Mas a realidade é diferente da ficção, aonde tudo funciona perfeitamente
Luís Alberto Alves/Hourpress
O mundo do trabalho,
principalmente no Brasil, é repleto de pegadinhas que prejudicam o funcionário
desatento com as regras de proteção existentes e que precisam ser obedecidas
por empresas privadas ou públicas.
Com a pandemia, o home Office,
eufemismo para fazer o trabalho da empresa em casa, se tornou rotina em
diversos segmentos. Primeiro o governo baixou leis autorizando o pagamento de
50% dos salários, depois lançou pseudo mecanismo para evitar a demissão deste
empregado.
Feio
Mas a realidade é diferente da
ficção, aonde tudo funciona perfeitamente, o corrupto é preso sempre, a garota
bonitinha de corpo e rosto fica com o feio e ninguém é sacaneado. Será?
Infelizmente não assim que a roda da vida gira.
Diversas empresas, nas mãos de
pessoas ávidas pelos lucros e sem nenhum amor à ética, aproveitaram para
enxugar a folha de pagamento. Entra em cena o escravo do home Office. Isto
mesmo, o funcionário que não tem mais final de semana.
Extra
Pelos aplicativos, o chefe
envia tarifas na hora do almoço (em home office você tem direito a hora de se alimentar, como se estivesse no escritório
da empresa), após o encerramento do expediente, o seu celular não para de
receber mensagens de mais tarefas, às vezes até o início de madrugada.
Tudo sem direito a hora extra!
Após o cumprimento de sua jornada, de 6 ou 8 horas, entra em cena a hora extra.
Se passar das 22 horas é adicional noturno, válido até as 5h da madrugada. Por
causa da pandemia esse direito é “esquecido”.
Patrão
Muitas pessoas passaram a usar
o celular pessoal para receber recados da empresa, quando o correto seria o
patrão entregar para cada funcionário um telefone corporativo. Porém, não
estratégia de evitar despesa, esse segundo celular é ignorado.
No trabalho presencial você tem
direito ao vale-alimentação (substituto da cesta básica), ao vale-refeição
(pois precisa almoçar), vale-transporte (para se locomover de sua casa até a
empresa e vice-versa) ou vale-combustível (caso use o carro próprio em vem do
transporte público).
Direitos
Neste tempo de pandemia, os
maus empresários “pisaram fundo na jaca”. Na ótica deles, funcionário em home
office não precisa de vale-refeição, pois almoça ou janta em casa. Para que
vale-transporte ou combustível se não vem à empresa? São direitos adquiridos
violentados em nome da pandemia.
E o convênio médico como fica,
se ao levantar da mesa para ir ao banheiro, bater com o braço na quina da mesa
e quebrá-lo? É acidente de trabalho? Mas esse funcionário está casa! Outro
detalhe: ele pode receber advertência da chefia? Por telefone ou e-mail?
Metas
Caso você seja demitido é
válido o testemunho de seus familiares de que ficava trabalhando até após o
expediente? A Justiça do Trabalho poderá aceitar ou recusar? Como comprovar
esse serviço extraordinário? A marcação de tempo do computador é válida.
Pessoas que trabalham no cumprimento de metas. Neste caso de home office, elas poderão ser alteradas? Precisa cumprir o mesmo horário do serviço presencial? São perguntas que até agora poucos empresários respondem. Talvez para não dar milho a bode!
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