Considerado um dos momentos mais importantes da vida de qualquer mulher, o climatério marca o encerramento das atividades ovarianas
Redação/Hourpress Com o objetivo de aprimorar o conhecimento de ginecologistas e obstetras da região, a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) de Sorocaba oferece o Programa de Educação Presencial (PEP). Marcado para 21 de setembro, o objetivo é promover a atualização e debate sobre a temática para os profissionais presentes. O encontro é organizado com palestras que englobam diversos temas relacionados ao período. Desta vez, os palestrantes convidados são Nilson Roberto de Melo e Luciano Pompei.
Haverá duas mesas redondas, uma com o título “Aspectos básicos da atenção a mulher no climatério” e a outra “Dúvidas na prática da terapeuta hormonal”. O terceiro bloco do evento contará com sessão interativa de apresentação de casos clínicos.
De acordo com Daniela Diniz, professora da disciplina de Ginecologia da PUC Sorocaba e diretora de eventos da regional, o evento é baseado na rotina do dia a dia e visa retirar todas as dúvidas.
“É muito importante falar sobre o climatério, uma vez que a nossa população está envelhecendo. Atualmente, as mulheres dão muito valor ao bem–estar, forma física, saúde cardiovascular e beleza. Então, nada melhor do que cuidar da saúde sexual e ginecológica também”, pontua. Osteoporose: a doença silenciosa que ataca os ossos
Envelhecer é um fenômeno natural que acarreta diversas transformações e exige cuidados redobrados com a saúde. Entre essas mudanças, é comum ocorrer uma perda da massa óssea. A estrutura esquelética do corpo humano se renova constantemente até os 20 anos, porém, após os 40, esse ciclo termina e a perdemos com maior velocidade. Em alguns casos, os ossos se tornam porosos pela carência de renovação do material ósseo, aumentando sua fragilidade e o risco de fratura. Dessa maneira, é diagnosticada a osteoporose, uma doença totalmente assintomática causada pela deficiência de cálcio no organismo. Porém, normalmente, só é descoberta quando está mais avançada e ocorrem rupturas características. Conhecida como silenciosa, ela atinge tanto o público masculino, como o feminino. Entretanto, as mulheres estão mais propensas a apresentarem esse desequilíbrio, principalmente após a menopausa. Essa situação é decorrente das mudanças hormonais características desse período, quando acontece uma queda acentuada do estrogênio, hormônio fundamental para a fixação do cálcio no osso. O médico geriatra e presidente do Departamento de Geriatria da Associação Paulista de Medicina (APM), Maurício Ventura, explica que, até os 30 anos, o corpo humano consegue criar uma reserva de cálcio por meio de atividade física e dieta, fortalecendo os ossos. Essa fase é seguida de uma estabilização, ou seja, não há ganho e nem perda óssea. Após os 50 anos em mulheres e, os 70 em homens, há mais eliminação do que obtenção do mineral. De acordo com o geriatra, além do envelhecimento e a perda de cálcio, há outros fatores determinantes para o surgimento da osteoporose. “O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, origem asiática e o sedentarismo são fatores de risco que aumentam a chance da doença. A baixa ingestão de leite e derivados também, já que é a maior fonte de cálcio na dieta humana”, ressalta Ventura. A presença de cálcio na alimentação diária é essencial para a renovação óssea. Recomenda-se o consumo de 1000 miligramas por dia, o que equivale a quatro porções lácteas. Mesmo estando em maior abundância no leite, ele também está presente em legumes, como brócolis, e em folhas verde-escuras. Além disso, a Vitamina D auxilia na absorção desse mineral. O ideal é realizar um banho de sol diário, com duração de 15 minutos, para ajudar na incorporação do mineral no organismo.
Em geral, é somente após as fraturas, normalmente no fêmur, na bacia ou na costela, que as pessoas começam a se preocupar. Por essa e outras razões, a realização de exames para prevenção é fundamental “A recomendação é que, nas mulheres próximas à menopausa, e nos homens após os 70 anos, seja feita a chamada densitometria óssea, exame de rastreio rápido e indolor que, diferente da ressonância e do raio-x, é aberto e com baixa radiação”, comentou. A osteoporose dificilmente tem cura, mas é perfeitamente possível conviver com ela. Através do diagnóstico, prevenção e reabilitação dos ossos, é viável evitar novas ou futuras fraturas. Segundo Maurício, a prevenção e o tratamento andam lado a lado “Tanto para prevenir, como para tratar, é importante a ingestão de leite diariamente, atividade física regular, tomar sol e, caso necessário, medicamentos em situações mais graves para recuperar a massa de cálcio”.
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