Low Life é um dos filmes |
O Cinema de Klotz e Perceval: A França dos Excluídos apresenta a filmografia de um dos mais importantes cineastas franceses da atualidade. Nicolas Klotz, dotado de um estilo particular de filmar, volta-se para personagens marginais que refletem as configurações das relações socioculturais na França pós-colonial.
Serão exibidos dez longas e três curtas do diretor ainda inéditos no Brasil, além de “A Questão Humana” (2007) que chegou às salas de cinema do país. O diretor e sua mulher, Elisabeth Perceval, estarão presentes durante a mostra para debates, entrevistas e uma “master class” em 18/7, às 11h.
Ainda como parte da programação, o CineSesc promove o Cine Psique, um bate-papo com a platéia após a exibição de “A Questão Humana”, em 21/7, às 19h; e um curso para ajudar a contextualizar a obra apresentada na mostra com o crítico de cinema Felipe Furtado em 23/7 e 24/7, das 19h30 às 21h30.
De quinta-feira, 16/7 a quarta-feira, 22/7, no CineSesc.
FILMES
Low Life (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2011, 123 min., 14 anos)
Com Camille Rutherford, Arash Naimian, Luc Chessel.
Recém-separados, Charles e Carmen fazem parte de um grupo de amigos de vinte e poucos anos que levam uma vida comunitária. Este grupo de românticos vive entre o limite do idealismo da adolescência e a realidade da vida adulta. Em um protesto para impedir a polícia de evacuar um prédio de imigrantes, Carmen conhece Hussain, um poeta afegão que estuda ilegalmente na França, e os dois começam uma intensa relação.
A Questão Humana (Dir.: Nicolas Klotz, França, 2007, 143 min., 14 anos)
Com Mathieu Amalric, Michael Londsdale, Edith Scob.
Simon trabalha como psicólogo no departamento de recursos humanos da filial francesa de uma corporação petroquímica de origem alemã. Quando o vice-presidente lhe pede que investigue a vida do presidente, suspeito de insanidade mental, a percepção de Simon torna-se caótica. O passado volta à tona durante o inquérito, revelando ligações indeléveis da empresa com o regime nazista.
A Ferida (Dir.: Nicolas Klotz, Bélgica/França, 2004, 163 min., 14 anos)
Com Noëla Mossaba, Adama Doumbia, Matty Jambo.
Uma moça chega ao Aeroporto Charles de Gaulle, em busca de um reencontro com seu marido em Paris. Apesar das alegações articuladas de asilo, ela é mantida em uma cela apertada, juntamente com uma série de outros africanos, que são humilhados e maltratados. Além de ameaçados de deportação imediata. O marido pergunta de seu paradeiro à chegada, e é recebido com, respostas enganosas.
Paria (Dir.: Nicolas Klotz, França, 2000, 125 min., 14 anos)
Com Cyrill Troley, Gérald Thomassin, Didier Berestestky.
Um rapaz após brigar com a sua família, decide se mudar para um apartamento próprio, mas sem condições financeiras de se manter, acaba despejado. Ele passa, então, a dormir nas ruas e a roubar para sobreviver. Numa noite enquanto dorme, o rapaz é assaltado por outro sem-teto, e o acaso faz iniciar uma amizade.
Mademoiselle Julie (Dir.: Nicolas Klotz e Frédéric Frisbach, França, 2011, 101 min., 12 anos)
Com Juliette Binoche, Nicolas Bouchaud, Bénédict Cerruti.
Adaptação da peça de Auguste Strindberg para o cinema, o filme documenta os ensaios e as inúmeras repetições e apresentações de cenas do espetáculo dirigido por Frédéric Frisbach. Mostra a visão de Nicolas Klotz sobre o teatro, o público e o cinema.
Le Vent Souffle dans la Cour D’Honneur (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2013, 101 min., 12 anos)
Entre 2011 e 2013, o Festival de Avignon abriu as portas para Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval registrarem os artistas e seus trabalhos em andamento para o evento. Passando por Londres, Berlim, Cesena, Avignon e Brazzaville, o documentário se propõe a trazer as questões que emergem em meio da tempestade criativa que representa o Festival d’Avignon hoje.
Les amants Cinéma (Dir.: Héléna Klotz, França, 2008, 65 min., livre)
A filha do casal Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval documenta o dia-a-dia da filmagem de A Questão Humana. Mostra os ensaios com atores, as cenas sendo filmadas e as discussões na sala de montagem. Um registro íntimo e observacional do trabalho dos cineastas, que, por meio de uma aparente simplicidade, constrói um retrato das personalidades distintas de Klotz e Perceval que se completam cinematograficamente.
Brad Mehdau (Dir.: Nicolas Klotz, França, 1999, 56 min., livre)
Retrato do jovem pianista de 29 anos, que chamou a atenção, logo em sua estreia, dentro do contexto restrito do jazz. O documentário acompanha o músico em sua turnê europeia e americana, com apresentações de canções próprias e clássicos, além de entrevistas. Produção realizada para série “Jazz Collection” do canal francês ARTE.
James Carter (Dir.: Nicolas Klotz,França, 1998, 57 min., livre)
O documentário segue o músico James Carter em Nova Iorque. O jovem negro chamou a atenção para si em plena década de 90, sobretudo por não ter escolhido o caminho fácil do rap para o sucesso. Na Europa, seu quarteto se tornou um dos mais consistentes e conhecidos grupos de jazz. Produção realizada para série “Jazz Collection” do canal francês ARTE.
Ceremony Brazza (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, África do Sul/França, 2014, 52 min., 12 anos)
Durante o mês de dezembro, Klotz e Perceval foram convidados para ministrar aulas de cinema na África. A partir da experiência decidiram rodar um documentário que envolve a cultura, dança e o encontro com os habitantes locais.
Zombies (Dir.:Nicolas Klotz, França, 2009,104 min., 12 anos.)
No final de 2008, Nicolas Klotz e Elizabeth Perceval foram convidados para passar um mês com uma dúzia de atores em Toulouse. Eles e apenas uma câmera, sem uma previsão prévia de resultados. Sem orçamento, com apenas três semanas de preparação e cinco noites de filmagem, o casal realizou um filme sobre o processo do atelier com esses atores.
Pour se frayer un chemin dans la jungle, il est bon de frappér avec um baton pour écarter lês dangers invisibles (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2013, 25 min., 12 anos.)
Com Vincent Macaigne, Luc Chessel, Silvia Costa.
Um crítico da revista Cahiers du Cinéma entrevista um diretor de cinema a respeito de sua nova produção.
La Consolation (Dir.: Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2007, 9 min., 12 anos)
Com Léa Seydoux, Elise Bertero, Pierre Niney.
Durante uma festa, Camille fala sobre seu corpo, seus amores, o tempo que dá errado e pensa no futuro.
Jeunesse D'Hamlet (Dir. Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval, França, 2007, 9 min., 12 anos)
Com Selym Clayssem, Anastasia Tarassova, Laurent Charpentier.
Enquanto motins estouram em conjuntos habitacionais e o exército tenta restaurar a paz nas ruas, quatro jovens são interrogados pela polícia por suspeita de terrorismo.
MASTER CLASS COM NICOLAS KLOTZ E ELIZABETH PERCEVAL
Como parte da programação da mostra O Cinema de Klotz e Perceval: A França dos Excluídos, o diretor Nicolas Klotz e a roteirista Elizabeth Perceval se encontram com o público no CineSesc para apresentar e discutir sua produção cinematográfica.
Sábado, 18/7, 11h, grátis.
CINE PSIQUE
Parceria com o IPq-HC (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas). O objetivo é utilizar a capacidade única que o cinema tem de criar as mais variadas representações da realidade para assim discutir a questão dos transtornos mentais e dos pacientes psiquiátricos. Mensalmente um filme é alvo de debate entre profissionais da saúde e do cinema; com isso cria-se um diálogo entre os universos da arte e da ciência, divulgando informações e combatendo o estigma que até hoje ainda cerca a psiquiatria. O bate-papo com a plateia acontece após a exibição do filme.
A Questão Humana (Dir.: Nicolas Klotz, França, 2007, 143 min).
Terça-feira, 21/7, 19h, grátis.
CURSO: O Cinema de Klotz e Perceval: A França dos Excluídos.
O objetivo do curso é o de apresentar e contextualizar a obra de Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval dentro do cinema francês e do cinema politico contemporâneo. O casal ficou conhecido a partir da repercussão da sua Trilogia dos Tempos Modernos (formada por Paria, A Ferida e A Questão Humana) e as aulas se debruçam, sobretudo, sobre estes três trabalhos tentando localizar o que os torna singulares como peças de resistência política, suas influências cinematográficas e a maneira como se relacionam com a vida na França contemporânea.
Com o crítico de cinema Filipe Furtado.
Quinta-feira, 23/7 e sexta-feira, 24/7, das 19h30 às 21h30. De R$ 6 a R$ 20.