Falta de conhecimento para a prevenção pode ocasionar desconforto e problemas mais sérios na saúde íntima feminina
Luís Alberto Alves/Hourpress
Toda mulher passa por muitas transformações hormonais nas diversas fases da vida. Mulheres na fase de amamentação, na menopausa, em tratamento de câncer, tabagistas, as que utilizam medicações como tratamento adjuvante em oncologia (tamoxifeno, anastrozol) e usuárias de anticoncepcionais são as que mais sofrem com o problema e, muitas vezes, desconhecem o assunto e não fazem a prevenção e o tratamento adequados em relação à hidratação vaginal.
É importante observar e ter a consciência de que o ressecamento não é normal e precisa de atenção para que o desconforto não evolua para algo mais sério. Por isso, a hidratação com produtos recomendados e o controle podem ser feitos com um tratamento não hormonal para restaurar, de forma natural, a umidade do local.
Para a médica do Departamento médico científico da FQM, Dra. Ana Carolina Gabina Lazari, o tema “Síndrome Genito-urinária” engloba sinais e sintomas como: prurido, ressecamento vulvo vaginal, dispareunia (dor na relação), infecções vaginal e urinária e incontinência. A conjuntura desses sintomas pode estar associada ao desencadeamento de uma disfunção sexual. Lembrando que não podemos simplificar essa disfunção a uma simples associação com um quadro de ressecamento vaginal, uma vez que esta é uma patologia complexa e multifatorial com aspectos físicos, psíquicos e emocionais.
Apesar de sintomas tão floridos, é pouco frequente a paciente chegar ao consultório com qualquer uma dessas queixas de forma espontânea. Em diversos estudos populacionais (VIVA, REVIVE, VALYD: grandes estudos multicêntricos que investigaram o perfil de pacientes com ressecamento vaginal, o quanto o sintoma interferia na sua autoestima, sono, relacionamento, e quanto as pacientes tinham conhecimento sobre o diagnóstico e tratamento e qual era o envolvimento do médico na abordagem do tema) observa-se que 50 a 70% das mulheres não discutem esse tema com seu médico e, apenas 7% dos médicos iniciaram o assunto com a paciente. Reforçando a importância da disponibilidade da informação para ambos os grupos.
Além da busca ativa na anamnese sobre as queixas relacionadas ao ressecamento vaginal, também é importante a segmentação das opções terapêuticas tais como: Lubrificantes: ação apenas no momento do coito reduzindo a fricção de contato, não há alívio dos demais sintomas; Estrogênio tópico: efetividade alta, mas com algumas contraindicações marcantes e a falta de estudos de segurança a longo prazo; Laser vaginal: técnica nova com custo elevado e que necessita de estudos mais robustos; Hidratantes vaginais: livres de hormônio, uso independente do ato sexual e promove ação de longa duração.
Dentre as opções, os hidratantes têm tido efeitos significativos no tratamento, como, por exemplo, o Hidrafemme Gel Hidratante Intravaginal, com selo “HidraExtraCare”, composto por três polímeros, que aumenta a adesividade à mucosa e a eficácia na hidratação, e o lactato de sódio, que tem efeito tampão regularizando o pH vaginal promovendo equilíbrio no microbioma vaginal. É recomendado para uso contínuo, uma vez que não possui hormônio em sua fórmula.
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