O mais estranho nesta chacina, é um dos homicidas usar uma besta medieval com flechas
Besta medieval, arma raramente usada em crimes cometidos no Brasil |
Luís Alberto Alves/Hourpress
A manhã de hoje (13) foi terrível para os alunos da Escola
Estadual Raul Brasil, em Suzano, Grande SP. Dois ex-alunos, Guilherme Taucci
Monteiro, 17 anos, que estudou no local até 2018, e Luiz Henrique de Castro,
25, deixaram oito pessoas mortas, incluindo cinco adolescentes do Ensino Médio,
duas funcionárias, e o dono da locadora de automóveis Jorge Antonio de Moraes.
Luiz Henrique de Castro (camiseta verde) e Guilherme Tucci, que teria sofrido bulliying quando foi aluno da Raul Brasil |
Segundo a mãe de Guilherme, Tatiana Taucci, o filho saiu da
escola, onde ficou dois anos, por sofrer bullying. Três dias atrás teria
avisado alguns alunos para não se distraírem, que algo grave iria acontecer. O
mais estranho nesta chacina, é um dos homicidas usar uma besta medieval com
flechas, algo raro em assassinatos cometidos no Brasil.
Este crime mostra o caos das escolas públicas brasileiras. A dupla
estacionou um carro branco próximo ao portão principal, entrou sem sofrer nenhum
questionamento. De pronto mataram a coordenadora Marilena Ferreira Umezo, que
defendia nas redes sociais, os livros como principais armas que todo aluno
deveria portar, e Eliana Regina de Oliveira Xavier.
Minutos antes já tinham executado o dono da empresa onde alugaram
o carro, Jorge Antonio de Moraes. E seguida passaram a atirar nos alunos que
encontravam pela frente. Acabaram alvejados os adolescentes Pablo Henrique
Rodrigues, Cleiton Antonio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquiades Silva de
Oliveira e Douglas Murilo Celestino. Dez pessoas se feriram e estão internadas
em hospitais da região. Quando perceberam a chegada do carro da Força Tática, a
dupla se suicidou.
Silmara salvou 50 alunos dos tiros |
O número de mortos poderia ser maior, caso a merendeira Silmara
Cristina, 54 anos, não tivesse ajudado a esconder 50 alunos no interior da
cozinha da escola. Ao ouvir os tiros, ela e demais funcionários fizeram uma
barricada com geladeira e freezer e a mesa acabou usada como escudo. Todos os estudantes
se deitaram no chão para escaparem dos tiros.
Confira outras tragédias ocorridas em
escolas
Em 7 de abril de 2011, Wellington Meneses de Oliveira, 23 anos,
matou a tiros 12 adolescentes na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro
de Realengo, Rio de Janeiro, onde ele havia estudado. Oliveira ao ser baleado
por um policial cometeu suicídio. Ele era alvo de bullying no local.
Em 20 de outubro de 2017, um adolescente de 14
anos entrou armado na escola Goyases, em Goiânia (GO), e matou dois colegas de
sala. O jovem, que foi apreendido, também dizia ser alvo de bullying e usou um
revólver da mãe, que é policial militar.
Em 5 de outubro de 2017, Damião Soares dos
Santos, o vigia de uma creche em Janaúba, norte de Minas Gerais, incendiou o
local e matou 10 pessoas, incluindo nove crianças e uma professora. O homem de
50 anos também morreu e, segundo a família, sofria de problemas mentais.
Em setembro de 2011, um menino de 10 anos usou
a arma de seu pai, policial civil, para balear uma professora, que sobreviveu,
e se suicidar logo em seguida. O episódio ocorreu na escola Professora Alcina
Dantas Feijão, em São Caetano do Sul (SP).
Em janeiro de 2003, um ex-aluno entrou em uma
escola estadual de Taiúva (SP) e baleou oito pessoas, incluindo cinco
estudantes, um caseiro, uma zeladora e uma professora. Apesar de um jovem ter
ficado paraplégico, o episódio não teve mortes, a não ser a do próprio
atirador, Edmar Aparecido Freitas, 18 anos, que se suicidou. Ele também era
vítima de bullying. (LAA)
https://www.youtube.com/watch?v=h6dvd3pLHzI
https://www.youtube.com/watch?v=rtJngrX1Mv8
https://www.youtube.com/watch?v=Lj0gw9uXN9Q
https://www.youtube.com/watch?v=-QlsJGiH394
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