Atualmente, o mundo produz alimentos suficientes para todos no planeta
Martín Hagelstrom
A América Latina é uma das regiões que mais exporta alimentos no mundo, segundo a FAO1. Mas, assim como a produção e exportação de alimentos é muito relevante para a nossa região, também é fundamental um equilíbrio ambiental baseado no uso eficiente dos recursos em toda a cadeia alimentar.
Atualmente, o mundo produz alimentos suficientes para todos no planeta. Porém, em apenas um ano, um cidadão da América Latina e do Caribe desperdiça 223 quilos de alimentos. Isso significa que um terço dos alimentos produzidos é transformado em lixo2. E se somarmos as emissões de CO2 geradas para a produção desses alimentos e a água usada para irrigação, pecuária etc, o impacto gerado na sustentabilidade da cadeia seria ainda maior.
É aqui que tecnologias como Inteligência Artificial, Nuvem e Blockchain podem ajudar, não só no acesso, disponibilidade e desperdício de alimentos, mas também no melhor planejamento do uso dos recursos, para que o impacto ambiental seja menor ao longo da jornada dos alimentos do campo à mesa.
1. Inteligência Artificial para planejamento de recursos. Imagine um ajudante que dá aos produtores e agricultores a possibilidade de prever quando e como cultivar seus alimentos, ou que realiza análises de solo e água, para que o consumo de recursos seja apenas o necessário. Essa é apenas uma das possíveis aplicações da inteligência artificial. Por meio de análises preditivas e em tempo real, a IA combina informações climáticas, dados históricos e métricas de safra para obter previsões mais precisas, que contribuem para um melhor planejamento de recursos.
Por exemplo, para cuidar da qualidade da água e do solo, a IBM desenvolveu o AgroPad, dispositivo que permite aos produtores realizarem análises químicas em tempo real, in loco, de uma amostra de solo ou água, por meio de inteligência artificial, e desta forma, avaliar a presença de determinados compostos químicos na amostra de solo.
2. Blockchain para rastreabilidade de alimentos. Agora, vamos imaginar que o alimento já esteja a caminho do supermercado. A transportadora retirou os produtos com o produtor agrícola para entrega aos varejistas. O Blockchain ajuda a monitorar o trajeto dos alimentos desde a produção até o consumidor final. Esse monitoramento permite que produtores e empresas carreguem seus dados de produtos na plataforma, sabendo onde e quando um alimento passou por determinado ponto da cadeia, evitando assim a produção além da demanda e seu desperdício.
Um exemplo é a rede Food Trust, baseada no blockchain da IBM, que monitora alimentos e produtos desde o momento em que são produzidos, até que o consumidor os escolha no supermercado. Diversos varejistas em todo o mundo, como Carrefour e Nestlé, bem como produtores em nossa região, fazem atualmente parte da rede para reduzir o desperdício e ajudar as cadeias de alimentação e distribuição a manterem suas operações.
3. Nuvem para digitalização da cadeia. Armazenar grandes quantidades de dados e auxiliar no planejamento do uso dos recursos naturais nunca foi tão necessário. O armazenamento de dados no setor agrícola cresce a cada dia devido ao uso de dispositivos, como sensores IoT (Internet of Things) que analisam e processam dados sobre clima, solo ou água. A nuvem permite não só digitalizar todos os dados em tempo real, mas também, utilizando a nuvem híbrida e aberta, permite inovar, co-criar e compartilhar informações, sempre que necessário, com parceiros, fornecedores e clientes, independentemente da plataforma na qual os dados de cada um estejam hospedados.
Por exemplo, a Ecoclimasol desenvolveu a plataforma ClimaVista Wine, que permite aos produtores de vinho otimizar o rendimento e aumentar a qualidade dos seus produtos através de uma análise do comportamento da colheita. Para fazer isso, as informações são coletadas de estações meteorológicas e sensores IoT e tudo é armazenado e processado na nuvem IBM.
As abordagens tradicionais à indústria não serão capazes de atender à crescente demanda por alimentos, nem mitigar o impacto gerado no meio ambiente. Esse cenário exige que tecnologia e sustentabilidade trabalhem juntas, promovendo novas formas de produção e planejamento de lavouras e viabilizando cadeias produtivas seguras e resilientes, que beneficiem a população e nos preparem para o futuro.
Atualmente, o mundo produz alimentos suficientes para todos no planeta. Porém, em apenas um ano, um cidadão da América Latina e do Caribe desperdiça 223 quilos de alimentos. Isso significa que um terço dos alimentos produzidos é transformado em lixo2. E se somarmos as emissões de CO2 geradas para a produção desses alimentos e a água usada para irrigação, pecuária etc, o impacto gerado na sustentabilidade da cadeia seria ainda maior.
É aqui que tecnologias como Inteligência Artificial, Nuvem e Blockchain podem ajudar, não só no acesso, disponibilidade e desperdício de alimentos, mas também no melhor planejamento do uso dos recursos, para que o impacto ambiental seja menor ao longo da jornada dos alimentos do campo à mesa.
1. Inteligência Artificial para planejamento de recursos. Imagine um ajudante que dá aos produtores e agricultores a possibilidade de prever quando e como cultivar seus alimentos, ou que realiza análises de solo e água, para que o consumo de recursos seja apenas o necessário. Essa é apenas uma das possíveis aplicações da inteligência artificial. Por meio de análises preditivas e em tempo real, a IA combina informações climáticas, dados históricos e métricas de safra para obter previsões mais precisas, que contribuem para um melhor planejamento de recursos.
Por exemplo, para cuidar da qualidade da água e do solo, a IBM desenvolveu o AgroPad, dispositivo que permite aos produtores realizarem análises químicas em tempo real, in loco, de uma amostra de solo ou água, por meio de inteligência artificial, e desta forma, avaliar a presença de determinados compostos químicos na amostra de solo.
2. Blockchain para rastreabilidade de alimentos. Agora, vamos imaginar que o alimento já esteja a caminho do supermercado. A transportadora retirou os produtos com o produtor agrícola para entrega aos varejistas. O Blockchain ajuda a monitorar o trajeto dos alimentos desde a produção até o consumidor final. Esse monitoramento permite que produtores e empresas carreguem seus dados de produtos na plataforma, sabendo onde e quando um alimento passou por determinado ponto da cadeia, evitando assim a produção além da demanda e seu desperdício.
Um exemplo é a rede Food Trust, baseada no blockchain da IBM, que monitora alimentos e produtos desde o momento em que são produzidos, até que o consumidor os escolha no supermercado. Diversos varejistas em todo o mundo, como Carrefour e Nestlé, bem como produtores em nossa região, fazem atualmente parte da rede para reduzir o desperdício e ajudar as cadeias de alimentação e distribuição a manterem suas operações.
3. Nuvem para digitalização da cadeia. Armazenar grandes quantidades de dados e auxiliar no planejamento do uso dos recursos naturais nunca foi tão necessário. O armazenamento de dados no setor agrícola cresce a cada dia devido ao uso de dispositivos, como sensores IoT (Internet of Things) que analisam e processam dados sobre clima, solo ou água. A nuvem permite não só digitalizar todos os dados em tempo real, mas também, utilizando a nuvem híbrida e aberta, permite inovar, co-criar e compartilhar informações, sempre que necessário, com parceiros, fornecedores e clientes, independentemente da plataforma na qual os dados de cada um estejam hospedados.
Por exemplo, a Ecoclimasol desenvolveu a plataforma ClimaVista Wine, que permite aos produtores de vinho otimizar o rendimento e aumentar a qualidade dos seus produtos através de uma análise do comportamento da colheita. Para fazer isso, as informações são coletadas de estações meteorológicas e sensores IoT e tudo é armazenado e processado na nuvem IBM.
As abordagens tradicionais à indústria não serão capazes de atender à crescente demanda por alimentos, nem mitigar o impacto gerado no meio ambiente. Esse cenário exige que tecnologia e sustentabilidade trabalhem juntas, promovendo novas formas de produção e planejamento de lavouras e viabilizando cadeias produtivas seguras e resilientes, que beneficiem a população e nos preparem para o futuro.
Martín Hagelstrom, Líder de Blockchain para IBM América Latina
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