Na Síria foram incapazes de aniquilar os malucos suicidas do Estado Islâmico
Luís Alberto Alves/Hourpress
Os Estados Unidos são parecidos
com aquele sujeito que gosta de brigar até com o vento. Não consegue viver em
harmonia com ninguém. O negócio é arrumar encrenca. Paz para este tipo de
pessoa é sinônimo de tédio, falta de adrenalina.
O presidente Donald Trump se
enquadra neste perfil, bem ao jeitinho da política belicista norte-americana. O
país que mais se envolveu em conflitos armados durante mais de 80% do século
20. Por trás desta lógica está sua gigantesca indústria de armas, ganhando
fortunas com o derramamento de sangue alheio.
Porém, os Estados Unidos não
perceberam que o fracasso do Vietnã, onde tiveram de fugir com o rabo entre as
pernas, após mais de dez anos de derrotas, entraram no atoleiro do Afeganistão
e só tomaram na cabeça. Ganharam no Iraque, mas perderam a influência no Irã,
um dos grandes produtores de petróleo no Oriente Médio.
Na Síria foram incapazes de
aniquilar os malucos suicidas do Estado Islâmico. Caso não tivessem a ajuda da
Rússia, dos Curdos e dos Iranianos, via Hezbollah, amargariam outro vexame. O
negócio dos executivos da “morte” é vender armamento Made in USA, não importa o
comprador.
A falta de tato político
internacional de Trump jogou o Irã no colo de Rússia e China, ambos
interessados no petróleo dos imãs de Khomeini. Não se pode descartar que o
programa nuclear iraniano não esteja recebendo ajuda dos russos.
Ninguém põe em dúvida a força
bélica dos Estados Unidos, com mais de 6 mil aviões de guerra, inúmeros mísseis
e porta aviões atômicos. Têm cacife para reduzir o Irã a pó rapidamente. O
problema é que isto pode explodir de vez o barril de pólvora chamado Oriente
Médio.
É o tipo de conflito que poderá
unir várias nações islâmicas e provocar estragos nas empresas norte-americanas.
Algo que nenhum CEO pretende para os seus patrões e acionistas. Detalhe: entre
os quase 2 bilhões de muçulmanos, praticamente nenhum deles bebe Coca-Cola ou consome produtos fabricados pelos Estados
Unidos.
Parece que o maluco Donald Trump
não imaginou que tirar o Irã do mapa vai prejudicar gigantesco prejuízo às
multinacionais norte-americanas. Afinal de contas, nem todas as empresas do tio
Sam só vivem da produção de armas. Portanto, caso ocorra essa guerra, será
típica vitória com sabor de derrota.
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