A idade avançada não pode funcionar
como válvula de escape
Pixabay
Passar dos 60 anos não pode significar o fim da vida
Luís Alberto Alves/Hourpress
Você que já passou pela barreira
dos 60 anos se julga velho? Alguém incapacitado para realizar diversas funções,
principalmente na área de Exatas, como engenharia, arquitetura ou humanas, atuando
no Direito, Magistério ou na Sociologia?
Hoje, com avanço da tecnologia, é
possível trabalhar sem o esforço dispendido, por exemplo, na década de 1970,
quando a tecnologia de informação estava a passos de tartaruga em nível
mundial. Nas montadoras de automóveis, o emprego de torneiro mecânico era
considerado top de linha.
Chegamos ao século 21, com as bibliotecas agora existindo dentro do celular. Qualquer
consulta pode ser realizada rapidamente e a resposta logo chega. Até na
cozinha, os equipamentos facilitam a via de quem ganha vida pilotando um fogão,
saciando a fome do próximo por meio de excelentes refeições.
Realidade
Atualmente alguém com 60 anos não
carrega mais o estigma de um velho, precisando de ajuda para ir ao banco pagar
as contas, não conseguir dirigir o próprio automóvel e até mesmo não trabalhar
mais em funções administrativas em escritórios. A realidade é outra.
Passar das seis décadas é algo
gratificante, visto que os avanços da Medicina proporciona maior qualidade de
vida. Para quem ficou distante do álcool, drogas e leva a vida sem excessos, a
idade não pesa. Pelo contrário, ainda tem energia para prosseguir na corrida.
Porém algumas pessoas alimentam a
velhice na mente. Agem como se fossem incapazes. Apelam para a chantagem
emocional para que os seus familiares o veja como um pobre coitado. Não
valoriza o conhecimento adquirido durante o transcorrer da vida. Adoram serem
carregados.
Caos
As roupas são carregadas de
antiguidade, não prestam atenção à moda masculina e feminina. Adoram que as
pessoas os vejam como velhos, alguém liquidado, que não presta para fazer mais
nada. Parecem mortos vivos. A mente cheia de pensamentos ruins. Tudo direcionado
ao caos.
É errado agir assim. A idade
avançada não pode funcionar como válvula de escape para qualquer tipo de
frustração. Pelo contrário, é importante utilizar o conhecimento acumulado
durante décadas e usá-lo favoravelmente. Nada de cultivar a horta do
pessimismo.
Quando vejo artistas de cinema,
cantores, escritores e profissionais liberais que já ultrapassaram a barreira
dos 70 anos e continuam na ativa sem prestar culto à tristeza, percebo que a
vida só acaba para quem já morreu. Alguns já perderam a vida e não perceberam.
Luís Alberto Alves, jornalista e
editor do blogue Cajuísticas.
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