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quinta-feira, 8 de abril de 2021

Chumbo quente: Tormento longe do fim

 


Atingiu em cheio a economia de várias nações

Luís Alberto Alves/Hourpress

O alerta do diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barras Torres, hoje (8) durante audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, precisa ser levado a sério.

Não estamos diante de uma doença simples, algo que qualquer dose de antibiótico pode exterminar o vírus. É uma doença que provocou grandes transformações em todo o mundo. Atingiu em cheio a economia de várias nações. Mudou até o estilo de trabalho, colocando funcionários para exercer a função em casa.

Obrigou as escolas, de todos os níveis, a investir no ensino on line, deixando o presencial de lado, para evitar riscos de contaminação.  Fez as pessoas dedicar mais atenção à higiene, evitar aglomerações e suspender as famosas viagens de final de ano e até mesmo comemorações nas empresas e em família.

Mundo

De acordo com Torres, a produção massiva de vacina contra a covid-19 vai exigir grandes investimentos. Segundo ele, é necessário aumentar o nível de segurança biológica para engatar a fabricação vacinal, porém alguns laboratórios dominarão o ciclo completo, outros não, dedicando-se apenas à questão do envase.

Ele enfatizou que toda a estrutura mundial terá de se reorganizar. É um novo mundo que surgirá após essa pandemia. Antes da covid-19, diversos países centraram fogo na terceirização, como redução de custos. Agora terão de rever essa posição, visto que em várias etapas do processo de produção da vacina, a experiência profissional deve prevalecer.

A estrutura da Saúde, em nível federal, estadual e municipal, vai precisar receber mais atenção dos governantes. A proposta de aniquilar com o SUS (Sistema Único de Saúde) não ganhará mais terreno. Sem a presença do SUS, a mortandade no Brasil, que agora aproxima-se dos 350 mil mortos hoje (8/4), já teria passado de meio milhão. A covid-19 está criando um novo mundo.


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