Ninguém quer colocar algo tão importante como a compra de um bem imóvel nas mãos de quem não mostra firmeza e conhecimento”, explica Rogério.
Empreendedorismo – o corretor é um profissional liberal e, portanto, tem que pensar como uma empresa, definindo metas, buscando crescimento profissional, ampliando a atuação, conhecendo sobre seu negócio. “É preciso que o corretor tenha iniciativa própria, saiba o que quer vender, entenda do seu produto e tenha uma visão empreendedora, só assim conseguirá se destacar”, garante o especialista.
Ver a corretagem como carreira – há algum tempo, acabava trabalhando com imóveis quem não tinha uma carreira, ser corretor era a segunda opção. Mas isso mudou: “é preciso que o corretor tenha vontade de fazer carreira, ampliar portfolio e se especializar”. O mercado de imóveis pode remunerar melhor do que muitas profissões, mas o trabalho é árduo e a formação e inteligência de mercado são fundamentais.
Atualização – é preciso manter-se no topo, acompanhando o mercado e a tecnologia, através de aplicativos, redes sociais, além de estar atualizado das tendências de produto e consumo.
Para ele, essa fase de crise é uma grande oportunidade de readequação e de aprendizado para o crescimento, que deve acontecer na sequência: “vamos passar por uma reinvenção do mercado, em que a informação será ponto crucial para o sucesso na carreira”. Segundo ele, ainda, estamos vendo mais autonomia do consumidor final com relação as suas decisões de compra, estabelecimento de valores e de qualificação dos produtos imobiliários, além da forma com a qual é feita a intermediação: “é preciso trabalhar como parceiro do consumidor, passar confiança e conhecimento. Assim, é possível fidelizar”, garante.


  



Variedades: Clássica leva “O Sétimo Selo” aos cinemas brasileiros em julho






O filme Sétimo Selo estará nesta mostra

Redação

 Filmes que marcaram a história do cinema e que são fundamentais para todos os cinéfilos estão no Clássica: cópias restauradas em digital (DCP) dos clássicos do cinema internacional ao circuito comercial do país. 

Os sete primeiros filmes do catálogo do Clássica serão lançados um a um, mensalmente, a partir de julho, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, João Pessoa e Santos. 
O primeiro lançamento será O Sétimo Selo, do diretor Ingmar Bergman em 23 de julho.

O Sétimo Selo
Um filme de Ingmar Bergman
1957, Suécia, p&b, 96min., DCP
Elenco: Max Von Sydow, Gunnar Björnstrand, Nils Poppe, Bibi Andersson, Bengt Ekerot, Åke Fridell, Inga Gill, Gunnel Lindblom
Diretor de Fotografia: Gunnar Fischer
Montagem: Lennart Wallén
Som: Aaby Wedin
Música: Erik Nordgren
Figurino: Manne Lindholm
Maquiagem: Nils Nettil
Produção: Ab Svensk Filmindustri
Direção e Roteiro: Ingmar Bergman
Título original: Det sjunde inseglet
Sinopse: O cavaleiro Antonius Block retorna das Cruzadas para uma Suécia devastada pela peste negra e pela Inquisição. Ao seu redor apenas sofrimento e destruição. Em suas andanças, Antonius encontra a morte, que o desafia para uma partida de xadrez.

A obra de Ingmar Bergman, um dos maiores gênios do cinema mundial e o grande nome do cinema escandinavo, traz entre suas principais marcas autorais os questionamentos profundos sobre a fé e a existência de Deus, dramas com fortes raízes nas teorias da psicanálise, e a utilização dos mesmos atores em diferentes obras. O “Sétimo Selo” é seu filme mais icônico e agrupa todas as características que o tornaram célebre. Vencedor do prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1957. 

Clássica vai apresentar, do cinema do sueco Ingmar Bergman, além de O Sétimo Selo (1957), tambémMorangos Silvestres (1957). Do italiano Federico Fellini, serão duas de suas obras-primas: A Doce Vida(1960) e  (1963). O Clássica trará ainda, de Pier Paolo Pasolini, Mamma Roma (1962); e do diretor alemão Werner Herzog, Nosferatu - O Vampiro da Noite (1979) e Fitzcarraldo (1982). 

Uma parceria entre as empresas FJ Cines e Zeta Filmes. 
A distribuidora FJ Cines está há mais de 40 anos no mercado cinematográfico, sempre direcionou sua atuação para o cinema independente e principalmente nos clássicos europeus dos anos 1950-70. Também grande exibidora no passado, focou-se nos grandes diretores que o público brasileiro começava a ter acesso durante as poucas mostras e festivais existentes no final dos anos 1970 e início dos 1980 - como Federico Fellini, Visconti, Antonioni, Rossellini, Bertolucci e as grandes comédias de Totó.

 O cinema alemão dos anos 1970 com Herzog e Fassbinder e a Nouvelle vague francesa também foram lançados com enorme sucesso de público e crítica. E grande parte da filmografia do sueco Ingmar Bergman, até então desconhecido no Brasil, foi lançada em cinema primeiramente e depois em DVD e TV. Com a digitalização, a FJ Cines voltou a trazer os clássicos em cópias restauradas e a realizar sessões especiais em diversos cinemas do Brasil. 

A Zeta Filmes, criada em 1998 em Belo Horizonte, é uma produtora cultural que se dedica a realização de festivais de cinema, mostras, curadorias e exposições audiovisuais. Realiza o Indie Festival há 15 anos em Belo Horizonte e São Paulo, e também o Fluxus Festival que promove exposições de artistas audiovisuais. A Zeta começou a atuar também, nos últimos dois anos, como distribuidora de filmes internacionais independentes no circuito comercial brasileiro. Distribuiu filmes premiados como Ida, ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015; importantes diretores do cinema contemporâneo como Apichatpong Weerasethakul, Danis Tanovic e Tsai Ming Liang; novos diretores como Alex Ross Perry, Denis Côté e Amat Escalante, além de filmes autorais em 3D como Caverna dos sonhos esquecidos, de Werner Herzog e Contos da Noite, de Michel Ocelot. 
Próximos lançamentos:


A Doce Vida - estreia: agosto 2015
Um filme de Federico Fellini
1960, Itália, p&b, 174 min., DCP
Elenco: Marcello Mastroianni, Anita Ekberg, Anouk Aimée, Yvonne Furneaux, Alain Cuny, Annibale Ninchi, Magali Noël
Diretor de Fotografia: Otello Martelli
Montagem: Leo Cattozzo
Música: Nino Rota
Figurino: Piero Gherardi
Produtores: Giuseppe Amato e Angelo Rizzoli
Produtor Executivo: Franco Magli    
Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli
Direção: Federico Fellini
Título original: La Dolce Vita

Sinopse: Federico Fellini nos guia em um passeio pelas dores, delícias e pela frivolidade da burguesia romana dos anos 1960. No centro desse passeio está Marcello Rubini, jornalista e colunista social, e suas aventuras profissionais e amorosas. Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, ele freqüenta festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido para a vida.

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 1960 e do Oscar de Melhor Figurino em 1962. Primeira colaboração de Federico Fellini e Marcello Mastroianni, seu alter-ego cinematográfico. Essa parceria é retomada em 8 1/2, de 1963. “A Doce Vida” é extremamente influente e referenciado em diversos filmes posteriores, como o recente ”A Grande Beleza”, de Paolo Sorrentino.

NOSFERATU - O VAMPIRO DA NOITE  -  estreia: setembro 2015
Um filme de WERNER HERZOG
1978, Alemanha/França, cor, 103 min., DCP
Elenco: Klaus Kinski, Isabelle Adjani, Bruno Ganz, Roland Topor, Walter Ladengast
Diretor de Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Música: Popol Vuh 
Produção, Roteiro e Direção: Werner Herzog
Título original: Nosferatu: Phantom der Nacht
Sinopse: Em Nosferatu - O Vampiro da noite o diretor Werner Herzog homenageia dois mestres: o escritor Bram Stoker, cujo livro Drácula é a espinha dorsal do roteiro de Nosferatu, e F. W. Murnau, autor e cineasta do movimento impressionista alemão e diretor de Nosferatu, de 1922. A narrativa acompanha o vampiro Conde Drácula, o agente imobiliário Jonathan Harker e sua noiva Mina.

“Nosferatu” coloca as obras de dois dos maiores e mais premiados diretores do cinema alemão, Murnau e Herzog. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim de 1979 por sua direção de arte, considerado pelo crítico de cinema Roger Ebert um dos grandes filmes da história do cinema.

MAMMA ROMA  - estreia: outubro 2015
Um filme de PIER PAOLO PASOLINI
1962, Itália, p&b, 106 min., DCP
Elenco: Anna Magnani, Ettore Garofolo, Franco Citti, Silvana Corsini
Diretor de Fotografia: Tonino Delli Colli
Direção de Arte: Flavio Mogherini
Montagem: Nino Baragli
Música: Carlo Rustichelli
Produção: Alfredo Bini
Direção e Roteiro: Pier Paolo Pasolini

Sinopse: Mamma Roma deseja abandonar a prostituição para começar uma vida nova, vendendo frutas na feira e criando seu filho adolescente, Ettore. Mas Ettore, cercado por más influências e furioso ao descobrir a ocupação de sua mãe, cai em um mundo de criminalidade e se torna vítima da violência policial, frustrando os sonhos de Mamma Roma. Uma visão dramática e, às vezes, irônica, da Itália, repleta de referências à arte e a religião do país.

Pier Paolo Pasolini é o diretor mais polêmico da história do cinema italiano, autor de filmes como “Teorema” e “Saló”. Poeta e intelectual, Pasolini tecia referências à história do cinema e da arte em suas obras.

MORANGOS SILVESTRES   -  estreia: novembro 2015
Um filme de INGMAR BERGMAN
1957, Suécia, p&b, 91min., DCP.
Elenco: Victor Sjöström, Gunnar Björnstrand, Ingrid Thulin, Bibi Andersson
Folke Sundqvist, Björn Bjelvenstam, Jullan Kindahl, Gunnar Sjöberg, Gunnel Broström, Naima Wifstrand 
Diretor de Fotografia: Gunnar Fischer
Montagem: Oscar Rosander
Som: Aaby Wedin
Música: Erik Nordgren
Figurino: Manne Lindholm
Produção: Allan Ekelund
Direção e Roteiro: Ingmar Bergman
Título original: Smultronstället

Sinopse: Isak Borg,respeitado professor de Medicina, e é convidado por sua universidade de formação, na cidade sueca de Lund, para a cerimônia de comemoração pelos seus 50 anos de carreira. Isak viaja com a sua nora, Marianne, que passa por uma crise em seu casamento, e durante o percurso é obrigado a enfrentar o vazio de sua existência. Um delicado e poético filme sobre a mortalidade e o passado.

“O Sétimo Selo” e “Morangos Silvestres” contam com o trabalho de cinematografia de Gunnar Fischer, mestre da imagem em preto e branco e grande colaborador de Bergman e de Carl Theodore Dreyer. Morangos Silvestres traz a última performance do ator e diretor Victor Sjostrom, maior influência pessoal e ídolo de Ingmar Bergman. Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim de 1959 e do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro em 1960, indicado ao Oscar de melhor roteiro.

FITZCARRALDO    -  estreia: dezembro 2015
Um filme de WERNER HERZOG
1982, Alemanha/Peru, cor, 158 min., DCP
Elenco: Klaus Kinski, Claudia Cardinale, José Lewgoy, Miguel Ángel Fuentes, Paul Hittscher, Huerequeque Enrique Bohorquez, Grande Otelo
Diretor de Fotografia: Thomas Mauch
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Música: Popol Vuh 
Produtores: Werner Herzog, Lucki Stipetic  
Roteiro e Direção: Werner Herzog

Sinopse: Brian Fitzgerald sonha alto e busca concretizar seus sonhos na pequena cidade de Iquitos, na Amazônia Peruana, em meio à corrida da borracha. O fã de óperas e de Enrico Caruso, Fitzcarraldo, como é chamado pelos peruanos, decide desbravar uma nova rota de extração de borracha nos rios amazônicos, mas para chegar a seu destino, precisa de um grande feito: transportar um enorme barco à vapor por terra, em uma região montanhosa da floresta.

Werner Herzog comandou o set de filmagens de “Fitzcarraldo” de maneira obsessiva e ambiciosa, e seus conflitos com o ator Klaus Kinski permanecem de maneira icônica na história da sétima arte. Por este filme, Herzog recebeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes de 1982, e também foi indicado ao prêmio de melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro de 1983. O elenco de “Fitzcarraldo” conta com atores brasileiros como José Lewgoy, Grande Otelo e Milton Nascimento. 

8½    -  estreia: janeiro 2016
Um filme de FEDERICO FELLINI
1963, Itália, p&b,132min., DCP
Elenco: Marcello Mastroianni, Claudia Cardinale, Anouk Aimée, Sandra Milo, Rossella Falk, Barbara Steele
Diretor de Fotografia: Gianni Di Venanzo
Montagem: Leo Cattozzo
Música: Nino Rota
Produtor: Angelo Rizzoli
Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli, Brunello Rondi
Direção: Federico Fellini
Sinopse: Realidade e ficção se misturam em 8 1/2, filme mais metalinguístico de Federico Fellini. Marcello Mastroianni interpreta Guido Anselmi, diretor de cinema análogo a Federico, sofrendo de um caso terrível de bloqueio criativo. Guido tenta realizar um filme de ficção-científica em um balneário italiano enquanto lida com dificuldades artísticas, pessoais e amorosas, um casamento em crise e várias paixões. 8 1/2 olha para o cinema com uma mirada surrealista e pessoal.
“8 ½” é considerado o maior filme de Fellini, e está entre os dez melhores filmes da história do cinema de acordo com o British Film Institute. Vencedor dos Oscars de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Figurino (P&B) em 1964.




Variedades: Vladimir Safatle é o próximo paciente do Dr. Kurtzman




O divã do Dr. Kurtzman é bem disputado

Redação

 Em uma mistura de sessão de terapia e talk show, Facundo Kurtzman (Fábio Marcoff), escritor, filósofo e terapeuta argentino formado na Universidade de Sorbonne, desvenda os mistérios de um paciente por semana. Com o sofá cada vez mais concorrido, O Dr. Kurtzman também tenta dar um fim nas coisas que sua mãe deixou para trás para viver uma grande paixão.

 Seu próximo paciente, em 30 de junho, às 21h30, no Canal Brasil, é o filósofo e professorVladimir Safatle.

 A sessão se inicia com Safatle dizendo que já fez análise duas vezes na vida: “na passagem dos 19 ou 20 e na passagem dos 40” e que ele mesmo decidiu parar. Brinca que talvez, para ele, terapia seja algo que deva ser feito de 20 em 20 anos.

  Safatle conta que, quando sua filha nasceu, trouxe para ele uma referência musical de sua infância: as canções de Violeta Parra. Este momento é imediatamente aproveitado pelo Dr. para tentar fazer um negócio, mas Safatle se mostra bastante preparado para negociar.

 A relação de Safatle com o Chile – país onde nasceu, mas de onde saiu ainda bebê por conta do golpe de estado de Pinochet – também entra em pauta, assim como sua visita à Disney, que ele faz questão de dizer que “foi como pai”.

 Como não poderia deixar de ser, a sessão passeia por temas existenciais como liberdade, a possibilidade de dissociação do pessoal e do profissional, a importância do pensamento em relação às ações e a diferença entre violência e dominação.

                                                  Sobre Vladimir Safatle

 É professor livre-docente do Departamento de Filosofia da USP, professor-visitante das universidades de Paris VII, Paris VIII, Toulouse e Louvain, autor de A paixão do negativo: Lacan e a dialética; Lacan; Cinismo e falência da crítica; Fetichismo: colonizar o Outro, dentre outras obras. É um dos coordenadores da International Society of Psychoanalysis and Philosophy, do Laboratório de Pesquisa em Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (Latesfip) e presidente da Comissão de Cooperação Internacional (CCint)
da FFLCH-USP desde 2012, além de colunista da Folha de São Paulo e Carta Capital.

                                                  Novidades da temporada

No final da segunda temporada, os estudantes de audiovisual que filmavam as sessões de terapia deixaram o Dr. Kurtzman, dizendo que já tinham todo o material necessário para seu trabalho de conclusão de curso. Surpreso, Kurtzman não sabia como seu programa poderia continuar. Mas os estudantes ficaram todos de DP.

A terceira temporada começa com a volta dos estudantes à casa de Dr. Kurtzman, implorando para que possam continuar seu projeto de graduação. Lá, descobrem que, após se recuperar da fratura na bacia devido a uma queda no banheiro, Berta Kurtzman (mãe do Dr.) viajou a Israel para receber uma grande homenagem: foi nomeada “Embaixadora da Cultura e Tradição Judaica no Cone Sul” por uma entidade filantrópica.

No baile de comemoração da fundação, em um cruzeiro no mar morto, Berta conhece o Sr. Kaminski - capitão do navio cuja catarata já avançada o impede de enxergar. É amor à primeira vista, pelo menos por parte dela. Por isso, Berta decide ficar em Israel.

Como enviar os objetos de sua mãe sairia mais caro do que se ela comprasse coisas novas, o Dr. Kurtzman terá de vender tudo a sua volta enquanto Berta desfruta da vida. Para ajudá-lo com as negociações da casa, Naftali Kurtzman, sua singular tia judia-chinesa, passa a residir com ele.

O Dr. tentará convencer quem passar pela casa a comprar objetos, livros, roupas, móveis, e o mais delicado, a casa que guarda grandes lembranças de Kurtzman e que, além de tudo, possui grande valor histórico para a cidade de São Paulo - e, quiçá, para o Brasil. Construída em tempos imemoráveis, a casa já foi lugar de passagem de celebridades que vão do filósofo Jean Paul Sartre ao cantor Roberto Carlos. O jardim da casa guarda um estranho mistério que se revelará ao longo da temporada.

Em meio a toda essa confusão, Kurtzman vai ter uma agenda repleta de convidados para seu divã. Entre seus novos pacientes estão Luciana Genro, Rubens Ewald Filho, Luís Miranda, Paulo Caruso, Mel Lisboa, Esmir Filho, Márcia Tiburi, Arthur Veríssimo, Michel Melamed e Rita Cadillac. Todos em busca de tratamento – inclusive o próprio médico.

As entrevistas que se dão em sessões de psicanálise misturam ficção e realidade, sempre com toques de humor. Os programas inéditos serão exibidos terças-feiras, às 21h30, no Canal Brasil. Ainda é possível assistir ao programa nas quartas-feiras, às 13h e domingos, às 16h seguintes à primeira exibição.

No Divã do Dr. Kurtzman tem roteiro e direção de Matheus Parizi e Bruno Kott. O psicanalista é interpretado por Fabio Marcoff e a produção executiva é de Alberto Rangel.