Sogesp investe na prevenção com Curso Teórico-Prático de Emergências Obstétricas
Redação/Hourpress
Dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil, a mortalidade materna foi reduzida 58% entre 1990 e 2015, caiu de 143 para 62 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos, mas mesmo assim bem fora da meta proposta pela ODM 2000/2015 (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), que era de 35 mortes por cem mil no ano de 2015.
Por consequência, a meta foi repactuada para 20 mortes por cem mil nascidos vivos até 2030. No entanto, as má-notícias caminham em sentido contrário às promessas. No mais recente boletim do Ministério da Saúde, referente a 2016, os óbitos cresceram para 64 por 100 mil nascidos vivos.
No Estado em São Paulo tivemos queda chegando a 35, mas cresceu nos últimos anos chegando a 47.
“A grande maioria das mortes maternas poderia ser evitada, se tivéssemos condição para fazer o diagnóstico rápido, além de investimento na qualificação contínua de recursos humanos.”, afirma Rossana Pulcineli Francisco, presidente da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo).
Segundo ela, as principais causas da mortalidade de gestantes são hipertensão, hemorragia e infecção pós-parto e outro fato muito importante é a falta de infraestrutura para atendimento adequado destas mulheres.
As estatísticas apontam que a situação é pior em estados do Norte do Brasil, onde os óbitos aumentaram 11%. Amapá e Maranhão apresentam as taxas mais elevadas de mortalidade.
A Sogesp compreende que este é um desafio a ser vencido a cada dia. Promove por todo o Estado de São Paulo, desde 2018, gratuitamente a todos os seus ginecologistas e obstetras associados, o Curso Teórico-Prático de Emergências Obstétricas.
É fundamental para o desenvolvimento científico continuado, abrangendo a classificação de risco, o sequenciamento do atendimento à hemorragia Puerperal, diagnóstico e tratamento às urgências hipertensivas e o manejo de infecção puerperal grave.
Nenhum comentário:
Postar um comentário