Luís Alberto Alves/Hourpress
Empresa exporta peças para Estados Unidos, China, Tailândia e Argentina, mas busca espaço na Alemanha, Espanha e Inglaterra
• A empresa já apresentou propostas às companhias alemãs, que totalizam 6,5 milhões de euros anuais de faturamento
• Hoje o mercado interno absorve 95% das peças produzidos pela empresa, como os coletores, suportes, carcaças, pedais e tampas
• A empresa já apresentou propostas às companhias alemãs, que totalizam 6,5 milhões de euros anuais de faturamento
• Hoje o mercado interno absorve 95% das peças produzidos pela empresa, como os coletores, suportes, carcaças, pedais e tampas
Uma das principais referências do setor de autopeças do País, a Lepe (www.lepe.com.br), empresa especializada na fabricação de peças de ferro fundido cinzento, nodular e ligados, além de produtos especializados com muito valor agregado como usinagem, pintura e montagem, entregando produtos prontos para as linhas de montagem de seus clientes, chega aos 70 anos em 2019 de olho no mercado externo para manter o ritmo de crescimento de 20%, assim como já ocorrera em 2018. Em especial, a companhia mira o mercado da Alemanha, apontado pelo seu diretor comercial Wilson de Francisco Júnior como forte e com boa demanda de fundidos de qualidade.
A boa notícia é que a Lepe, com unidade fabril em Guarulhos, na Grande São Paulo, já apresentou propostas às companhias alemãs, que totalizam 6,5 milhões de euros anuais de faturamento e que agora dependem de negociações e competitividade. Além da Alemanha, a indústria, responsável por produzir peças fundidas e usinadas para as principais fábricas do setor automotivo no Brasil, também já vislumbra negócios na Espanha e Inglaterra, além de crescimento nos mercados já atendidos.
Hoje, o mercado interno absorve 95% das peças produzidos pela Lepe, como os coletores, alavancas, suportes, polias, tampas, pedais, carcaças e volantes. O restante é direcionado para o exterior, especialmente Estados Unidos, China, Tailândia e Argentina. “Temos nossas características de produção. Não somos uma empresa de grandes lotes, por isso os clientes muitas vezes nos procuram para produzir peças com requisitos técnicos específicos e bem diferenciados, que exigem muita capacitação, motivo pelo qual sempre investimos nesse quesito”, explicou o diretor de fundição, Augusto Koch Júnior.
DNA exportador no sangue – Promover negócios com o mercado externo faz parte da Lepe desde os anos 70. À época, até os anos 2000, a companhia fabricava virabrequins para automóveis de passeio para o mercado de reposição, exportando-os também para norte-americanos, alemães e venezuelanos. “Isso nos permitiu um aprendizado e tranquilidade em tratar todas as etapas do processo com o mercado externo”, lembrou.
Nos anos 2000, com a transferência de uma linha de montagem de um equipamento antes fabricado por um cliente no Brasil, para a China, a Lepe deu início aos seus negócios na Ásia. “Abriu-se um mercado até então desconhecido e novas oportunidades começaram a surgir”, argumentou.
Ele lembra que para a Lepe ganhar escala e competitividade, assim como toda a indústria nacional, é preciso que sejam tomadas ações emergenciais por parte do governo, como as reformas da previdência e tributária, efetiva aplicação da reforma trabalhista e que haja uma melhora na infraestrutura.
Por isso mesmo, Wilson é comedido com os números. É possível que com esses novos mercados, especialmente o alemão, as exportações possam representar 10% do volume produzido pela Lepe somente a partir de 2020. “Nesse cenário de estagnação econômica, apesar de todos os índices positivos da indústria de autopeças e montadoras, exportar é uma boa saída que deve ser bem explorada. Mas não pode ser vista como uma solução a curto, mas sim fazer parte de uma estratégia a longo prazo”, afirmou.
À espera da demanda para ampliar a capacidade - A Lepe opera hoje com cerca de 50% de sua capacidade total de 1.500 toneladas mensais. O ápice foi em 2011, quando produziu 1.350 toneladas. Bons tempos que, pelas projeções dos diretores, devem voltar a ocorrer no mercado de fundidos em 2022 ou 2023.
Até lá, a empresa quer estar preparada. Uma nova e ampla área fabril, de 3,6 mil metros quadrados, em Guarulhos mesmo, está pronta para receber a unidade de usinagem que, uma vez em operação, vai aumentar a capacidade interna da Lepe dos atuais 1,5 milhão para 3,5 milhões de peças usinadas no ano.
Também como parte do projeto futuro da Lepe, a nova unidade de Fundição, Usinagem, Pintura e Montagem, em Itaquaquecetuba, cujo terreno foi adquirido em 2009, já está sendo planejada, com previsão para iniciar suas atividades em 2027, permitindo alcançar uma capacidade de produção de 42 mil toneladas anualmente.
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SOBRE LEPE INDÚSTRIA E COMÉRCIO (www.lepe.com.br)
Fundada em 1949, a LEPE Indústria e Comércio, instalada no bairro Porto da Igreja, em Guarulhos, é uma empresa especializada na fabricação de peças de ferro fundido cinzento, nodular e ligados, além de produtos especializados, especialmente para o setor automotivo. Os produtos da LEPE são desenvolvidos com base nos projetos dos clientes, obedecendo às mais rigorosas especificações de materiais e dimensões, amplamente reconhecidas com as certificações ISO TS 16949 (IATF 16949) e ISO 14001.
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SOBRE LEPE INDÚSTRIA E COMÉRCIO (www.lepe.com.br)
Fundada em 1949, a LEPE Indústria e Comércio, instalada no bairro Porto da Igreja, em Guarulhos, é uma empresa especializada na fabricação de peças de ferro fundido cinzento, nodular e ligados, além de produtos especializados, especialmente para o setor automotivo. Os produtos da LEPE são desenvolvidos com base nos projetos dos clientes, obedecendo às mais rigorosas especificações de materiais e dimensões, amplamente reconhecidas com as certificações ISO TS 16949 (IATF 16949) e ISO 14001.
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